Um grupo de seis pessoas raptou hoje mais um empresário no centro da cidade de Maputo, capital moçambicana, disse à Lusa o porta-voz da polícia moçambicana.
"Ele foi raptado por volta das 08:00 [07:00 em Lisboa], quando abria o seu estabelecimento comercial localizado entre as avenidas Karl Marx e Ho Chi Min [centro de Maputo]", disse o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM), Lionel Muchina.
Segundo o porta-voz, um funcionário da vítima, um empresário de origem asiática, foi baleado no pé durante o rapto, tendo sido levado para o Hospital Central de Maputo.
"Estamos a trabalhar com fontes que testemunharam o rapto e com o Sernic [Serviço Nacional de Investigação Criminal] para resgatar a vítima o quanto antes", acrescentou.
Lionel Muchina pediu que a população esteja mais vigilante nos bairros e denuncie "movimentos anormais" à polícia para a identificação de prováveis cativeiros.
A Polícia da República de Moçambique registou um total de 185 casos de raptos e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011, anunciou em março o ministro do Interior.
A onda de raptos em Moçambique tem afetado empresários e seus familiares, sobretudo pessoas de ascendência asiática, o que para as autoridades exige uma reflexão.
A maioria dos raptos cometidos em Moçambique é preparada fora do país, o que dificulta o combate a este tipo de crimes, disse em abril, no parlamento, a procuradora-geral da República, Beatriz Buchili.
A maioria dos mandantes vive na África do Sul, avançou a procuradora-geral moçambicana.