Maior distribuidora de eletricidade do Havai acusada de causar incêndios

por RTP
EPA

A Justiça do Havai, nos EUA, recebeu uma ação coletiva que acusa a maior distribuidora de eletricidade do arquipélago, a Hawaiian Electric, de ter causado os incêndios que mataram pelo menos 96 pessoas na ilha de Maui.

De acordo com a imprensa local, o processo foi apresentado por três escritórios de advogados que representam pessoas afetadas pelos incêndios de Lahaina, antiga capital do arquipélago e uma das zonas turísticas mais populares do Havai.

A ação argumenta que a Hawaiian Electric, que fornece eletricidade a 95% do estado, "indesculpavelmente deixou as suas linhas de energia operacional durante as condições previstas de alto risco de incêndio".

Muitos dos relatos de residentes no local parecem convergir no facto de as pessoas não terem alerta oficial do que estava a ocorrer e que pode ter comprometido a eficácia da resposta e até a morte de muitas pessoas. Na ausência de um alerta em larga escala, os moradores descreveram uma corrida frenética para escapar de um incêndio que parecia surgir do nada. Uma situação agravada pela rápida progressão das chamas.

"A destruição poderia ter sido evitada se os réus tivessem ouvido os avisos do Serviço Nacional de Meteorologia [norte-americano] e desligado a energia das suas linhas elétricas durante o evento de vento forte que era esperado" vários dias antes do início dos incêndios, afirma o processo.

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A prática de desligar as linhas de energia por motivos de segurança pública é comum em partes do oeste dos Estados Unidos durante condições de alto risco de incêndio, já que estas linhas foram a causa de vários incêndios, especialmente na Califórnia.

Sistema de alarme não foi ativado

Quando os incêndios começaram na passada terça-feira e a ilha Maui ficou sem energia e telecomunicações, o sistema de alarme do Havai, o maior do mundo, não foi ativado, admitiram as autoridades.

A procuradora-geral do Havai, Anne López, anunciou no sábado que será feita uma "investigação exaustiva" sobre a resposta das autoridades à catástrofe.

A Hawaiian Electric disse no domingo, num comunicado, que restaurou o fornecimento de eletricidade a 60% dos clientes que estavam sem energia desde terça-feira e que tem cerca de 300 pessoas no terreno para repor a energia aos restantes clientes.

A empresa, que não se referiu ao processo judicial, indicou que houve danos extensos nas partes do sistema elétrico que distribui energia às comunidades e que o sistema "ainda está frágil", obrigando os trabalhadores a proceder com cuidado.

A Hawaiian Electric admitiu que poderia haver "apagões intermitentes" e pediu aos moradores de Maui que tentassem poupar eletricidade e limitar o seu uso.

Processo de identificação será demorado

O governador do Havai estimou as perdas materiais em cerca de seis mil milhões de dólares (cerca de 5,5 mil milhões de euros).

Dois dos três incêndios de Maui ainda estão ativos, segundo o último balanço feito no domingo pelo condado, que até agora apenas conseguiu verificar a identidade de duas das 96 vítimas confirmadas.

A polícia local sublinhou que o processo será moroso, uma vez que é necessária uma verificação genética ou dentária. "Quando encontramos nossa família e amigos, os restos que encontramos são de um incêndio que derreteu metal", disse o chefe de polícia John Pelletier. "É preciso fazer um teste rápido de DNA para identificá-los.

As entidades oficiais preveem que, à medida que as buscas prosseguem nas zonas devastadas, mais vítimas vão ser encontradas.

Estes incêndios são os mais mortíferos nos EUA em mais de 100 anos. "Aquele incêndio percorreu uma milha a cada minuto, resultando nesta tragédia", disse o governador do Havai Josh Green num comunicado no domingo. "Um furacão de fogo, algo novo para nós nesta era de aquecimento global, foi a razão última pela qual tantas pessoas pereceram."


c/Lusa

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Comissão Nacional do PS analisa derrota e decide calendário interno

por RTP
Pedro Pina - RTP

As eleições diretas para escolher o novo secretário-geral do PS vão decorrer a 27 e 28 de junho, como previa o calendário proposto pelo presidente do partido que foi aprovado com 201 votos a favor e cinco contra. Depois da pesada derrota nas legislativas de domingo, que levou Pedro Nuno Santos a demitir-se, a Comissão Nacional do PS reúne-se este sábado para analisar os resultados e aprovar os calendários eleitorais. Até agora, só José Luís Carneiro está na corrida à liderança do partido.

