Os protestos gigantescos contra a reforma judicial foram substituídos nas últimas horas em Israel por manifestações contra a demissão do ministro da Defesa, que pedira sábado ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que desistisse do projeto-lei e por isso foi afastado.
O ministro da Defesa alertou sábado para o esforço que as forças de segurança estavam a fazer para lidar com as sucessivas manifestações e defendeu que o país estava dividido.
"Estou próximo dos valores do Likud", afirmou Gallant, "mas as alterações de monta a nível nacional devem fazer-se através da concertação e do diálogo", acrescentou.
O ministro apelou ainda à "paragem do processo legislativo" durante um mês, antes de uma semana crucial que deverá ficar marcada por outras disposições legislativas e de novas manifestações que se prevêm massivas. Gallant pediu igualmente a suspensão dos protestos.
Vinte e quatro horas depois dessas declarações, Netanyahu demitiu o ministro da Defesa e indicou que mantém a intenção de aprovar a polémica reforma judicial.
"A segurança de Israel foi sempre e será sempre a minha missão de vida" reagiu Gallant, na rede Twitter, à sua demissão.