A Rússia, que não sofre ataques terroristas desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022, foi palco de vários graves atentados nos últimos 15 anos.
Um grupo de homens armados, vestindo uniformes militares, abriu hoje fogo numa sala de concertos em Moscovo, onde se registaram também explosões, causando um número indeterminado de vítimas.
A Rússia tem um longo historial de atentados terroristas neste século, sendo o mais grave o que ocorreu em 2002, quando um comando checheno fez cerca de 850 reféns no teatro Dubrovka em Moscovo, cuja operação de regaste resultou num "banho de sangue", com a morte de pelo menos 170 pessoas.
Nos últimos 15 anos, outros atentados se seguiram:
- Em 2009, um ataque ao comboio de alta velocidade Nevsky Express, que liga Moscovo a São Petersburgo, deixou 27 mortos e mais de 150 feridos.
- Em 2010, dois homens-bomba da guerrilha chechena ativaram os seus cintos de bombas, causando 40 mortes e mais de 140 feridos em duas estações de metro de Moscovo.
- Em 2011, um atentado bombista deixou 37 mortos e 172 feridos no aeroporto internacional Domodedovo, na capital russa.
- Em 2017, um ataque suicida cometido no metro de São Petersburgo provocou 16 mortos e mais de 64 feridos.
- Em 22 de março de 2024, as autoridades russas e os serviços de segurança indicaram que várias pessoas morreram num tiroteio perpetrado por agressores desconhecidos com armas automáticas numa sala de espetáculos nos arredores de Moscovo.