Os resultados da votação do calendário e do regulamento eleitoral para as diretas foram transmitidos à Lusa por fonte oficial do partido, não havendo nestes documentos aprovados informação sobre o congresso.

Segundo o mesmo calendário, a data limite para apresentação de candidaturas é dia 12 de junho, estando até agora na corrida à sucessão de Pedro Nuno Santos apenas o ex-ministro José Luís Carneiro.

O PS regressou este sábado ao hotel Altis, em Lisboa, que foi quartel-general da noite eleitoral de há quase uma semana, que ditou o seu terceiro pior resultado em eleições legislativas e, ainda com os resultados provisórios porque não estão contados os votos da emigração, resultou na perda de 20 deputados e um quase empate com o Chega.

Logo na noite eleitoral de domingo, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assumiu as responsabilidades pelo resultado e pediu a demissão, cargo que deixará após a reunião de da Comissão Nacional. O presidente do partido, Carlos César, deverá assumir as funções de secretário-geral interinamente.

Na reunião deste sábado, que servirá para analisar os resultados das legislativas, serão ainda aprovados os calendários e regulamentos eleitorais internos.

Carlos César, numa proposta também subscrita por Pedro Nuno Santos, propõe a este órgão máximo entre congressos a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho.

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Em alternativa a esta proposta do presidente do PS, o antigo candidato à liderança socialista Daniel Adrião, juntamente com outros dirigentes, propõem à Comissão Nacional do PS eleições primárias abertas apenas em outubro ou novembro, considerando mais sensato que o novo secretário-geral seja escolhido depois das autárquicas.

Carlos César ouviu, segundo fonte oficial, "diversas personalidades apontadas como possíveis candidatos à liderança do PS e optou pelo cenário de eleições imediatas apenas para o cargo de secretário-geral do partido".

Nos últimos dias, alguns dos nomes apontados para a sucessão de Pedro Nuno Santos, os dois ex-ministros Fernando Medina e Mariana Vieira da Silva anunciaram estar fora desta corrida eleitoral. Também Duarte Cordeiro e Alexandra Leitão já tinham manifestado a sua indisponibilidade.

Assim, neste momento é o antigo candidato à liderança do PS José Luís Carneiro - que há cerca de um ano e meio perdeu as diretas para Pedro Nuno Santos - o único nome que até agora avançou a sua disponibilidade para a sucessão da liderança do PS.

 

C/Lusa

Tópicos

Carlos César propõe eleições internas do PS a 27 e 28 de junho

por RTP
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Foto: José Sena Goulão - Lusa

Pedro Nuno Santos deixa a liderança do PS, este sábado. Depois da pesada derrota nas legislativas, os socialistas reúnem-se para fechar o calendário das eleições internas. À chegada à reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista, o presidente do PS afirmou aos jornalistas que vai propor internas a 27 e 28 de junho.

O presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional que as eleições para secretário-geral socialista sejam em 27 e 28 de junho e o congresso depois das autárquicas.

"Sendo certo que essa reflexão é necessária, porque reconhecidas as consequências negativas, é importante serem conhecidas as causas, também é importante que a prioridade seja definida no que toca às eleições autárquicas e à reposição dessa normalidade institucional", disse Carlos César à entrada da Comissão Nacional do PS, em Lisboa.

O presidente do PS - que vai assumir interinamente as funções deixadas por Pedro Nuno Santos, que se demitiu na noite eleitoral - anunciou que vai propor que a eleição do secretário-geral decorra imediatamente no dia 27 e 28 de junho, com a apresentação de candidaturas até ao dia 12 de junho.

"E que, depois das eleições autárquicas e quando a liderança que, entretanto, for eleita entender mais adequado, se realizam as eleições para delegados ao Congresso do Partido Socialista", disse ainda.

Pedro Nuno Santos já não é secretário-geral do PS

por RTP
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Pedro Nuno Santos ainda não decidiu se vai assumir o lugar de deputado. Em 43 minutos, entrou e saiu da Comissão Nacional sem ouvir José Luís Carneiro, para já o único candidato à liderança. O presidente do partido, Carlos César, anuncia eleições para o próximo mês.

