O objetivo é limpar associações a racismo e a anti-semitismo coladas ao nome Frente Nacional. Marine Le Pen, reeleita este domingo líder da extrema-direita francesa num congresso "refundador", assumiu que pretende facilitar alianças com outros partidos e que quer chegar ao topo.
A mulher que ficou em segundo lugar na corrida ao Eliseu diz que os militantes não se devem envergonhar da história da Frente Nacional, um partido criado pelo pai da atual presidente, Jean Marie le Pen.
A líder defende que o partido carrega perceções negativas e que, por isso é necessário mudar. Sinal dos tempos, a suspensão neste congresso do número dois dos jovens da Frente Nacional, o luso descendente Davy Oliveira Rodriguez, que insultou com palavras racistas um segurança de uma discoteca de Lille.
Durante o discurso, Marine le Pen lançou criticas às políticas migratórias e económicas de Emmanuel Macron e propõs uniões com pequenos movimentos.
A presidente do partido de extrema direita vai tentar compromissos para as eleições locais de 2019 e 2020.
O rebatismo foi aprovado sábado por uma margem mínima dos membros, 52 por cento. O novo nome será igualmente objeto de voto.
Em entrevista no mês passado à Agência Reuters, Jean-Marie Le Pen, o veterano de 89 anos que fundou a Frente Nacional em 1972, considerou que a mudança de nome é um "suicídio" político.