Marinha do Senegal interceta canoa com 217 imigrantes ilegais

por Lusa

A Marinha do Senegal anunciou ter intercetado, na sexta-feira, uma canoa com 217 pessoas a bordo que tentavam migrar ilegalmente.

"Hoje [sexta-feira], o barco-patrulha Kedougou resgatou uma canoa que transportava 217 imigrantes em situação irregular, a 80 quilómetros da costa de Joal (centro-oeste)", explicou a Marinha do Senegal, numa publicação na rede social X.

A marinha do Senegal, país vizinho da Guiné-Bissau, publicou também fotografias dos imigrantes na embarcação e do salvamento pelos oficiais, mas não deu mais pormenores.

A agência espanhola EFE referiu que, apesar de as autoridades não terem especificado o destino do barco, o Senegal é um país de trânsito e de origem dos migrantes que chegam irregularmente às Ilhas Canárias (Oceano Atlântico), em Espanha.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, deslocou-se no final de agosto ao Senegal, à Mauritânia e à Gâmbia - países de onde partem muitos dos migrantes que chegam irregularmente ao seu país - para abordar este fenómeno.

Nestes países, Sánchez defendeu a migração circular como uma resposta ao discurso de ódio e à xenofobia e também a abertura de canais de investimento para gerar oportunidades.

A rota migratória entre a costa africana e as ilhas espanholas é considerada uma das mais perigosas do mundo, com uma taxa de mortalidade, nos últimos anos, de uma vítima por cada vinte sobreviventes (o dobro da registada no Mar Mediterrâneo).

No dia 22 de setembro, pelo menos trinta cadáveres em decomposição foram encontrados numa canoa à deriva a cerca de 70 quilómetros da costa de Dacar. No dia 08 do mesmo mês um outro barco com quase uma centena de migrantes naufragou, matando pelo menos 39 pessoas.

Na sequência desta tragédia, o Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, prometeu uma "perseguição implacável" aos traficantes que transportam migrantes irregulares do país africano para a Europa.

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