A Ucrânia terá atacado a região russa de Bryansk com pelo menos seis mísseis de longo alcance ATACMS produzidos nos Estados Unidos, acusou esta terça-feira o Ministério russo da Defesa. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir do conflito a leste.
A Ucrânia terá atacado a região russa de Bryansk com pelo menos seis mísseis de longo alcance ATACMS produzidos nos Estados Unidos, acusou esta terça-feira o Ministério russo da Defesa. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir do conflito a leste.
EPA
A invasão da Ucrânia pela Federação Russa causou estragos ambientais estimados em 71 mil milhões de dólares e causou um aumento importante das emissões de gases com efeito de estufa, declarou terça-feira na capital azeri uma ministra ucraniana.
"A natureza é uma vítima silenciosa desta guerra", disse a ministra da Proteção do Ambiente e dos Recursos Naturais ucraniana, Svetlana Grinchuk, durante a realização da 29.ª Conferência das Partes (COP29) da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas para as Alterações Climáticas.
O impacto sobre o clima, em particular a destruição de florestas que equilibram naturalmente as emissões de dióxido de carbono, mostra que as consequências da guerra "não afetam apenas a Ucrânia, mas todo o mundo", disse a jornalistas.
Segundo o governo ucraniano, o custo ambiental da guerra eleva-se a 71 mil milhões de dólares. O conflito levou também à emissão de 180 milhões de toneladas de dióxido de carbono, acrescentou.
Em 2023, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento quantificou em 56 mil milhões de dólares de estragos ambientais causados pela guerra à Ucrânia.
Segundo Grinchuk, a invasão russa danificou três milhões de hectares de florestas.
O Pentágono vai enviar para Kiev 275 milhões de dólares (260 milhões de euros) em novas armas antes de Donald Trump tomar posse como Presidente dos Estados Unidos, a 20 de janeiro de 2025, disseram hoje autoridades norte-americanas.
A administração de Joe Biden, prosseguiram as fontes, está a apressar-se para fazer o máximo que puder para ajudar Kiev a combater a Rússia nos dois meses que restam ao atual residente norte-americano, pois o pacote de ajuda está ainda por aprovar.
A última parcela de ajuda em armamento surge num momento em que crescem as preocupações sobre uma escalada no conflito, com ambos os lados a pressionar para obter qualquer vantagem que possam explorar se Trump exigir um fim rápido para a guerra, tal como o Presidente eleito prometeu fazer.
Segunda-feira, Biden autorizou a Ucrânia a disparar mísseis de longo alcance na Rússia, com o Presidente russo, Vladimir Putin, a aumentar a parada e a decretar a possibilidade de o exército da Rússia a utilizar armas nucleares.
As autoridades norte-americanas afirmaram que a mudança de estratégia da Rússia na doutrina nuclear era esperada.
No entanto, Moscovo alertou hoje que o novo uso do Sistema de Mísseis Táticos do Exército, conhecido como ATACMS, pela Ucrânia, dentro da Rússia poderá desencadear uma resposta forte.
Sob anonimato, fonte norte-americana, citada pela agência noticiosa Associated Press (AP), disse que os Estados Unidos não veem indicações de que a Rússia se esteja a preparar para usar armas nucleares na Ucrânia.
As autoridades norte-americanas falaram sob condição de anonimato porque o pacote de ajuda ainda não foi tornado público.
Questionado hoje se um ataque ucraniano com mísseis norte-americanos de longo alcance poderia potencialmente desencadear o uso de armas nucleares, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, respondeu afirmativamente.
Peskov apontou para a disposição da doutrina que mantém a porta aberta após um ataque convencional que levanta ameaças críticas à "soberania e integridade territorial" da Rússia e da sua aliada Bielorrússia.
Uma autoridade dos EUA, também sob anonimato, disse que a Ucrânia disparou hoje oito mísseis ATACM contra a Rússia e que apenas dois foram intercetados, estando em curso uma avaliação aos danos provocados num armazém de munições em Karachev, na região de Bryansk.
As armas do novo pacote de ajuda à Ucrânia incluem uma mistura de armamento de defesa aérea, incluindo Sistemas de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade (HIMARS), bem como cartuchos de artilharia de 155 milímetros (mm) e 105 mm, munições perfurantes de blindados Javelin e outros equipamentos, bem como peças sobressalentes, disseram as mesmas autoridades norte-americanas, sempre sob anonimato.
