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Mais 65 mortos na China devido ao coronavírus

por RTP
Reuters

O número de mortos na província central chinesa de Hubei, epicentro do surto do coronavírus, subiu para 479 esta terça-feira, quatro de fevereiro, anunciou a televisão estatal chinesa. São mais 65 do que a contagem anterior.

Foram ainda detetados mais 3 156 casos na mesma região, elevando o número total para 16 678.

A capital provincial de Hubei, Wuhan, reportou 49 novas mortes na terça-feira, mais 48 do que no dia anterior. Um total de 362 pessoas morreram em Wuhan devido ao coronavírus.

Também nas últimas 24 horas foram confirmados em Wuhan 1,967 novos casos, acima dos 1,242 anunciados segunda-feira.

Em toda a China foram já contabilizados 490 mortos, anunciou ainda Pequim.
Antes desta atualização o vírus havia feito um total de 425 vítimas mortais e mais de 20400 infetados em todo o mundo

A Comissão Nacional de Saúde da China confirmou esta terça-feira que a taxa de mortalidade devido à infeção do novo coronavírus na China continental é de 2,1 por cento, sendo a maioria das vítimas do sexo masculino e com idade superior a 60 anos.

À CNN, o vice-diretor da Administração Estatal de Saúde das Comissões Nacionais de Saúde, Jiao Yahui, afirmou que, precisamente na província de Hubei, a taxa de mortalidade é de 3,1 por cento. Até à data confirmaram-se, nesta região, 97 por cento das vítimas mortais.
Navio de passageiros de quarentena
Dez pessoas num navio de cruzeiros colocado de quarentena ao largo do porto japonês de Yokohama testaram positivo para infeção pelo coronavírus, afirmou a TV Asahi, citando fontes do ministério japonês da Saúde.

Os testes a cerca de 3 700 passageiros e tripulação a bordo no navio iniciaram-se esta terça-feira, depois de um passageiro de Hong Kong, que viajou na embarcação em janeiro, ter dado positivo para o vírus de Wuhan.

Hoje foram ainda anunciados um primeiro caso na Bélgica e a primeira vítima mortal do coronavírus em Hong Kong.

Em Portugal, foram internados esta tarde dois casos suspeitos.

A Organização Mundial de Saúde, OMS, declarou emergência mundial devido ao surto deste novo vírus, semelhante ao da gripe, e os especialistas afirmam que há muito por descobrir, incluindo a taxa de mortalidade e formas e rotas de transmissão.

A maioria das medidas de prevenção ao contágio são semelhantes às utilizadas também na gripe, e incluem lavar as mãos com frequência e espirrar tapando a boca e o nariz com o cotovelo.
No mundo
nos Estados Unidos, a autoridade para a Alimentação e o Medicamento autorizou centros laboratoriais especializados de todo o país a aplicar um instrumento de deteção viral até agora reservado aos laboratórios do Centro para o Controlo e Prevenção da Doença, CDC.

Sob a autorização de emergência emitida esta terça-feira, o painel de diagnóstico do 2019-nCoV poderá ser utilizado em pacientes classificados como suspeitos para o teste do coronavírus.

"Resultados negativos não afastam uma infeção por 2019-nCoV e não deverão ser usados como único meio para o tratamento ou outra gestão do paciente", acautelou a FDA.

O Haiti anunciou a imposição de novos controlos sanitários nos seus aeroportos. O Brasil vai entretando enviar dois aviões da Força Aérea para retirar de Wuhan os seus cidadãos, via Espanha e Polónia.

Londres anunciou por seu lado o envio de um segundo aparelho civil no próximo domingo, para repatriar os cidadãos britânicos e respetivos dependentes, residentes em Wuhan. Também a Secretaria de Estados dos EUA admitiram enviar mais meios aéreos para retirar norte-americanos da região.
Por cá
Em Portugal, os dois suspeitos identificados esta terça-feira foram encaminhados para o Hospital Curry Cabral, em Lisboa. As análises vão ser realizadas no Instituto Nacional Ricardo Jorge.

De acordo com a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, os dois casos são diferentes, "têm origens diferentes e histórias diferentes".

O primeiro caso suspeito foi conhecido através de comunicado da Direção-Geral da Saúde e o segundo foi revelado já durante a conferência de imprensa, ao final da tarde.

Para a DGS, neste momento em Portugal não é necessário o uso de máscaras por parte da população geral, para proteção contra o novo coronavírus. A excepção cobre os cuidadores de eventuais infetados com a doença.
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