Um empresário de origem paquistanesa foi raptado esta manhã na cidade da Matola, província de Maputo, sul de Moçambique, disse hoje à Lusa fonte do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic).
O empresário, de 39 anos e proprietário de uma fábrica de doces na Machava, foi raptado próximo ao restaurante `Burako da Velha`, por volta das 10:00 locais (08:00 em Lisboa), disse à Lusa Samussone Mahumane, porta-voz do Sernic na província de Maputo.
"Não tenho ainda mais detalhes [do rapto]", disse o porta-voz, após ser questionado sobre as circunstâncias em que ocorreu o crime e o número de pessoas que terá raptado o empresário.
Na sexta-feira, o Sernic anunciou a detenção de um homem suspeito de envolvimento no rapto de dois empresários em Maputo, um dos quais de nacionalidade portuguesa, entretanto resgatados no dia 13.
O homem, detido na quarta-feira na cidade da Matola, arredores de Maputo, é quem supostamente arrendava a residência usada como cativeiro dos empresários e que se suspeita que a mesma casa tenha sido usada noutros casos de raptos ocorridos desde 2022.
Cerca de 150 empresários foram raptados em Moçambique nos últimos 12 anos e uma centena deixou o país por receio, segundo números divulgados em julho pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que defende que é tempo de o Governo dizer "basta".
A polícia moçambicana registou, até março, um total de 185 casos de raptos e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011, anunciou anteriormente o ministro do Interior, Pascoal Ronda.