A oposição maliana congratulou-se com o golpe de Estado militar, ocorrido na terça-feira, considerando que era o “culminar” da sua luta contra o presidente derrubado, Ibrahim Boubacar Keita.
Estes opositores a Keita disponibilizaram-se a “fazer todas as iniciativas” para a “elaboração de um plano de ação, cujo conteúdo será acordado com o CNSP e todas as forças vivas do país”.
Por outro lado, Choguel Maiga, presidente do comité estratégico do M5-RFP, convocou, em declarações à comunicação social, para sexta-feira “a maior concentração patriótica junto do Monumento da Independência”, bem como “no conjunto do território nacional para festejar a vitória do povo maliano”.
O presidente do Mali, Ibrahim Boubacar Keita, anunciou a demissão horas depois de ter sido afastado do poder num golpe liderado por militares, após meses de protestos e agitação social.
A ação dos militares já foi condenada pela Organização das Nações Unidas (ONU), União Africana, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e União Europeia (UE).
Portugal tem no Mali 74 militares integrados em missões da ONU e da UE.
Antigo primeiro-ministro (1994-2000), Ibrahim Boubacar Keita, 75 anos, foi eleito chefe de Estado em 2013 e renovou o mandato de cinco anos em 2018.
A França intervém atualmente no Mali no âmbito da operação Barkhane, com a participação dos exércitos estónio e britânico e forças governamentais locais, contra grupos armados "jihadistas" na região do Sahel.