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Comissão Nacional PS. Carneiro quer ouvir todos e promete oposição "firme e responsável"

por Lusa
José Sena Goulão - Lusa

O candidato anunciado à liderança do PS, José Luís Carneiro, comprometeu-se hoje a ouvir toda a gente, apelou à união e assegurou que os socialistas serão uma "oposição firme e responsável", recusando qualquer "operação de subversão" da Constituição.

Estas são algumas das ideias que o ex-ministro defendeu na sua intervenção na Comissão Nacional do PS, em Lisboa, segundo informação a que a agência Lusa teve acesso.

José Luís Carneiro fez um agradecimento a Pedro Nuno Santos, que hoje deixou a liderança do partido, e pediu "humildade democrática" perante os resultados de domingo.

O candidato anunciado promete "saber ouvir todos e contar com todos" e defendeu que só unidos os socialistas terão "muita força".

"O PS será oposição responsável, séria e firme", assegurou, comprometendo-se a não ser parceiro "para nenhuma operação de subversão da Constituição", apesar de não acreditar que esse seja o caminho da AD.


 

Resultados Legislativas analisados em reuniões do BE e do PAN

por Inês Moreira Santos - RTP

No rescaldo das eleições legislativas, a Mesa Nacional do Bloco de Esquerda reúne-se este sábado em Lisboa. O partido vai abrir um processo de debate interno e quer novas convergências alargadas. Também o PAN reúne este sábado a Comissão Política Nacional.

O BE convocou uma reunião da Mesa Nacional e vai abrir um processo de debate interno sobre "erros e acertos", salientando a necessidade de "novas convergências alargadas".

Os bloquistas tiveram o pior resultado de sempre em legislativas, no passado domingo. Passaram de cinco parlamentares para uma deputada única, Mariana Mortágua.

"Nas próximas semanas, com franqueza e abertura, debateremos as razões deste resultado, os nossos erros e acertos, bem como as experiências de organização e comunicação que queremos levar para o futuro. No sábado, reúne-se a direção nacional do Bloco na Mesa Nacional e serão marcados plenários concelhios e distritais", lê-se numa comunicação enviada pela Comissão Política do BE aos militantes.

Nesta comunicação, o partido liderado por Mariana Mortágua adianta que quer "ouvir todos os militantes, mas também companheiros e companheiras da esquerda" com quem quer "partilhar o percurso do futuro", salientando que a ascensão da direita exige "novas convergências alargadas" em defesa da Constituição de 1976.

"O Bloco não se fecha: iremos à luta pela liberdade e pelo futuro da esquerda em todo o país, um espaço aberto de resistência, sem sectarismos. Remar contra a maré de direita exigirá de nós mais organização e militância. Agora com menos recursos, contamos contigo para relançar o Bloco e criar novas formas de organização e participação militante. Vamos fazê-lo juntos", remata a missiva.

Também o PAN reúne este sábado a Comissão Política Nacional, em Coimbra. O partido vai analisar os resultados eleitorais e delinear a estratégia para o futuro.

C/Lusa

Vital Moreira apenas vê uma revisão constitucional com acordo entre PSD e PS

por RTP
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Vital Moreira considera uma "infâmia" considerar que a revisão constitucional depende do Chega. O constitucionalista defende alterações, mas apenas no âmbito de um acordo entre PSD e PS.

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Marcelo "otimista" sobre soluções de governabilidade

por RTP
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O presidente da República está "otimista" em relação a uma solução de governabilidade.

Marcelo Rebelo de Sousa diz que é isso que interessa ao país.

O Presidente sublinha, ainda, que é preciso esperar pelos resultados da emigração para voltar a falar com os três partidos mais votados.

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As relações entre o Parlamento Europeu e a Assembleia da República

por RTP
Foto: Joana Raposo Santos - RTP

Neste espaço falamos sobre a Representação Permanente da Assembleia da República junto do Parlamento Europeu, uma delegação portuguesa que faz a ponte entre eurodeputados e deputados nacionais.

É uma comunicação com duas vias assegurada por Bruno Dias Pinheiro, Representante Permanente do Parlamento Português junto das instituições europeias.

