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Ataques de Israel matam líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano. A evolução da guerra no Médio Oriente ao minuto

Miliciano do Hezbollah morto em bombardeamento israelita no sul do Líbano

por Lusa

A milícia xiita Hezbollah anunciou hoje a morte de um combatente, identificado como Mohamed Ibrahim Yassin, 31 anos, num ataque israelita no bairro de Marjayoun, em Hula (sul do Líbano), que provocou ferimentos em duas outras pessoas.

Segundo o Hezbollah e o diário libanês "L`Orient le Jour", o ataque foi perpetrado pelas forças armadas israelitas, que confirmaram, mais tarde, um raide de caças a "edifícios militares" na região de Hula.

"Depois, às 17:12 locais (14:12 em Lisboa), foram ativados os alarmes por uma dezena de lançamentos [de rockets] detetados que penetraram [em Israel] a partir do território libanês e aterraram em zonas abertas. Não há registo de vítimas", afirmou o exército israelita.

Mais tarde, Israel comunicou um ataque a um armazém militar. 

"Na última hora, caças atacaram armazéns militares do Hezbollah e edifícios militares nas áreas de Tir Harfa, Al Adisa, Laida e na cidade de Shoba, no sul do Líbano", especificou.

Anteriormente, noutro comunicado militar, o exército israelita indicou que um `drone` tinha atingido "uma área aberta" no norte de Israel, provocando um incêndio que levou os bombeiros a deslocarem-se para a área para conter as chamas.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, indicou hoje aos Estados Unidos que a possibilidade de um acordo para pôr fim aos combates com o Hezbollah "está a desaparecer" devido aos "laços" do grupo com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), face ao aumento dos combates nas últimas semanas.

O recrudescimento dos combates entre Israel e o Hezbollah - um grupo apoiado pelo Irão com um peso militar e político significativo no Líbano - suscitou o receio de uma expansão do conflito no Médio Oriente. 

"A possibilidade de um acordo no norte está a desaparecer. O Hezbollah continua a ligar-se ao Hamas. A direção é clara", disse Gallant durante uma conversa com o seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, segundo o jornal israelita Haaretz.

Gallant destacou a necessidade de pôr fim à ameaça representada pelo Hezbollah do sul do Líbano e conseguir o regresso dos deslocados às suas casas no norte de Israel, ao mesmo tempo que reiterou que Israel, com os ataques já realizados, continuará a trabalhar para "destruir o Hamas e libertar os raptados".

Neste contexto, e na semana passada, o exército israelita apresentou os seus "planos operacionais" para o Líbano às forças armadas norte-americanas numa reunião entre o chefe do Estado-Maior do Exército, Herzi Halevi, e o comandante do Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM), Eric Kurilla.

Na reunião foi discutida a situação no país, "com ênfase no cenário norte, do Líbano ao Irão", sublinharam fontes militares.

Os combates surgiram na sequência dos ataques do Hamas de 07 de outubro, que, segundo as autoridades israelitas, causaram a morte de cerca de 1.200 pessoas. Cerca de 250 outras foram raptadas pelo Hamas.

A operação militar israelita de resposta já causou pelo menos 41.182 mortos, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas em Gaza, que não especifica a percentagem de combatentes e civis mortos.

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