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Mil dias de guerra. Rússia atribui à Ucrânia ataque com mísseis de longo alcance dos Estados Unidos

Mil dias de guerra. Ucrânia lançou mísseis de longo alcance de fabrico norte-americano na Rússia

por Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves - RTP

A Ucrânia terá atacado a região russa de Bryansk, durante a noite, com pelo menos seis mísseis de longo alcance ATACMS produzidos nos Estados Unidos, acusou esta terça-feira o Ministério russo da Defesa. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir do conflito a leste.

Emissão da RTP3


Diego Herrera Carced - Anadolu via AFP

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por Sérgio Infante - Antena 1

Aumentam as suspeitas de sabotagem em cabos submarinos no Mar Báltico

Foto: Murat Usubali - Anadolu via AFP

Aumentam as suspeitas de sabotagem no Mar Báltico, depois de dois cabos submarinos de telecomunicações terem sido cortados.

Os Estados Unidos responsabilizam a Rússia e a Suécia garante ter informações que aumentam as suspeitas de sabotagem.

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por Alexandra Sofia Costa - Antena 1

Rússia diz que uso de mísseis dos EUA em solo russo é "nova fase do conflito"

Foto: EPA

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros acusa o ocidente de tentar escalar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia ao permitir aos ucranianos a utilização de armas de longo alcance.

Respondendo a questões dos jornalistas na reunião do G20, Sergei Lavrov foi claro ao considerar que esta autorização dada à Ucrânia marca uma nova fase nesta guerra.

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por RTP

Ucrânia a trabalhar com todos os aliados para ter luz verde ao uso de mísseis de longo alcance

Volodymyr Zelensky disse esta terça-feira que a Ucrânia está a trabalhar com todos os aliados para conseguir o apoio para usar armas de longo alcance.

O presidente da Ucrânia acrescentou ainda que é hora da Alemanha apoiar as capacidades de ataque de longo alcance contra a Rússia.
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por RTP

EUA confirmam: Ucrânia usou mísseis ATACMS contra a Rússia

A Ucrânia usou mísseis ATACMS fabricados nos Estados Unidos dentro da Rússia pela primeira vez, confirmou Washington num comunicado oficial, citado pela Reuters.
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por RTP

Alargamento de doutrina nuclear por Putin tem "significado simbólico", diz Borrell

O Alto-Representante cessante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, considerou esta tarde que a alteração da doutrina nuclear da Rússia tem “um significado simbólico” no milionésimo dia da invasão russa.

“Não é a primeira vez que Putin apresenta a carta nuclear” e é uma "decisão irresponsável", disse Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião ministerial de defesa, em Bruxelas, a sua última enquanto Alto-Representante do bloco político-económico para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança.

Borrell considerou que a decisão do Kremlin de alargar o escopo de utilização do armamento nuclear “tem um significado simbólico”, mesmo sendo o milésimo dia de guerra na Ucrânia.

Insistindo novamente que "não é a primeira vez" que Moscovo ameaça uma escalada do conflito, o responsável pela diplomacia da UE acrescentou que “o destino dos ucranianos determinará o destino da União Europeia”.
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por RTP

Ucrânia atacou a Rússia com mísseis ATACMS dos EUA, confirmou alto funcionário ucraniano à AFP

O exército ucraniano atingiu a região fronteiriça russa de Bryansk com mísseis norte-americanos ATACMS de longo alcance, confirmou um alto funcionário ucraniano à AFP esta terça-feira, após Moscovo acusar Kiev do ataque.

“O ataque à região de Bryansk foi realizado com mísseis ATACMS”, disse o responsável, falando sob condição de anonimato.

Questionado sobre o assunto, o presidente ucraniano não negou nem confirmou, limitando-se a dizer que o país tinha ATACMS à sua disposição e iria “utilizá-los”.
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por RTP

Países europeus prontos para assumir ajuda a Kiev se Washington reduzir apoio

Seis países europeus dizem estar prontos para fornecer ajuda financeira e militar a Kiev se Washington reduzir apoio, garantiu o ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Radoslaw Sikorski, sublinhando a importância do reforço da defesa europeia.