“A Assembleia, tal como os restantes parlamentos – estamos a falar de 39 câmaras parlamentares que correspondem aos 27 parlamentos da União Europeia – criaram uma fonte de informação direta junto das instituições, para que não dependam de terceiros, nomeadamente dos seus governos nacionais, para ter para ter informação.

O Tratado de Lisboa deu aqui um impulso muito importante, porque diz que os parlamentos nacionais devem contribuir ativamente para o bom funcionamento da União Europeia, ou seja, os parlamentos têm um papel nacional e um papel europeu, mas se não estão corretamente informados do que se passa em Bruxelas, não podem desempenhar esse papel”.

Ou seja, garantir que os deputados nacionais têm toda a informação de que precisam sobre o que se está a decidir, ou pretende vir a decidir, no Parlamento Europeu.

Essa informação pode ser pedida pelos deputados da Assembleia da República mas também compete a quem os representa em Bruxelas, transmitir a informação, promover reuniões e facilitar contactos. E sobre vários temas.

“O Parlamento Europeu, nas áreas que identifica como nevrálgicas e em que pode haver uma sinergia na troca de informação com parlamentos nacionais, tem sido bastante proativo”.

Há toda uma teia de relações interparlamentares entre o Parlamento Europeu e os parlamentos nacionais, que poucos conhecem, mas que assegura que os eleitos em Portugal estão devidamente informados até para, se for o caso, vir a influenciar uma nova lei europeia.

“A cooperação interparlamentar deve caminhar cada vez mais no sentido de que as reuniões entre comissões parlamentares do Parlamento Europeu e nacionais devem ser sobre temas legislativos que interessem a ambos os lados, para que tanto o Parlamento europeu possa saber o que que a nível nacional se está a fazer, como os parlamentares nacionais tenham aqui uma fonte suplementar de informação”.

Agora, quando se constituir a nova Assembleia da República em Portugal começa todo um movo processo de interação porque mudam os intervenientes, mas a cooperação está necessariamente garantida.

A Assembleia está presente em Bruxelas desde 2007, portanto há toda uma rotina não se começa tudo do zero. Estamos preparados para isso, digamos que há uma máquina que funciona.

Assim que a Assembleia se for constituída, nós temos já um menu para que os nossos deputados fiquem a conhecer as situações e muito rapidamente entrem nos temas e possam começar a trabalhar sobre eles”.
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Nesta semana o plenário aprovou a proposta da Comissão Europeia de aumentar em 50% os direitos aduaneiros da UE sobre os produtos agrícolas provenientes da Rússia e da Bielorrússia que ainda não estavam sujeitos a taxas adicionais.

A Comissão Europeia admitiu que Portugal deve voltar a ter défice em 2026, no valor de 0,6 por cento do PIB ao contrário do Governo que, no Plano Nacional Estrutural de Médio Prazo, aponta para excedentes até 2027, pelo menos, e diz que será de 0.1 % do PIB no próximo ano.

No que se refere ao crescimento da economia os técnicos da Comissão Europeia apontam para um cenário mais pessimista que Portugal que em abril tinha subido as previsões nacionais do crescimento da economia para 2.4 por cento do PIB este ano. A Comissão admite que será apenas de 1.8 por cento em 2025.

Ficou também a saber-se que o Banco Europeu de Investimento vai apoiar a reabilitação de escolas públicas em Portugal com financiamento de 300 milhões de euros. Este acordo assinado entre o Banco e a República Portuguesa permite atualizar para pelo menos 499, o número de estabelecimentos de ensino que se podem candidatar a intervenções para obras de requalificação, de ampliação ou para construção de novas escolas, nas quais se pretende garantir também uma redução nas emissões de gases com efeito de estufa graças à melhoria da eficiência energética dos edifícios.

Para reforçar a prontidão e a capacidade de resposta da Europa em relação às vacinas em tempos de pandemia, foi inaugurado em Siena o Centro Europeu de Vacinas e o Centro Comum de Investigação lançou um novo centro com o objetivo de fornecer, ​​às partes interessadas em toda a Europa, modelação nuclear e dados fiáveis sobre o comportamento dos reatores nucleares em condições críticas.

