Uma semana depois da condenação de Marine Le Pen, apoiantes da antiga líder da extrema-direita e ex-candidata presidencial estão nas ruas, em protesto contra a Justiça. O protesto está nesta altura a desmobilizar.
Os protestos surgem depois da condenação da ex-líder do partido de extrema-direita e de oito eurodeputados do mesmo partido, depois de provado o desvio de quase três milhões de euros de fundos do Parlamento Europeu.
Dinheiro usado para pagar a assessor do partido entre 2004 e 2016. Marine Le Pen mantém o mandato de deputada, mas não poderá candidatar-se a nenhuma eleição durante um período de cinco anos, ou seja, está fora da corrida às eleições presidenciais francesas de 2027.
Foi ainda condenada a quatro anos de prisão, dois deles de prisão efetiva, que pode cumprir com pulseira eletrónica. E vai ter de pagar uma multa de cem mil euros.
A defesa de Le Pen já recorreu, enquanto tem havido apoio de vários líderes mundiais. Um deles é Viktor Orban, primeiro-ministro da Hungria, que escreveu "Je suis Marine" pouco depois de ter sido conhecida a condenação.
O presidente norte-americano Donald Trump considera que se trata de uma "caça às bruxas" levada a cabo por aquilo que diz ser "esquerdistas europeus".
Entretanto, Bénédicte de Perthuis, a juíza que presidiu ao tribunal de Paris que condenou Le Pen na segunda-feira, estará a ser alvo de ameaças de morte e foi colocada sob proteção policial.
O atual presidente do Reagrupamento Nacional falou neste comício. Jordan Bardella, que foi candidato às legislativas, diz que este caso é um exemplo de como a justiça francesa tem tentado condicionar o partido de Le Pen.
Marine Le Pen diz que foi vítima de "um jogo perverso". Acusa os opositores políticos de perseguição judicial para silenciar o Reagrupamento Nacional, e garante que não se vai "resignar".