“É com agrado que verifico que os principais países da União Europeia (UE) estão dispostos a assumir o ónus do apoio militar e financeiro à Ucrânia, no contexto de uma possível redução do compromisso dos Estados Unidos”, afirmou Sikorski, que sublinhou também a necessidade de reforçar a UE no domínio da Defesa.

O ministro polaco falava após uma reunião diplomática em Varsóvia que juntou os homólogos de mais quatro países da União Europeia (França, Alemanha, Itália e Espanha) e do Reino Unido, no dia em que são assinalados os mil dias de guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022.
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por RTP

EUA não mudam política nuclear após mudança de doutrina da Rússia

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca afirmou que os Estados Unidos não se surpreenderam pela aprovação de uma nova doutrina nuclear por parte da Rússia. Apesar do decreto-lei assinado pelo presidente russo, Washington não planeia ajustar a própria doutrina nuclear em resposta.
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por RTP

Lavrov promete resposta "apropriada" após lançamento de míssil ATACMS contra a Rússia

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, exorta o Ocidente a ler "toda" a doutrina russa sobre o uso de armas nucleares.

Contudo, a Rússia fará tudo o que for possível para evitar o início de uma guerra nuclear, assegurou o ministro russo dos Negócios Estrangeiro.

No Rio de Janeiro, à margem da cimeira do G20, Lavrov disse que as armas nucleares serviriam como um impedimento para guerra nuclear.
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por RTP

Ministros da Defesa da União Europeia analisam situação na Ucrânia

Foto: Olivier Hoslet - EPA

Em Bruxelas, os ministros europeus da Defesa procuram adaptar-se aos últimos desenvolvimentos no cenário da guerra da Ucrânia. E também nas suas consequências ao nível do grande jogo da geopolítica.

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Lavrov reforça acusações
por RTP

Ministro russo dos Negócios Estrangeiros afirma que ataques contra Bryansk são sinal de escalada ocidental

À margem da cimeira do G20, no Brasil, o chefe da diplomacia russa deixa claro que, para Moscovo, o recurso a mísseis de longo alcance norte-americanos por parte da Ucrânia, contra região de Bryansk, constituem um "claro sinal" de que o Ocidente deseja fazer subir a fasquia do conflito a leste.


"Sem os americanos, é impossível usar estes mísseis de alta tecnologia, como Putin disse repetidamente", frisou Serguei Lavrov, para manifestar a expectativa de que a nova doutrina russa para a utilização de armas nucleares, agora assinada pelo presidente russo, seja "lida com atenção".
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por RTP

Mil dias de guerra. Zelensky defende ataque a depósitos de armas e bases aéreas russas

O presidente da Ucrânia avisa que o número de tropas norte-coreanas ao serviço da Rússia pode crescer até aos 100 mil efetivos.

Na intervenção diante do Parlamento Europeu, no dia em que se assinala mil dias de guerra e numa alusão ao uso de mísseis de longo alcance, Volodymyr Zelensky referiu que é preciso atacar os depósitos de armas e as bases aéreas na Rússia.
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por RTP

RTP em Moscovo. Putin está a elevar o tom e apostas

Evegueni Mouravitch, correspondente da RTP em Moscovo, analisa o decreto agora assinado por Vladimir Putin que abre caminho à utilização de armas nucleares como resposta aos Estados Unidos. Isto depois de a Casa Branca ter revelado que Kiev poderia usar armas de longo alcance contra alvos no país invasor.

"As armas nucleares são o último trunfo à disposição de Vladimir Putin", explica Evegueni Mouravitch.

Em relação à utilização de mísseis de longo alcance norte-americanos por parte das tropas ucranianas, o correspondente da RTP na Rússia alerta para a possibilidade de o Kremlin poder responder com mais força em território ucraniano.
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por RTP

Moscovo denuncia ataque de Kiev à Rússia com mísseis dos EUA

Numa altura em que passam mil dias desde o início da guerra, a Ucrânia terá usado, pela primeira vez, mísseis de longo alcance norte-americanos.

A Rússia prossegue também com ataques intensos a várias regiões ucranianas. Na última noite, morreram oito pessoas em Sumy e 11 ficaram feridas.
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Investimento em Defesa
por RTP

Maiores países da União Europeia "a favor" de euro-obrigações para a Defesa

Os cinco maiores países da União Europeia pronunciaram-se a favor da ideia de euro-obrigações - sistema especial de empréstimos - destinadas ao financimento da Defesa no bloco comunitário, afirmou esta terça-feira o ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Radoslaw Sikorski.