Estes são alguns dos temas em destaque no Resumo da Semana Europeia.
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Rússia volta atacar capital ucraniana

por Inês Moreira Santos - RTP
Sergey Dolzhenko - EPA

A Rússia lançou, esta madrugada, um ataque aéreo à capital ucraniana, do qual terão resultado pelo menos 14 feridos. Kiev estava sob alerta quando Moscovo usou drones e mísseis na região, provocando vários incêndios.

"Explosões na capital. As defesas aéreas foram ativadas. A cidade e a região estão sob ataque inimigo combinado", afirmou o presidente da Câmara de Kiev, na rede social Telegram. "As equipas de resgate estão no local".

De acordo com as autoridades municipais, um drone atingiu o último andar de um edifício de apartamentos. O chefe da administração civil e militar da capital, Tymur Tkachenko, reportou dois incêndios no distrito de Svyatochynskyi, destroços de mísseis a cair no distrito de Obolonsky e destroços de drones a cair num edifício residencial no distrito de Solomyansky.

Já esta manhã, a Força Aérea ucraniana disse ter abatido seis mísseis balísticos russos e 245 drones de ataque durante a noite, indicando que estes visavam principalmente a capital do país.

“O sistema de defesa aérea abateu seis mísseis balísticos Iskander-M/KN-23 e neutralizou 245 drones do tipo Shahed, do inimigo”, detalhou a Força Aérea em comunicado.

O presidente ucraniano já pediu, numa publicação na rede social X, mais sanções contra a Rússia, depois destes bombardeamentos.

"Fragmentos de mísseis e drones russos estão a ser removidos em Kiev. Operações de resgate e emergência estão nos locais de ataques", escreveu Volodymyr Zelensky na publicação, este sábado de manhã.

Como confirma o líder ucraniano, "houve muitos incêndios e explosões na cidade durante a noite" e "prédios residenciais, carros e empresas foram danificados".

"Infelizmente, há feridos. Foi uma noite difícil para toda a Ucrânia".

Zelensky recordou ainda que a Ucrânia "propôs um cessar-fogo muitas vezes", mas que a proposta "foi ignorada".

"É claro que uma pressão muito mais forte deve ser imposta à Rússia para obter resultados e lançar uma diplomacia real. Aguardamos sanções dos Estados Unidos, da Europa e de todos os nossos parceiros. Somente sanções adicionais contra setores-chave da economia russa forçarão Moscovo a um cessar-fogo".




Os ataques ocorrem numa altura em que a Rússia e a Ucrânia iniciam uma troca recorde de prisioneiros, acordada na semana passada em negociações em Istambul. Na sexta-feira, foram trocados 270 soldados e 120 civis de cada lado.

A troca, que envolve um total de 1.000 pessoas em cada fação, está previsto continuar hoje e no domingo.


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Rússia faz um dos maiores ataques a Kiev desde o início da guerra

por RTP
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Drones e mísseis balísticos atingiram prédios residenciais e provocaram vários incêndios na capital russa, deixando 15 pessoas feridas.

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Moscovo e Kiev trocam mais de 600 prisioneiros entre si

por Lusa

A Rússia e a Ucrânia trocaram hoje centenas de prisioneiros, na segunda fase de uma troca recorde de soldados entre Moscovo e Kiev e após acordos na semana passada, anunciaram os dois países.

No total, 307 prisioneiros de guerra russos foram trocados por outros tantos militares ucranianos.

"No dia 24 de maio, em conformidade com os acordos russo-ucranianos alcançados em 16 de maio em Istambul, outros 307 militares russos foram repatriados" da Ucrânia, afirmou o Ministério da Defesa da Rússia em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).

A informação também foi comunicada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, segundo a Associated Press (AP).

Na plataforma de troca de mensagens Telegram, o Ministério da Defesa russo detalhou, noticia a Efe, que os militares russos se encontram atualmente na Bielorrússia, "onde estão a receber assistência médica e psicológica".

A troca de mais de 600 militares dos dois países ocorreu poucas horas depois de uma noite de ataques russos com mísseis e drones a Kiev e outras regiões que causaram vários feridos.

Apresentando condolências às famílias e amigos das vítimas, Zelensky referiu que se registaram 250 ataques de drones, a maioria do modelo Shahed, de fabrico iraniano, e 14 ataques com mísseis balísticos contra as regiões de Odessa (sul), Kharkiv e Sumi (nordeste), Vinnystia (centro), Dnipro e Donetsk (leste).