As armas serão fornecidas com base na chamada "autoridade de retirada presidencial", que permite ao Pentágono enviar rapidamente armamento para a linha da frente da Ucrânia antes da tomada de posso de Trump.
Dezenas de países, incluindo Portugal, reafirmaram hoje na sede das Nações Unidas (ONU) o seu apoio à "soberania, independência e unidade da Ucrânia" e exigiram a retirada imediata das forças russas do território ucraniano.
"Esta guerra tem de parar", instou o embaixador ucraniano na ONU, Sergiy Kyslytsya, ao ler um comunicado em nome de cerca de cinquenta Estados e que assinalava o milésimo dia da invasão da Ucrânia pela Rússia.
"Reafirmamos o nosso apoio à soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia", frisou o diplomata, rodeado por representantes de vários aliados de Kiev, incluindo dos Estados Unidos, Reino Unido, Portugal, França, Japão, Austrália, Canadá, Suíça, Argentina, Coreia do Sul ou da União Europeia.
No comunicado, lido em Nova Iorque, foi repetida a exigência para que Moscovo cesse o uso da força contra a Ucrânia e retire "imediata, completa e incondicionalmente as suas forças militares do território ucraniano dentro das suas fronteiras internacionais reconhecidas".
Os Estados condenaram ainda os contínuos ataques indiscriminados da Rússia a áreas residenciais densamente povoadas e a infraestruturas civis críticas na Ucrânia, que fazem elevar o número de mortos, deslocamentos e destruição diariamente.
"Mil dias de guerra são um lembrete trágico da necessidade de continuarmos empenhados em garantir que o direito internacional prevaleça não apenas na Ucrânia, mas onde quer que seja desafiado", acrescentaram os signatários.
Questionado por jornalistas sobre a escalada do conflito nas últimas horas, o embaixador ucraniano advogou que a única forma de fazer com que Moscovo concorde com negociações é através da "força".
"Temos de fazer com que os russos se sentem à mesa de negociações e a única maneira de fazer isso é pela força", defendeu Kyslytsya.
"Temos que estar unidos para evitar a guerra. Não acredito que alguém na liderança russa seja corajoso o suficiente para cometer suicídio. As pessoas são muito fracas na Rússia", acrescentou o diplomata, ao comentar a escalada da retórica sobre uso de armas nucleares.
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje um decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, depois de os Estados Unidos terem autorizado Kiev a atacar solo russo com mísseis de longo alcance fornecidos por Washington.
A guerra na Ucrânia começou há mil dias com a invasão russa de 24 de fevereiro de 2022.
O conflito provocou a maior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial.
O primeiro-ministro espera que os avisos de Vladimir Putin sejam apenas "ameaças de retórica" e não se transformem em "operações no terreno". No segundo dia da cimeira do G20, Luís Montenegro apelou à responsabilidade de todos para que a escalada do conflito não vá mais longe.
O Pentágono encara com naturalidade à atualização da doutrina russa do nuclear e fala de retórica irresponsável de Moscovo, considerando no entanto que se tratará de mera retórica e que não existe verdadeira intenção de usar esse tipo de armamento.
O arsenal nuclear é o último recurso a que o presidente russo poderá recorrer passados que estão mil dias da guerra na Ucrânia. Com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, um cenário em cima da mesa poderá ser a tentativa de ganhar uma derradeira vantagem em possíveis negociações apadrinhadas pelo novo presidente norte-americano.
Foto: Olivier Matthys - EPA
Ao milésimo dia de guerra, o executivo de Kiev aprovou um orçamento para o próximo ano com um valor record de 60 por cento dedicado à defesa e segurança. Quando as forças russas já ocupam cerca de um quinto do país vizinho, Zelensky anunciou ainda o que identificou como um plano de resiliência do país. Perante o Parlamento Europeu, sublinhou que Putin só recuará se a isso for obrigado.
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A Rússia promete responder com armas nucleares em caso de um ataque com armamentos convencionais. O presidente Putin assinou uma nova doutrina nuclear do país no dia em que a Ucrânia atacou território russo com mísseis de longo alcance ocidentais.
O ataque da Ucrânia à Rússia com mísseis de longo alcance dominou a Cimeira do G20 no Brasil. França a Alemanha acusam Putin de estar a agravra a situação de guerra. O presidente americano manteve o silêncio.
Foto: Gleb Garanich - Reuters
O chefe da diplomacia europeia diz que a ameaça russa é "uma atitude irresponsável". O assunto dominou o encontro de ministros da Defesa da União Europeia com o secretário-geral da NATO.