Sikorski esteve reunido, em Varsóvia, com os homólogos alemão, francês, italiano, espanhol e britânico.
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Ponto de situação
por RTP

Moscovo acusa Kiev de atingir território russo com mísseis de longo alcance

  • A Ucrânia terá atacado instalações militares na região russa de Bryansk, durante a noite passada, com seis mísseis de longo alcance ATACMS fabricados nos Estados Unidos, avançam as agências de notícias russas, que citam o Ministério da Defesa do país;


  • “Às 3h25, o inimigo atingiu um local na região de Bryansk” com “mísseis táticos ATACMS”, indica em comunicado o Ministério da Defesa da Rússia, que garante que cinco mísseis foram destruídos e outro foi danificado pelos mísseis antiaéreos russos;


  • Detritos de um míssil caíram numa instalação militar na região, provocando um incêndio, é ainda acrescentado. Não há registo de vítimas nem estragos;


  • No dia em que guerra na Ucrânia completa mil dias desde a invasão russa, o presidente russo assinou um decreto que abre caminho à utilização de armas nucleares em resposta a uma "agressão por qualquer Estado não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear". A decisão de Vladimir Putin foi conhecida depois da notícia da luz verde da Casa Branca a Kiev para o uso de armas de longo alcance contra alvos no país invasor;


  • O presidente Ucraniano participou na manhã desta terça-feira, por videoconferência, numa sessão do Parlamento Europeu. Aos eurodeputados, Volodymyr Zelensky afirmou que Vladimir Putin "está concentrado na vitória. Ele não vai parar por si próprio. Quanto mais tempo tiver, mais as condições se deterioram";


  • O apoio militar à Ucrânia é precisamente o tema quente da reunião desta terça-feira dos ministros da Defesa da NATO. Antes do início do encontro, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Mark Rutte, reafirmou que os planos da expansão territorial da Rússia não se limitam à Ucrânia e felicitou o povo ucraniano pela capacidade de resistência.
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por Inês Moreira Santos - RTP

Mil dias de guerra na Ucrânia. Putin assina nova doutrina de recurso alargado a armas nucleares

Maxim Shipenkov - Pool via Reuters

No dia em que guerra na Ucrânia completa mil dias desde a invasão russa, o presidente russo acaba de assinar um decreto que abre caminho à utilização de armas nucleares em resposta a uma "agressão por qualquer Estado não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear". A decisão de Vladimir Putin é conhecida depois da notícia da luz verde da Casa Branca a Kiev para o uso de armas de longo alcance contra alvos no país invasor.

Em resposta à decisão de Joe Biden de dar luz verde à Ucrânia para usar mísseis de longo alcance em território russo, Vladimir Putin assinou um decreto-lei, esta segunda-feira, que permite o uso alargado de armas nucleares contra qualquer “agressão” por parte de um “Estado não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear”.

“Além disso, uma resposta nuclear da Rússia é possível no caso de uma ameaça crítica à sua soberania, mesmo com armas convencionais, no caso de um ataque à Bielorrússia como membro do Estado da União, [ou] no caso de um lançamento em massa de aeronaves militares, mísseis de cruzeiro, drones, outras aeronaves e a sua travessia da fronteira russa”
, acrescenta o documento, citado pela Reuters.A assinatura do decreto ocorre quando se assinalam mil dias da ofensiva contra a Ucrânia.

O "documento de planeamento estratégico" inclui a "posição oficial sobre a dissuasão nuclear", "define os perigos e ameaças militares contra os quais se pode atuar com dissuasão nuclear" e garante uma resposta à "agressão" de "um potencial inimigo", quer contra a Rússia, quer "contra os seus aliados".

O decreto, publicado no portal de documentos legais das autoridades russas, visa "melhorar a política estatal no domínio da dissuasão nuclear" e contempla a entrada em vigor a partir da mesma assinatura de Putin.

