Mineradora Vulcan vai despedir mais de 300 funcionários em Moçambique

por Lusa

Um total de 350 funcionários da empresa Vulcan, que explora as minas de carvão na província de Tete, centro de Moçambique, serão despedidos este ano, anunciou a mineradora.

"O processo de despedimento prevê, numa primeira fase, que sejam abrangidos 350 trabalhadores de diversas categoriais profissionais", lê-se numa circular do comité sindical da Vulcan, consultada hoje pela Lusa.

Sem avançar a causa das demissões, a Vulcan, de origem indiana, referiu que o número de demissões pode ser ajustado "à medida que os trâmites forem formalmente validados pelas autoridades da Administração do Trabalho". 

"Estima-se que nos próximos dias 105 trabalhadores venham a ser abrangidos por esta medida", acrescenta-se no documento.

A mineradora explora em Moatize uma área de 250 quilómetros quadrados e a comunidade mais próxima das minas está localizada a, pelo menos, 350 metros.

A empresa privada indiana faz parte do Jindal Group, com um valor de mercado de 18 mil milhões de dólares (16,5 mil milhões de euros), e antes já estava presente em Moçambique, operando a mina Chirodzi, localizada também na região de Tete.

Só nos últimos quatro anos, a Vulcan produziu anualmente mais de 35 milhões toneladas de carvão nas suas minas em Moatize, uma operação comprada, em abril de 2022, à brasileira Vale por mais de 270 milhões de dólares (257 milhões de euros).

Em maio, o presidente da Vulcan avançou à Lusa que esperava atingir entre 50 e 52 milhões de toneladas em 2024 e estar entre os maiores produtores mundiais.

A Lusa tentou, sem sucesso, obter um comentário da Vulcan.

 

 

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