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A Ucrânia atacou pela primeira vez território russo com mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos. Moscovo promete uma resposta apropriada e acusa a Ucrânia e o Ocidente de quererem agravar o conflito.
O Ministério da Defesa russo reivindicou hoje o abate de 11 `drones` ucranianos na região fronteiriça de Bryansk, ocorrido horas depois do primeiro ataque com mísseis norte-americanos ATACMS de longo alcance contra a mesma região.
De acordo com a nota militar, os onze drones foram destruídos entre as 18:00 e as 19:00, horas locais (15:00 e 16:00 de Lisboa).
O ataque de drones` ucranianos surge depois de Moscovo ter confirmado a primeira ofensiva com mísseis ATACMS contra Bryansk.
Segundo os militares russos, cinco mísseis foram abatidos e fragmentos de um sexto atingiram o complexo de uma instalação militar em Bryansk sem causar vítimas ou danos.
Anteriormente, o Estado-Maior ucraniano tinha revelado, sem fornecer detalhes sobre o tipo de armamento utilizado, um ataque bem-sucedido contra um arsenal do Exército Russo em Bryansk.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou hoje que o Ocidente procura uma escalada do conflito na Ucrânia e insistiu que, sem a participação de especialistas norte-americanos, é impossível utilizar os mísseis balísticos que atingem o território russo.
Lavrov voltou a referir as palavras do Presidente russo, Vladimir Putin, que anteriormente falou do envolvimento direto da NATO na guerra em caso de autorização de ataques ao território russo com armas ocidentais de longo alcance.
Da mesma forma, lembrou que a nova doutrina nuclear russa foi hoje aprovada e confiou que os líderes ocidentais irão "estudá-la bem".
No sentido contrário, as autoridades ucranianas informaram hoje que pelo menos uma pessoa morreu e quase vinte ficaram feridas, vítimas de um novo ataque das forças russas na região de Kherson, no sul do país.
"O Exército Russo voltou a bombardear localidades na região de Kherson, utilizando aviões, artilharia, morteiros e drones", disse a Procuradoria Regional no Telegram.
Hoje assinalam-se mil dias do conflito na Ucrânia, iniciado com a invasão da Rússia em 24 de fevereiro de 2022, numa fase em que as forças ucranianas perdem território na frente leste do país e que tentam manter as posições ocupadas desde agosto na região fronteiriça russa de Kursk.
No domingo, os Estados Unidos autorizaram o uso sem precedentes de mísseis norte-americanos de longo alcance em solo russo, como forma de tentar inverter o curso da guerra, antes da chegada do inverno e do republicano Donald Trump, crítico do apoio militar de Washington a Kiev, à Casa Branca.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, previu hoje que 2025 vai decidir o vencedor da guerra travada há mil dias com a Rússia, avisando que não cederá a pressões dos aliados, enquanto lançava metas de produção de mísseis e `drones`.
"Nos momentos decisivos, que chegarão no próximo ano, não devemos permitir que ninguém no mundo duvide da resiliência de todo o nosso Estado e este passo determinará quem prevalecerá", declarou Zelensky, num discurso muito aplaudido pelos deputados do parlamento ucraniano.
O líder da Ucrânia sublinhou que "a guerra decidirá o destino de toda a nação" e reafirmou o direito da Ucrânia à sua independência, que é negada por Moscovo.
"Para exercer este direito, devemos manter-nos fortes. Não podemos entrar em colapso agora, deve ser o ocupante a entrar em colapso, não nós", insistiu, deixando um apelo para que não se traia os ucranianos mortos no campo de batalha.
A Ucrânia, acredita Zelensky, pode derrotar a Rússia: "É muito difícil, mas temos força interior para o fazer".
Perante a Verkhovna Rada (parlamento), o Presidente ucraniano apresentou o seu Plano de Resiliência Interna, reiterando o compromisso de defender a soberania e integridade territorial face à ameaça russa e a pressões crescentes para negociar a paz com Moscovo.
"Não estamos a negociar a soberania, a segurança ou o futuro da Ucrânia. Não abdicaremos dos nossos direitos sobre qualquer parte do nosso território. Nem permitiremos que o nosso Estado seja utilizado em batalhas eleitorais na Europa. Ninguém ganhará à custa da Ucrânia", advertiu.