Outro caso que abre caminho a tal recurso, de acordo com o mesmo decreto, é “a cedência de território e de meios para a agressão contra a Rússia”.
Evgueni Mouravitch | Correspondente da RTP em Moscovo

Com esta atualização da doutrina nuclear, a Rússia reserva-se o direito de usar armas nucleares caso seja alvo de um ataque com mísseis apoiado por uma potência nuclear e, segundo o Kremlin, qualquer agressão levada a cabo contra a Rússia por parte de um Estado-membro de uma coligação será considerada por Moscovo como um ataque conjunto. Ou seja, se uma potência nuclear, como os Estados Unidos, ajudar a Ucrânia a atacar território russo, a Rússia assume isso como um ataque conjunto.O Kremlin já tinha avisado, em setembro, que a Rússia poderia usar armas nucleares em resposta a um ataque em massa.

O porta-voz do Kremlin afirmou, entretanto, que o uso de mísseis ocidentais não nucleares pelas forças armadas ucranianas contra a Federação Russa, com o novo decreto de lei, poderia levar a uma resposta nuclear. Numa conferência de imprensa, Dmitry Peskov adiantou ainda que a doutrina nuclear tem de ser objeto de análise profunda tanto na Rússia como noutros países.

“Foi necessário adaptar os nossos fundamentos à situação atual”, explicou o porta-voz da presidência russa, face ao que Vladimir Putin considera serem “ameaças” emanadas do Ocidente contra a segurança da Rússia.

Segundo Peskov, a Federação Russa considera o uso de armas nucleares uma medida extrema, mas que a atualização da doutrina era necessária para alinhar o documento à atual situação política.
A "operação especial", continuou, está a ocorrer devido a uma guerra desencadeada pelo Ocidente contra a Rússia. Além disso, os militares russos estão a monitorizar de perto os relatórios sobre planos para usar mísseis de longo alcance dos EUA na região de Kursk, na Rússia.
Kiev insiste que não vai submeter-se à Rússia
No dia em que se assinala o milésimo dia da invasão russa da Ucrânia, a diplomacia de Kiev declara que nunca se vai submeter apesar das dificuldades no campo de batalha e da incerteza quanto à continuidade do apoio norte-americano, após a reeleição de Donald Trump.

"A Ucrânia nunca se vai submeter aos ocupantes e os militares russos vão ser punidos por violarem o direito internacional", garantiu a diplomacia ucraniana em comunicado, esta segunda-feira, afirmando que a segurança não pode ser restabelecida sem a restauração da integridade territorial e da soberania da Ucrânia.

Esta terça-feira, o Ministério ucraniano dos Negócios Estrangeiros referiu que a Rússia, em quase três anos de guerra, aprofundou uma aliança militar com a Coreia do Norte e o Irão que representa uma ameaça crescente para a segurança e estabilidade globais.

"A crescente interação entre estes três regimes mostra que a agressão russa contra a Ucrânia é uma ameaça global que está a desestabilizar a Europa, o Sudeste Asiático e o Médio Oriente. Exige uma resposta global", refere a nota da diplomacia de Kiev.

"Precisamos de paz, não do apaziguamento", insiste o Ministério, referindo-se à "política de apaziguamento", um termo utilizado pelo Reino Unido no final dos anos 1930 para evitar a guerra com a Alemanha nazi, fazendo concessões a Berlim, e que acabaram por não resultar.



Os presidentes da Comissão Europeia, do Conselho Europeu e do Parlamento Europeu prometeram, também esta segunda-feira, à Ucrânia apoio da União Europeia “durante o tempo que for necessário” contra a agressão russa, num “dia de luto e de promessa”.

Quando se assinalam os mil dias de guerra da Ucrânia causada pela invasão da Rússia, Ursula von der Leyen partilhou numa mensagem em vídeo afirmando que “hoje é um dia de luto, mas também um dia de promessa”, com a UE a prometer a “continuar a estar ao lado [de Kiev], durante o tempo que for necessário”.

“Há mil dias, a Rússia tentou varrer a Ucrânia do mapa e, durante mil dias, a Rússia falhou devido à resistência da Ucrânia e ao sacrifício dos vossos heróis”
, assinalou a responsável, vincando que “a Rússia tem de pagar por mil dias de crimes e destruição”.

