Os protestos gigantescos contra a reforma judicial foram substituídos nas últimas horas em Israel por manifestações contra a demissão do ministro da Defesa, que pedira sábado ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que desistisse do projeto-lei e por isso foi afastado.
Os líderes da oposição israelita reagiram afirmando que Netanyahu, que lidera um executivo de partidos de direita e extrema-direita, "ultrapassou esta noite uma linha vermelha".
Também em protesto contra a decisão de Netanyahu quanto ao seu
ministro da Defesa, o cônsul de Israel em Nova Iorque bateu com a porta.
Yoav Gallant, que pertence ao mesmo partido do primeiro-ministro, o Likud, foi demitido depois de ter apelado ao chefe do Governo que suspendesse a reforma judicial, acusada de permitir a interferência política na justiça.
O ministro da Defesa alertou sábado para o esforço que as forças de segurança estavam a fazer para lidar com as sucessivas manifestações e defendeu que o país estava dividido.
"Estou próximo dos valores do Likud", afirmou Gallant, "mas as alterações de monta a nível nacional devem fazer-se através da concertação e do diálogo", acrescentou.
O ministro apelou ainda à "paragem do processo legislativo" durante um mês, antes de uma semana crucial que deverá ficar marcada por outras disposições legislativas e de novas manifestações que se prevêm massivas. Gallant pediu igualmente a suspensão dos protestos.
Vinte e quatro horas depois dessas declarações, Netanyahu demitiu o ministro da Defesa e indicou que mantém a intenção de aprovar a polémica reforma judicial.
"A segurança de Israel foi sempre e será sempre a minha missão de vida" reagiu Gallant, na rede Twitter, à sua demissão.
"O primeiro-ministro de Israel é uma ameaça para a segurança" do país, afirmou o centrista Yaïr Lapid, líder da oposição que, no dia anterior, tinha elogiado "o passo corajoso" das palavras do ministro da Defesa para a "segurança" do país.
"Não posso continuar a representar este Governo", afirmou
Asaf Zamir na rede Twitter. "Considero ser meu dever garantir que Israel
se mantém um farol da democracia e da liberdade no mundo", acrescentou.
O ministro da Defesa alertou sábado para o esforço que as forças de segurança estavam a fazer para lidar com as sucessivas manifestações e defendeu que o país estava dividido.
"Estou próximo dos valores do Likud", afirmou Gallant, "mas as alterações de monta a nível nacional devem fazer-se através da concertação e do diálogo", acrescentou.
O ministro apelou ainda à "paragem do processo legislativo" durante um mês, antes de uma semana crucial que deverá ficar marcada por outras disposições legislativas e de novas manifestações que se prevêm massivas. Gallant pediu igualmente a suspensão dos protestos.
Vinte e quatro horas depois dessas declarações, Netanyahu demitiu o ministro da Defesa e indicou que mantém a intenção de aprovar a polémica reforma judicial.
"A segurança de Israel foi sempre e será sempre a minha missão de vida" reagiu Gallant, na rede Twitter, à sua demissão.