Uma menor afluência de eleitores, pelo menos em Díli, parece ser a tónica dominante da segunda volta das eleições presidenciais em Timor-Leste, marcada por menos filas e por uma aparente subida na abstenção.
Com as urnas já fechadas em todo o território timorense e ainda nos centros de votação da Austrália e da Coreia do Sul, funcionários eleitorais em vários locais de votação na capital timorense, Díli, confirmaram à Lusa a menor afluência.
Na escola número 5 no bairro do Farol, em Díli, por exemplo, os dados preliminares indicam uma queda de quase 25% no número total de votantes face à primeira volta.
"Temos tido muito menos gente hoje. Nunca houve filas", disse à Lusa a responsável do centro de votação.
Às 15:00 (07:00 em Lisboa), momento do fecho das urnas, apenas tinham votado cerca de 1.400 eleitores, menos 500 que os mais de 1.900 que aqui votaram na primeira volta.
A falta de filas evidenciou-se em vários pontos da cidade visitados pela Lusa ao longo da jornada eleitoral, com a votação a decorrer com normalidade.
Devido à diferença horária, a contagem já foi concluída em dois dos três centros de votação na Austrália, Sydney e Melbourne, com José Ramos-Horta a registar uma ligeira vantagem face a Francisco Guterres Lú-Olo, de 106 contra 86 votos.
O processo de contagem vai agora começar em todo o território timorense com os resultados a caírem a `conta gotas`, pelo menos até quarta-feira.
Até ao momento, e salvo incidentes pontuais, não há indicações de problemas registados durante a jornada eleitoral.