A Ucrânia tem vindo a recuar há vários meses em muitos setores da linha da frente contra um Exército russo bem armado e mais numeroso. A acrescentar a isso, a reeleição Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos leva a Ucrânia a recear que Washington venha a aceitar concessões territoriais, oferecendo à Rússia uma vitória militar, política e diplomática e alimentando as ambições geopolíticas de Vladimir Putin.Um alto diplomata ucraniano alertou também contra qualquer apaziguamento do presidente russo Vladimir Putin, dizendo que os últimos ataques à Ucrânia provam que o presidente russo não tem qualquer desejo de paz.

A Rússia atacou a rede elétrica da Ucrânia no maior ataque aéreo em quase três meses no domingo, ação que o embaixador da Ucrânia nas Nações Unidas em Genebra considerou que demonstrava a determinação de Putin em continuar a guerra que já dura há mil dias e em "mergulhar a Ucrânia na escuridão e no frio".

"Estes ataques demonstram que Putin não quer paz. Ele quer guerra", disse Yevheniia Filipenko à Reuters numa entrevista.
Ataque russo contra Sumy fez sete mortos e 12 feridos
Um ataque russo com drones fez sete mortos e 12 feridos na localidade de Hlújiv, na região de Sumy, no nordeste da Ucrânia, indicaram as autoridades locais. É o segundo ataque esta semana contra a mesma região.

Na madrugada de segunda-feira, 11 pessoas foram vítimas do disparo de um míssil que destruiu o edifício residencial onde se encontravam. Horas depois, um outro ataque russo fez 10 mortos na cidade de Odessa, sul da Ucrânia.

Volodymir Zelensky condenou o último ataque contra Sumy através de uma mensagem difundida pelas redes sociais.

"Hoje ocorreu um ataque com um drone contra Hlúji. Um estabelecimento de ensino foi atingido. Neste momento sabemos que morreram sete pessoas neste ataque, incluindo uma criança", escreveu o presidente da Ucrânia.

Na mesma mensagem o chefe de Estado ucraniano pediu mais uma vez ajuda militar internacional: "Todos os dias, instamos o mundo a ser suficientemente resoluto e forte para que a Ucrânia bloqueie estes ataques ao nosso povo".

"Cada ataque da Rússia só confirma as verdadeiras intenções de Putin"
, escreveu Zelensky.

Entretanto, o Exército ucraniano atacou durante a madrugada um arsenal localizado na região russa de Briansk, junto à fronteira, disse o Estado Maior da Ucrânia, em comunicado.

c/ agências
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por Cristina Sambado - RTP

Mil dias de guerra. Zelensky insiste que Putin "não vai parar sozinho"

Olivier Matthys - EPA

Na data em que se assinala mil dias da invasão da Ucrânia pelas tropas russas, o presidente Ucraniano participou, por videoconferência, numa sessão do Parlamento Europeu. Aos eurodeputados, Volodymyr Zelensky afirmou esta terça-feira que Vladimir Putin "está concentrado na vitória. Ele não vai parar por si próprio. Quanto mais tempo tiver, mais as condições se deterioram".

No discurso, que recebeu uma longa ovação dos eurodeputados, Zelensky acrescentou que o número de tropas norte-coreanas ao serviço dos russos pode crescer até aos 100 mil efetivos.

Putin trouxe 11 mil soldados norte-coreanos para as fronteiras da Ucrânia. Esse contingente pode vir a atingir 100 mil homens. Enquanto alguns líderes europeus pensam em eleições e outras questões, Putin está concentrado em ganhar esta guerra. E não vai parar por iniciativa própria”, realçou o Presidente ucraniano.
Aos eurodeputados, Volodymyr Zelensky afirmou ainda que, mesmo com o apoio da Coreia do Norte, “Putin ainda é mais pequeno do que os Estados Unidos da Europa. Peço-vos que não se esqueçam disso e que não se esqueçam de tudo o que a Europa é capaz de fazer”, acrescentou.