A troca, que envolve um total de 1.000 pessoas em cada fação, deverá continuar hoje e no domingo.

Na sexta-feira, foram trocados 270 soldados e 120 civis de cada lado.

O acordo entre as duas partes em guerra aconteceu na semana passada em Istambul, na Turquia, onde tinham decorrido as primeiras conversações entre Moscovo e Kiev nas primeiras semanas da invasão da Ucrânia, em 2022.

Uma vez concluída esta troca de prisioneiros, Moscovo e Kiev devem trocar documentos estabelecendo as suas condições para o fim do conflito.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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Polícia alemã alerta para crescimento dos círculos juvenis de extrema-direita no país

por Lusa

As autoridades alemãs alertaram hoje para o aumento da radicalização dos jovens nos círculos da extrema-direita do país e destacou o papel da Internet para a expansão dessas redes extremistas.

"Há aproximadamente um ano que observamos que cada vez mais jovens com ideais de extrema-direita se radicalizam e formam, ocasionalmente, grupos bem organizados para cometer delitos graves", declarou o diretor da Oficina Federal de Investigação Criminal (BKA) da Alemanha, Holger Muench.

Em declarações a órgãos de comunicação do grupo editorial Funke, citadas pela agência de notícias espanhola EFE, o diretor da BKA destacou o papel cada vez mais importante da Internet para a extrema-direita criar redes.

"A radicalização, o recrutamento e a mobilização acontecem cada vez mais através das redes sociais e dos fóruns de extrema-direita", sublinhou Muench.

O elevado número e a gravidade dos delitos motivados pela extrema-direita são um "grande desafio" para os organismos de segurança, que respondem com uma maior vigilância, acrescentou.

Holger Muench realçou ainda que abordar esta questão não é responsabilidade exclusiva da polícia, mas um desafio que requer um esforço conjunto de todos os setores da sociedade para prevenir atos violentos graves.

No início desta semana, a Procuraria Federal alemã lançou uma operação contra uma célula extremista de extrema-direita acusada de planear ataques violentos contra imigrantes.

Cinco adolescentes suspeitos, com idades entre os 14 e os 18 anos, foram detidos em ações coordenadas. Estão acusados de integrar, ou, num caso, de apoiar, um grupo que se autodenomina `A última vaga de defesa`.

Segundo a Procuradoria, o referido grupo tinha como objetivo desestabilizar o sistema democrático alemão através de atos de violência contra emigrantes e opositores políticos.

 

 

Polícia espanhola desmantela rede de tráfico de espécies protegidas

por Lusa

Cinco pessoas foram detidas e 18 estão sob investigação na sequência do desmantelamento, pela Guarda Civil espanhola, de uma rede criminosa dedicada ao tráfico e posse ilegal de espécies protegidas, foi hoje anunciado.

Segundo as autoridades, os detidos e investigados integravam uma operação criminosa que operava a nível nacional e internacional, sendo que muitas das espécies detetadas eram provenientes de Portugal.

Num comunicado sobre a operação, a que foi dado o nome de `Namib`, a direção-geral da Guarda Civil de Espanha adianta que as operações tiveram lugar em várias províncias espanholas, incluindo Madrid, Málaga, Lugo, Ciudad Real, Almeira e Badajoz, além de Cáceres, onde se concentraram os principais esforços operacionais.

Durante as inspeções realizadas a vários estabelecimentos que vendem espécies exóticas, armazéns e até casas particulares, os agentes apreenderam cerca de 30 exemplares de espécies protegidas, sobretudo aves exóticas da família dos psitacídeos, como araras ou papagaios cinzentos africanos de cauda vermelha.

Foram também apreendidos repteis, como tartarugas africanas e tartarugas-leopardo, assim como outras espécies invasoras, incluindo uma suricata, um mamífero nativo do extremo sul de África.

Os detidos arriscam penas de prisão entre seis meses e dois anos por crimes contra o ambiente a proteção da fauna e da flora e multas elevadas.

A gravidade dos crimes em causa reside no facto de ameaçarem a biodiversidade e o equilíbrio ecológico, além de contribuírem para a deterioração de ecossistemas frágeis e para e extinção de espécies de elevado valor ecológico, científico e cultural, sublinha o comunicado.

