Mais de 110 mortos em sete dias de greve da polícia no Espírito Santo
A violência decorrente da greve da Polícia Militar no Estado do Espírito Santo, sudeste do Brasil, já causou pelo menos 113 mortos. Além de melhores salários, os polícias apelam à segurança no trabalho.
É o sétimo dia de greve na cidade de Vitória, capital do Estado brasileiro do Espírito Santo. A Polícia Militar reivindica melhores condições de trabalho e aumentos salariais.
A lei impede que os Polícias Militares façam greve. Assim, são familiares e amigos que os impedem de sair à rua.
Escolas e postos de saúde fechados, comércio e bancos parados. Este é o cenário que se vive no Espírito Santo, conforme adianta o jornal brasileiro O Globo.
As ruas estão desertas, sem circulação automóvel ou de peões. A presença das tropas federais nas ruas não é suficiente para diminuir a sensação de insegurança e a maioria da população fica em casa.
Desde quinta-feira cerca de 1700 homens de Exército, Marinha e Força Nacional de Segurança patrulham as ruas de Vitória. Até domingo, o número pode chegar aos três mil, segundo as autoridades.
Desde o último fim de semana que o Estado é assolado por uma onda de violência. Pilhagens de lojas e assaltos foram registados em larga escala em diversas cidades. E o número de vítimas no Espírito Santo, desde o início da greve, não pára de aumentar. Até à data, a Secretaria de Segurança Pública confirmou 113 mortos.
O governador do Estado do Espírito Santo, Paulo Hartung, classificou como “chantagem” a greve dos polícias, que desde a semana passada não efetuam patrulhas.
Na verdade, a Secretaria de Segurança decidiu mesmo punir cerca de 300 Polícias Militares por motim ou revolta, o que pode resultar em expulsão da corporação ou até prisão, explica o jornal A Gazeta Online.
Um Estado parado por falta de segurança: são polícias militares em greve, um Governo Estadual sem acordo e uma população com medo de sair de casa e sem serviços essenciais.Protestos alastram
A vaga de protestos já alastrou também ao Rio de Janeiro, onde, ainda assim, a polícia continua a patrulhar as ruas.
Os familiares de polícias militares também saíram em protesto. O objetivo do movimento é não permitir que os polícias saiam das unidades para trabalhos nas ruas.
“Estamos a lutar pela dignidade dos nossos guerreiros. Eles estão com salários atrasados, carga horária excessiva, não têm fardas para trabalhar. Não têm alimentação”, afirmou a mulher de um agente ao Globo.
Os manifestantes garantem que situação precária vivida pela corporação é da responsabilidade do "poder público".
Ainda assim, o policiamento no Rio de Janeiro não foi afetado pelas manifestações e a cidade brasileira mantém a normalidade.
O porta-voz da PM, major Ivan Blaz, apelou para que a saída dos agentes não seja travada pelas famílias, como acontece no Espírito Santo.
Um Rio de manifestações
Outro protesto, organizado por funcionários públicos perto da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, resultou em confrontos violentos entre polícia e manifestantes.
As imagens transmitidas em direto nas redes sociais pelo grupo Mídia Ninja dão conta do cenário que se vive no centro do Rio de Janeiro. No vídeo vê-se a polícia a lançar granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.
Os manifestantes protestam contra o pacote de austeridade defendido pelo Governo local, que atravessa uma grave crise financeira. Para limpar o défice público, o Executivo está a promover cortes que estão a afetar o setor.
Desde o ano passado que os funcionários públicos estão com salários atrasados e algumas corporações, como a dos polícias, já chegaram mesmo a considerar uma paralisação semelhante à que se vive no Estado vizinho do Espírito Santo.
A lei impede que os Polícias Militares façam greve. Assim, são familiares e amigos que os impedem de sair à rua.
Escolas e postos de saúde fechados, comércio e bancos parados. Este é o cenário que se vive no Espírito Santo, conforme adianta o jornal brasileiro O Globo.
As ruas estão desertas, sem circulação automóvel ou de peões. A presença das tropas federais nas ruas não é suficiente para diminuir a sensação de insegurança e a maioria da população fica em casa.
Desde quinta-feira cerca de 1700 homens de Exército, Marinha e Força Nacional de Segurança patrulham as ruas de Vitória. Até domingo, o número pode chegar aos três mil, segundo as autoridades.
Desde o último fim de semana que o Estado é assolado por uma onda de violência. Pilhagens de lojas e assaltos foram registados em larga escala em diversas cidades. E o número de vítimas no Espírito Santo, desde o início da greve, não pára de aumentar. Até à data, a Secretaria de Segurança Pública confirmou 113 mortos.
O governador do Estado do Espírito Santo, Paulo Hartung, classificou como “chantagem” a greve dos polícias, que desde a semana passada não efetuam patrulhas.
Na verdade, a Secretaria de Segurança decidiu mesmo punir cerca de 300 Polícias Militares por motim ou revolta, o que pode resultar em expulsão da corporação ou até prisão, explica o jornal A Gazeta Online.
Um Estado parado por falta de segurança: são polícias militares em greve, um Governo Estadual sem acordo e uma população com medo de sair de casa e sem serviços essenciais.Protestos alastram
A vaga de protestos já alastrou também ao Rio de Janeiro, onde, ainda assim, a polícia continua a patrulhar as ruas.
Os familiares de polícias militares também saíram em protesto. O objetivo do movimento é não permitir que os polícias saiam das unidades para trabalhos nas ruas.
“Estamos a lutar pela dignidade dos nossos guerreiros. Eles estão com salários atrasados, carga horária excessiva, não têm fardas para trabalhar. Não têm alimentação”, afirmou a mulher de um agente ao Globo.
Os manifestantes garantem que situação precária vivida pela corporação é da responsabilidade do "poder público".
Ainda assim, o policiamento no Rio de Janeiro não foi afetado pelas manifestações e a cidade brasileira mantém a normalidade.
O porta-voz da PM, major Ivan Blaz, apelou para que a saída dos agentes não seja travada pelas famílias, como acontece no Espírito Santo.
Um Rio de manifestações
Outro protesto, organizado por funcionários públicos perto da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, resultou em confrontos violentos entre polícia e manifestantes.
As imagens transmitidas em direto nas redes sociais pelo grupo Mídia Ninja dão conta do cenário que se vive no centro do Rio de Janeiro. No vídeo vê-se a polícia a lançar granadas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.
Os manifestantes protestam contra o pacote de austeridade defendido pelo Governo local, que atravessa uma grave crise financeira. Para limpar o défice público, o Executivo está a promover cortes que estão a afetar o setor.
Desde o ano passado que os funcionários públicos estão com salários atrasados e algumas corporações, como a dos polícias, já chegaram mesmo a considerar uma paralisação semelhante à que se vive no Estado vizinho do Espírito Santo.