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Malta. Ativistas invadem residência oficial do primeiro-ministro e pedem saída imediata

por RTP
Foto: Mark Zammit Cordina - Reuters

Em Vallleta, Malta, vários ativistas invadiram a residência oficial do primeiro-ministro maltês, Joseph Muscat, exigindo a sua demissão imediata devido a suspeita de interferências na investigação à morte da jornalista DaphneCaruana, na Galizia em 2017.

Muscat não está diretamente implicado na investigação, mas já afirmou que vai renunciar em janeiro, após uma eleição para um novo líder do seu partido trabalhista no poder.

O testemunho do confesso intermediário no plano de assassinato ligou as pessoas no círculo interno do primeiro-ministro às tentativas de encobrimento.

Os cerca de 40 ativistas surpreenderam polícias e soldados que entraram no prédio do século XVI por uma entrada lateral, armados com tambores, assobios, bandeiras e saudadores barulhentos.

Após a invasão, os manifestantes sentaram-se e bloquearam a entrada do edifício, cantando e exigindo a demissão de Muscat, sob olhar atento mas incrédulo dos seguranças do edificio. "Malta chegou ao fundo do poço. Não se trata apenas de corrupção, mas de assassinato político", disseram os ativistas em voz alta durante o protesto.

O primeiro-ministro maltês nunca correu perigo, pois este não se encontrava na residência oficial.

A estabilidade política da pequena ilha do Mediterrâneo foi abalada nas últimas semanas pelas consequências do assassinato da jornalista anti-corrupção, através de um carro armadilhado.

O chefe de gabinete de Muscat, Keith Schembri, foi acusado de estar entre os envolvidos ou que sabiam do assassinato. Schembri renunciou e está sob investigação. Negou qualquer irregularidade.
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