A rede desmantelada estava envolvida no transporte, comercialização e posse ilegal de espécies listadas na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagem (CITES), cujo comércio é proibido ou fortemente regulamentado.

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Leão XIV pede à Cúria que trabalhe sem preconceitos e com uma boa dose de humor

por Lusa

O Papa Leão XIV pediu hoje à Cúria e aos funcionários do Vaticano que trabalhem "sem preconceitos e também com uma boa dose de humor, como ensinou o Papa Francisco".

No início da audiência que concedeu aos funcionários da Santa Sé, o Papa disse que não era um momento para "discursos programáticos", mas sim uma ocasião para agradecer o trabalho que fazem.

"Sim, como sabeis, cheguei há apenas dois anos, quando o querido Papa Francisco me nomeou prefeito do Dicastério para os Bispos. Deixei a diocese de Chiclayo, no Peru, e vim trabalhar aqui. Que mudança! E agora... O que posso dizer?", disse Robert Prevost, eleito pontífice a 08 de maio.

O Papa Leão XIV recordou à Cúria, o "Governo" central da Santa Sé, e aos trabalhadores do Vaticano, acompanhados pelas suas famílias na Sala Paulo VI, que a sua experiência missionária faz parte da sua vida.

"Como religioso agostiniano, fui missionário no Peru, e entre o povo peruano amadureceu a minha vocação pastoral, e nunca poderei agradecer suficientemente ao Senhor por este dom!", disse.

"Além disso, o chamamento para servir a Igreja aqui na Cúria Romana foi uma nova missão, que partilhei convosco nestes dois anos. E continuo e continuarei, enquanto Deus quiser, neste serviço que me foi confiado", acrescentou.

Por isso, exortou, como fez no primeiro discurso com que se apresentou ao mundo na varanda da Basílica de São Pedro, a procurar "ser uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes, dialoga, sempre aberta a acolher de braços abertos todos, todos aqueles que precisam da nossa caridade, da nossa presença, do nosso diálogo e do nosso amor".

E recordou que, para "cooperar na grande causa da unidade e do amor", é preciso fazê-lo "antes de mais" com o comportamento de cada um nas situações quotidianas, começando também no local de trabalho.

"Todos podem ser construtores de unidade com a sua atitude perante os colegas, superando os inevitáveis mal-entendidos com paciência e humildade, colocando-se no lugar dos outros, evitando preconceitos e também com uma boa dose de humor, como nos ensinou o Papa Francisco", sublinhou.

O Papa foi recebido na Sala Paulo VI com uma longa ovação e depois brincou: "Se os aplausos forem mais longos do que o discurso, então terei de fazer um discurso mais longo. Tenham cuidado".

Durante os seus 12 anos de pontificado, o Papa Francisco manteve uma relação por vezes difícil com a Cúria Romana, que criticou logo em 2014 pelo seu mundanismo e pela disseminação de calúnias, num discurso muito virulento que deixou uma impressão duradoura.

A administração, por seu lado, criticou-o por um estilo de governação considerado demasiado pessoal, até mesmo autoritário, e que passava regularmente por cima dos órgãos administrativos da Santa Sé.

Em 2024, o Vaticano, onde os sindicatos não são reconhecidos, foi também marcado por uma ação sindical sem precedentes, durante a qual cerca de cinquenta funcionários dos Museus do Vaticano entraram em greve para denunciar condições de trabalho que atentavam contra a sua "dignidade" e "saúde" e o excesso de visitantes, em detrimento da segurança.

O primeiro Papa americano da história é também aguardado com expectativa no plano financeiro, uma vez que a Santa Sé continua a enfrentar um défice orçamental crónico, uma queda nas doações dos fiéis e escândalos de desvio de fundos que abalaram a sua imagem.

Antes da sua eleição como Papa, o Cardeal Robert Francis Prevost era ele próprio um membro proeminente da Cúria, onde ocupava uma posição estratégica como "número um" do departamento responsável pela nomeação dos bispos a nível mundial.

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Síria saúda levantamento formal das sanções impostas pelos Estados Unidos

por Lusa

O Governo sírio saudou hoje o levantamento formal das sanções impostas pelos Estados Unidos ao país, que atravessa uma grave crise económica após 13 anos de guerra civil.