Para Volodymyr Zelensky, "quanto mais tempo passar, mais a situação piora. Este é o melhor momento, para pressionar mais a Rússia, e é claro que a Rússia não tem qualquer intenção de se empenhar em negociações que tenham algum significado sem ver os seus depósitos de armas em território russo a arder, sem ver a sua logística atingida e bases áreas destruídas, sem perder capacidades de produzir mísseis e drones e sem os seus ativos confiscados". O Parlamento Europeu promoveu esta terça-feira, em Bruxelas, uma sessão especial para demonstrar apoio comunitário à Ucrânia quando se assinala os mil dias de guerra causada pela invasão russa.

No discurso, Zelensky também pareceu fazer uma crítica ao chanceler alemão, Olaf Scholz, que recentemente desencadeou eleições antecipadas e que há muito frustra Kiev com o ritmo lento do apoio militar da Alemanha e com a sua recusa em fornecer mísseis Taurus de longo alcance, fabricados na Alemanha.

O presidente ucraniano fez ainda um apelo velado às armas de longo alcance, afirmando que, sem “certos fatores-chave, a Rússia não terá motivação real para se envolver em negociações significativas”.


"Sabem muito bem que Putin não dá valor a pessoas ou regras. Só dá valor ao dinheiro e ao poder. E são estas coisas que temos de lhe tirar para restaurar a paz", sublinhou.

Zelensky foi aplaudido de pé pelos eurodeputados durante o discurso. Mas nem todos os 720 disseram presente. Os 25 que integram o grupo de extrema-direita “Europa das Nações Soberanas” não estiveram presentes porque tinham agendada uma “reunião externa do grupo”, segundo um porta-voz. O maior continente do grupo é o partido alemão Alternative für Deutschland, que pretende acabar com a ajuda militar à Ucrânia e cujos dirigentes têm falado com aprovação do Presidente russo Vladimir Putin.

“Juntos, Ucrânia, toda a Europa e os nossos parceiros na América e em todo o mundo, conseguimos não só impedir Putin de conquistar a Ucrânia, mas também defender a liberdade de todas as nações europeias e, mesmo com Kim Jong-un da Coreia do Norte ao seu lado, Putin continua a ser mais pequeno do que a Europa. Peço-vos que não esqueçam isto e que não esqueçam o quanto a Europa é capaz de alcançar”, referiu Volodymyr Zelensky.

Se conseguimos impedir a queda do modo de vida da Europa, podemos seguramente empurrar a Rússia para uma paz justa [porque] a paz é o que mais desejamos”.

Segundo o presidente ucraniano, “o ano de 2025 decidirá se a guerra desencadeada pelo Kremlin será ganha pela Rússia ou pela Ucrânia”.

“Nos momentos decisivos, que ocorrerão no próximo ano, não devemos permitir que ninguém no mundo duvide da resiliência de todo o nosso Estado. E esta fase irá determinar quem irá prevalecer”, disse Zelensky, sublinhando que estava em causa o “destino de toda a nação”.

Para Zelensky, “todos os golpes e todas as ameaças da Rússia devem ser objeto de sanções firmes”, pelo que, apesar de nestes mil dias, a União Europeia ter avançado com medidas restritivas que permitiram “reduzir radicalmente a capacidade da Rússia de financiar a sua guerra através da venda de petróleo”, ainda persistem lacunas, com “a frota sombra de petroleiros”.

“Enquanto estes petroleiros operarem, Putin continua a matar”, vincou o Presidente ucraniano, considerando serem “essenciais sanções fortes”.

c/ agências
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por Inês Martins - Antena 1

Portugueses que vivem junto à Rússia salientam atenção dos países nórdicos

EPA

Quer na Finlândia, quer na Noruega, a invasão da Ucrânia, ocorrida há mil dias, é um acontecimento que deixa em sobressalto estas nações.

A Antena 1 falou com dois portugueses que vivem em países europeus que fazem fronteira com a Rússia.




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Momento-Chave
por RTP

G20. Alemanha e França pedem maior condenação a Putin em declaração final

Foto: André Coelho - Lusa

Ainda não terminou, mas já foi divulgada a declaração final dos líderes do G20 reunidos no Rio de Janeiro.

É um documento com 24 páginas, resultado de negociações duras, e com pedidos de alterações de última hora, mas que acaba por ser consensual.

O correspondente da RTP no Brasil, Pedro Sá Guerra, já teve acesso ao documento e revela os pontos essenciais desta declaração.
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