Decorreram grandes manifestações nas principais cidades da Venezuela contra o regime de Nicolás Maduro. Os protestos provocaram dois mortos.
Os protestos provocaram a morte de um estudante de 17 anos, que foi atingido com um tiro na cabeça por desconhecidos.
Uma mulher de 23 anos também morreu numa manifestação em San Cristobal no estado de Tachira, junto à fronteira com a Colômbia.
As notícias dão conta de confrontos com as forças policiais, não só na capital venezuelana, como em San Cristobal, Santa Mónica, Maracaibo e El Paraíso.
Em paralelo às manifestações contra Maduro, o governo organizou uma "marcha histórica" em Caracas, para assinalar o 207.º aniversário da 'revolução' de 1810, que levou à independência do país.
O ambiente está incendiado com a decisão do governo de entregar armas aos civis, uma medida que já foi condenada pela OEA, a Organização dos Estados Americanos.
Os protestos são contra a alegada rutura constitucional e contra duas sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento, onde a oposição detém a maioria.
Antecipando o protesto dos opositores, o Presidente ordenou às Forças Armadas Bolivarianas para se dispersarem por todo o país.
Maduro também anunciou que aprovou um plano para aumentar para 500.000 os membros da Milícia Bolivariana que, armados, serão enviados "em defesa da moral, da honra, do compromisso com a pátria".