Volodymyr Zelensky sublinhou que não existe alternativa à NATO para a Ucrânia ou para qualquer país da Europa, num momento em que "o mundo está à procura de novos formatos de cooperação e a Ucrânia introduziu o seu próprio", recordando a sua Fórmula da Paz, que reuniu no verão na Suíça cerca de uma centena de países e organizações internacionais.
Num mês marcado pela eleição do republicano Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, levantando dúvidas sobre a continuação do apoio militar de Washington a Kiev, e que o Presidente cessante, Joe Biden, autorizou o uso de mísseis de longo alcance contra a Rússia, o líder ucraniano anunciou uma nova meta para a produção própria de armamento.
Nesse sentido, a Ucrânia deverá produzir pelo menos 30 mil drones de longo alcance e três mil mísseis de cruzeiro e drones-mísseis em 2025, de acordo com o plano de resiliência apresentado na Verkhovna Rada.
"Tal como fizemos este ano, vamos cumprir plenamente as metas para a produção e fornecimento de todos os outros tipos de `drones` no próximo ano", afirmou.
Na sua intervenção, Zelensky levantou ainda a possibilidade de se esperar pela saída do Presidente russo, Vladimir Putin, do Kremlin para tentar recuperar todos os territórios ucranianos ocupados por Moscovo, numa rara abordagem a uma solução não militar.
"Não abandonámos uma perspetiva racional para garantir os direitos do nosso Estado. Temos de agir de forma inteligente. Talvez a Ucrânia deva sobreviver a uma determinada pessoa em Moscovo para atingir todos os seus objetivos", comentou.
A Ucrânia perdeu a iniciativa militar no terreno de combate há mais de um ano e está a perder território diariamente há vários meses na frente leste para as forças de Moscovo em superioridade numérica, enquanto tenta manter as posições na região fronteiriça russa de Kursk que ocupa desde agosto.
Vladimir Putin exige como condições para o fim do conflito a rendição da Ucrânia, a anexação dos territórios ucranianos parcialmente ocupados de Donetsk e Lugansk, no leste, e de Kherson e Zaporijia, no sul, além da península da Crimeia, anexada desde 2014.
O líder do Kremlin quer também a desmilitarização da Ucrânia e o abandono das suas ambições de aderir à NATO.
Kiev recusa todas estas condições, alegando que não se trata de uma negociação mas de uma capitulação, e exige a devolução imediata e incondicional dos territórios invadidos, à luz do Direito Internacional.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu hoje que chegou o momento da Alemanha autorizar o uso de armas alemãs em território russo, tal como fizeram os norte-americanos, após o líder russo, Vladimir Putin, ter ratificado a nova doutrina nuclear de Moscovo.
"Penso que, depois destas declarações sobre armas nucleares, é altura de a Alemanha apoiar as decisões corretas", afirmou Zelensky numa conferência de imprensa conjunta, em Kiev, com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.
Citado pelas agências noticiosas ucranianas, Zelensky avançou que está a trabalhar com os outros parceiros para que estes se juntem à decisão dos Estados Unidos da América, que após vários meses de hesitação autorizaram no fim de semana passado a Ucrânia a utilizar os mísseis de longo alcance norte-americanos ATACMS contra alvos no território russo.
Zelensky confirmou que detém os mísseis e que já os usou, como anunciou o Ministério da Defesa russo.
Agora o objetivo do líder ucraniano é conseguir que o chanceler alemão, Olaf Scholz, autorize o uso dos mísseis alemães Taurus.
Zelensky tem insistido que só permitindo que a Ucrânia dispare contra alvos militares e logísticos em território russo é que as capacidades das forças armadas da Rússia podem ser prejudicadas.
Putin assinou hoje um decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, permitindo o uso alargado deste tipo de armamento contra qualquer "agressão" por parte de um "Estado não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear".
A ratificação ocorreu no dia em que assinalam mil dias da ofensiva russa contra a Ucrânia.
"Entre as condições que justificam o uso de armas nucleares está o lançamento de mísseis balísticos contra a Rússia", segundo o decreto.
Putin advertiu, no final de setembro, que Moscovo já poderia usar armas nucleares no caso de um "lançamento massivo" de ataques aéreos contra a Rússia e que qualquer ataque realizado por um país não nuclear, como a Ucrânia, mas apoiado por uma potência com armas atómicas, como os Estados Unidos, poderia ser considerado uma agressão "conjunta", exigindo potencialmente o uso de armas nucleares.
