A recém-nomeada ministra brasileira da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos tem sido alvo de críticas depois de, na quarta-feira, ter declarado que os meninos devem vestir-se de azul e as meninas de cor-de-rosa. Damares Alves já reagiu à polémica, explicando que a intenção era fazer “uma metáfora contra a ideologia de género”.
O vídeo foi gravado numa sala do ministério enquanto se encontrava rodeada de apoiantes que celebravam a sua tomada de posse.
“Fiz uma metáfora contra a ideologia de género, mas meninos e meninas podem vestir azul, rosa, colorido, enfim, da forma que se sentirem melhores”, elucidou.Damares afirmou, noutra ocasião, que “menina será princesa e menino será príncipe”, defendendo o fim da “doutrinação ideológica” de crianças e adolescentes.
“Nós temos no Brasil o Outubro Rosa, que diz respeito ao cancro de mama com mulheres, temos o Novembro Azul, que é com relação ao cancro de próstata com o homem. Então quando eu disse que menina veste cor-de-rosa e menino veste azul, é que nós vamos estar respeitando a identidade biológica das crianças”, disse, frisando que não se arrepende das palavras escolhidas.
A ministra garantiu que “nenhum direito adquirido” pela população LGBTI “será violado pelo governo Bolsonaro”.
“Mulheres terão prioridade”
No discurso de tomada de posse, a ministra aproveitou para reafirmar a sua posição anti-aborto e para apelar ao fim da violência contra as mulheres.
Damares garantiu que o Governo de Bolsonaro irá aplicar políticas que “priorizem a vida desde a concepção”.
Declarou também que “as mulheres terão prioridade neste ministério”, referindo-se ao elevado nível de crime contra as mesmas.
“As brasileiras terão voz e serão escutadas por este Governo. Somos o quinto país no mundo em feminicídio. Que vergonha. Chega de violência contra a mulher nesta nação”.