Mark Carney, ex-governador do Banco de Inglaterra, foi formalmente empossado como primeiro-ministro do Canadá esta sexta-feira, sucedendo a Justin Trudeau. Com muito pouca experiência política, Carney toma posse numa altura de grande tensão com os Estados Unidos, sendo esse o seu maior desafio atual.
Mark Carney ganhou a corrida à liderança do partido Liberal, no passado domingo, substituindo Justin Trudeau, que esteve nove anos no cargo.
Carney, de 59 anos, é o primeiro primeiro-ministro canadiano que nunca foi membro do Parlamento ou ministro. Economista formado em Harvard, nos Estados Unidos, e em Oxford, no Reino Unido, Mark Carney foi governador do Banco do Canadá, onde ajudou o país durante a crise financeira de 2008-2009.
Em 2013, tornou-se o primeiro não britânico a liderar o Banco de Inglaterra até 2020, e muitos consideram-no um dos arquitetos da estabilidade que prevaleceu durante o Brexit.
O economista toma posse como primeiro-ministro canadiano numa altura em que as relações do país com os Estados Unidos atingiram níveis sem precedentes. Para além de ter sugerido que pretende anexar o Canadá, o presidente norte-americano, Donald Trump, tem também aplicado tarifas que ameaçam a economia do país, fortemente dependente do comércio.
Desde a sua vitória no domingo como líder do partido no poder, Carney tem-se posicionado contra o presidente norte-americano, garantindo que o seu país "vencerá" e "nunca fará parte dos Estados Unidos, de forma alguma".
"Donald Trump está a atacar famílias, trabalhadores e empresas canadianas. Não o deixaremos ter sucesso", declarou Carney no passado domingo.
Na quarta-feira, Carney disse que estava pronto para se encontrar com Trump quando "houvesse respeito pela soberania canadiana". O recém-eleito primeiro-ministro canadiano disse ainda que manteria em vigor as tarifas de retaliação sobre produtos norte-americanos até que os EUA mostrassem algum respeito pelo Canadá.
UE destaca relação “mais crucial do que nunca”
Carney planeia viajar para Londres e Paris na próxima semana, num esforço para reforçar as alianças na Europa.
Da parte da União Europeia, a presidente da comissão, Ursula von der Leyen, já felicitou o novo primeiro-ministro canadiano, salientando que a relação UE-Canadá “é mais crucial do que nunca”.
“Parabéns a Mark J. Carney por se ter tornado o próximo primeiro-ministro do Canadá. A Europa e o Canadá são amigos e parceiros de confiança e, atualmente, esta relação é mais crucial do que nunca”, escreveu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X.
“Aguardo com expectativa a oportunidade de trabalhar convosco para defender a democracia, o comércio livre e justo e os nossos valores comuns”, adiantou.
Também através do X, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, endereçou os seus “melhores votos” ao novo chefe de Governo canadiano.
“Com valores comuns e perspetivas partilhadas, a parceria entre a Europa e o Canadá continua a crescer e constitui um compromisso para com a nossa relação duradoura de amigos e aliados”, concluiu a líder da assembleia europeia.
É esperado que Carney convoque eleições gerais nas próximas semanas. Caso não o faço, os partidos da oposição podem avançar com o voto de desconfiança no final do mês.
Quando forem convocadas as eleições, Carney estará muito limitado no que pode fazer politicamente, uma vez que a convenção determina que não pode tomar decisões importantes quando se candidata a um cargo.
As sondagens sugerem atualmente que será uma disputa renhida com os conservadores da oposição, com nenhum dos partidos a ganhar lugares suficientes para um governo maioritário.
c/agências
Carney, de 59 anos, é o primeiro primeiro-ministro canadiano que nunca foi membro do Parlamento ou ministro. Economista formado em Harvard, nos Estados Unidos, e em Oxford, no Reino Unido, Mark Carney foi governador do Banco do Canadá, onde ajudou o país durante a crise financeira de 2008-2009.
Em 2013, tornou-se o primeiro não britânico a liderar o Banco de Inglaterra até 2020, e muitos consideram-no um dos arquitetos da estabilidade que prevaleceu durante o Brexit.
O economista toma posse como primeiro-ministro canadiano numa altura em que as relações do país com os Estados Unidos atingiram níveis sem precedentes. Para além de ter sugerido que pretende anexar o Canadá, o presidente norte-americano, Donald Trump, tem também aplicado tarifas que ameaçam a economia do país, fortemente dependente do comércio.
Desde a sua vitória no domingo como líder do partido no poder, Carney tem-se posicionado contra o presidente norte-americano, garantindo que o seu país "vencerá" e "nunca fará parte dos Estados Unidos, de forma alguma".
"Donald Trump está a atacar famílias, trabalhadores e empresas canadianas. Não o deixaremos ter sucesso", declarou Carney no passado domingo.
Na quarta-feira, Carney disse que estava pronto para se encontrar com Trump quando "houvesse respeito pela soberania canadiana". O recém-eleito primeiro-ministro canadiano disse ainda que manteria em vigor as tarifas de retaliação sobre produtos norte-americanos até que os EUA mostrassem algum respeito pelo Canadá.
UE destaca relação “mais crucial do que nunca”
Carney planeia viajar para Londres e Paris na próxima semana, num esforço para reforçar as alianças na Europa.
Da parte da União Europeia, a presidente da comissão, Ursula von der Leyen, já felicitou o novo primeiro-ministro canadiano, salientando que a relação UE-Canadá “é mais crucial do que nunca”.
“Parabéns a Mark J. Carney por se ter tornado o próximo primeiro-ministro do Canadá. A Europa e o Canadá são amigos e parceiros de confiança e, atualmente, esta relação é mais crucial do que nunca”, escreveu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X.
“Aguardo com expectativa a oportunidade de trabalhar convosco para defender a democracia, o comércio livre e justo e os nossos valores comuns”, adiantou.
Também através do X, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, endereçou os seus “melhores votos” ao novo chefe de Governo canadiano.
“Com valores comuns e perspetivas partilhadas, a parceria entre a Europa e o Canadá continua a crescer e constitui um compromisso para com a nossa relação duradoura de amigos e aliados”, concluiu a líder da assembleia europeia.
É esperado que Carney convoque eleições gerais nas próximas semanas. Caso não o faço, os partidos da oposição podem avançar com o voto de desconfiança no final do mês.
Quando forem convocadas as eleições, Carney estará muito limitado no que pode fazer politicamente, uma vez que a convenção determina que não pode tomar decisões importantes quando se candidata a um cargo.
As sondagens sugerem atualmente que será uma disputa renhida com os conservadores da oposição, com nenhum dos partidos a ganhar lugares suficientes para um governo maioritário.
c/agências