Desde o início do conflito na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, Putin tem falado sobre a possível utilização de armas nucleares.
Na mesma conferência de imprensa em Kiev, Zelensky criticou a falta de reação dos líderes do G20 (grupo das 20 maiores e emergentes economias do mundo), atualmente reunidos no Brasil, à revisão da doutrina nuclear russa.
"Hoje, os países do G20 estão reunidos no Brasil. Já disseram alguma coisa? Nada", afirmou Zelensky, lamentando a ausência de uma "estratégia forte" por parte destes países.
Foto: Nuno Patrício - RTP
Apesar dos recentes desenvolvimentos, o presidente da República disse que não está à espera "que haja uma perda de controlo e uma escalada" no conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
A Casa Branca condenou hoje a "retórica irresponsável" da Rússia após a revisão da sua doutrina nuclear alargando a possibilidade de utilização de armas atómicas, mas insistiu que tal não exige uma revisão da doutrina norte-americana.
"Esta é mais uma demonstração da retórica irresponsável que a Rússia tem demonstrado nos últimos dois anos", disse um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano à agência noticiosa francesa AFP.
O Presidente russo, Vladimir Putin, assinou hoje o decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, depois de os Estados Unidos terem autorizado Kiev a atacar solo russo com mísseis de longo alcance fornecidos por Washington.
O "documento de planeamento estratégico" inclui a "posição oficial sobre a dissuasão nuclear", "define os perigos e ameaças militares contra os quais se pode atuar com dissuasão nuclear" e garante uma resposta à "agressão" de "um potencial inimigo", quer contra a Rússia, quer "contra os seus aliados".
Putin já havia advertido, no final de setembro, que a Rússia poderia usar armas nucleares no caso de um "lançamento massivo" de ataques aéreos contra o país e que qualquer ataque realizado por um país não nuclear, como a Ucrânia, mas apoiado por uma potência com armas atómicas, como os Estados Unidos, poderia ser considerado uma agressão "conjunta", exigindo potencialmente o uso de armas nucleares.
Foto: Murat Usubali - Anadolu via AFP
Aumentam as suspeitas de sabotagem no Mar Báltico, depois de dois cabos submarinos de telecomunicações terem sido cortados.
Foto: EPA
O ministro russo dos Negócios Estrangeiros acusa o ocidente de tentar escalar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia ao permitir aos ucranianos a utilização de armas de longo alcance.
Foto: Olivier Hoslet - EPA
Em Bruxelas, os ministros europeus da Defesa procuram adaptar-se aos últimos desenvolvimentos no cenário da guerra da Ucrânia. E também nas suas consequências ao nível do grande jogo da geopolítica.
O presidente da Ucrânia avisa que o número de tropas norte-coreanas ao serviço da Rússia pode crescer até aos 100 mil efetivos.
Evegueni Mouravitch, correspondente da RTP em Moscovo, analisa o decreto agora assinado por Vladimir Putin que abre caminho à utilização de armas nucleares como resposta aos Estados Unidos. Isto depois de a Casa Branca ter revelado que Kiev poderia usar armas de longo alcance contra alvos no país invasor.
Numa altura em que passam mil dias desde o início da guerra, a Ucrânia terá usado, pela primeira vez, mísseis de longo alcance norte-americanos.
No dia em que guerra na Ucrânia completa mil dias desde a invasão russa, o presidente russo acaba de assinar um decreto que abre caminho à utilização de armas nucleares em resposta a uma "agressão por qualquer Estado não nuclear, mas com a participação ou apoio de um país nuclear". A decisão de Vladimir Putin é conhecida depois da notícia da luz verde da Casa Branca a Kiev para o uso de armas de longo alcance contra alvos no país invasor.
Na data em que se assinala mil dias da invasão da Ucrânia pelas tropas russas, o presidente Ucraniano participou, por videoconferência, numa sessão do Parlamento Europeu. Aos eurodeputados, Volodymyr Zelensky afirmou esta terça-feira que Vladimir Putin "está concentrado na vitória. Ele não vai parar por si próprio. Quanto mais tempo tiver, mais as condições se deterioram".
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Quer na Finlândia, quer na Noruega, a invasão da Ucrânia, ocorrida há mil dias, é um acontecimento que deixa em sobressalto estas nações.
Foto: André Coelho - Lusa
Ainda não terminou, mas já foi divulgada a declaração final dos líderes do G20 reunidos no Rio de Janeiro.