Maior planeta-anão conhecido recebe o nome de Eris

por Agência LUSA

Um planeta rochoso e gelado cuja descoberta levou à exclusão de Plutão do Sistema Solar foi baptizado com o nome de Eris, deusa grega da discórdia, pela União Astronómica Mundial (UAM).

Conhecido como "2003 UB313" desde a sua descoberta no ano passado, este planeta suscitou uma forte controvérsia entre os astrónomos sobre a definição de planeta, com uns a quererem acolhê-lo no Sistema Solar e outros a defenderem a saída de Plutão.

Depois de muita polémica, a comunidade astronómica decidiu no mês passado reduzir para oito o número dos planetas do Sistema Solar e passar Plutão para a categoria de "planeta-anão", que também inclui Eris e o asteróide Ceres.

Para o descobridor de Eris, Michael Brwn, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, o nome atribuído é "uma escolha óbvia".

Na mitologia, Eris causou uma discórdia entre as deusas que provocou a Guerra de Tróia.

No mundo real, Eris forçou uma redefinição da categoria de planeta que implicou a controversa despromoção de Plutão. Pouco depois da decisão, centenas de cientistas subscreveram um abaixo- assinado de protesto.

Eris não teve nome formal enquanto os astrónomos discutiam o seu estatuto e, à falta de uma designação oficial, Brown baptizara-o de Xena, nome da protagonista da série da televisão "Xena, a princesa guerreira".

A lua de Eris, apelidada provisoriamente de Gabrielle por Brown, também recebeu um nome formal: Disnomia, filha de Eris e conhecida como o espírito da desordem.

Eris, cujo diâmetro é cerca de 115 quilómetros maior que o de Plutão, é o objecto conhecido mais distante do sistema solar, estando a 14,5 milhões de quilómetros do Sol.

É também o terceiro objecto mais brilhante da Cintura de Kuiper, um disco de detritos gelados situado para além da órbita de Neptuno.

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