"A República Árabe da Síria congratula-se com a decisão do governo norte-americano de levantar as sanções que foram impostas à Síria e ao seu povo durante muitos anos", referiu o ministro dos Negócios Estrangeiros sírio.

"Trata-se de um passo positivo, na direção certa, para reduzir o sofrimento nos planos económico e humanitário", acrescentou o governante.

Na sexta-feira, o Departamento do Tesouro norte-americano levantou formalmente as sanções à Síria, como anunciado pelo Presidente Donald Trump durante a sua visita à Arábia Saudita na semana passada, em que referiu querer "dar uma oportunidade de grandeza" às novas autoridades de Damasco.

"O Departamento do Tesouro e o Departamento de Estado estão a implementar autorizações para encorajar novos investimentos na Síria", disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em comunicado.

Paralelamente, o Departamento de Estado emitiu também uma isenção a uma lei de 2020 que prevê sanções severas contra qualquer entidade ou empresa que cooperasse com o regime de Bashar al-Assad, derrubado em dezembro por uma coligação de forças islâmicas.

As medidas "fazem parte de um esforço mais amplo do Governo dos Estados Unidos para remover todas as sanções impostas à Síria por abusos cometidos pelo regime de Assad", disse o Tesouro.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou a 13 de maio o levantamento das sanções ao país para apoiar o governo sírio chefiado pelo antigo líder jihadista Ahmad al-Charaa, cujo movimento Hayat Tahrir al Sham (HTS) liderou a ofensiva que no final do ano passado depôs o antigo Presidente sírio Bashar al-Assad.

A Síria está sujeita a sanções internacionais desde 1979. Estas foram reforçadas depois de Bashar al-Assad ter reprimido protesto pró-democracia em 2011, desencadeando a guerra.

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Mais de 3,4 milhões de crianças Moçambicanas precisam de apoio urgente, adverte Unicef

por Lusa

O Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) estima que mais de 3,4 milhões de crianças moçambicanas precisam de apoio humanitário "urgente" e apelou para o aumento da resposta humanitária às necessidades crescentes no país.

"Moçambique está a enfrentar múltiplos desafios que agravaram ainda mais a crise humanitária no país. Mais de 3,4 milhões de crianças precisam de ajuda humanitária urgente", lê-se num comunicado daquela agência das Nações Unidas, consultado hoje pela Lusa.

Segundo a Unicef, os conflitos armados na província de Cabo Delgado, norte do país, e os fenómenos climáticos extremos "deixaram o país muito vulnerável", causando "surtos de doenças infecciosas, escolas e unidades de saúde destruídas".

Como consequência, cerca de "18 milhões de crianças correm risco de contrair doenças infecciosas", precisando de vacinação, e "1,1 milhões de crianças, com menos de 5 anos, sofrem de subnutrição" em Moçambique, refere.

Acrescenta que "68% da população não tem saneamento básico em casa e 30% não tem acesso a água potável", e que "apesar de todas estas dificuldades, as crianças de Moçambique continuam a sorrir".

O Fundo das Nações Unidas para Infância apelou ainda para o aumento do financiamento, para responder os crescentes desafios humanitários em Moçambique.

"Em 2025, precisamos aumentar a nossa resposta humanitária para fazer face às necessidades crescentes (...), precisamos de apoio para devolver o futuro a quem perdeu tudo", acrescenta a Unicef.

O Fundo para Infância alertou recentemente para uma "emergência infantil" em Moçambique, provocada pelo corte do apoio humanitário internacional, com a previsão de uma queda de 20% do financiamento no país em 2026.

"As crianças enfrentam crises sem precedentes (...), os cortes na ajuda global estão a desencadear uma emergência infantil aqui em Moçambique", explicou aquela agência das Nações Unidas, em comunicado.

A Unicef Portugal também lançou "um apelo urgente a donativos para apoiar as operações de emergência em Moçambique e garantir um futuro para estas crianças e as suas famílias".

"Moçambique enfrenta uma crise humanitária sem precedentes, provocada por uma combinação devastadora de violência armada, pobreza estrutural, desastres naturais extremos e emergências de saúde pública. Esta crise está a afetar gravemente as crianças: estima-se que 4,8 milhões de pessoas precisem de ajuda humanitária, incluindo 3,4 milhões de crianças", lê-se na nota.

No final de janeiro, o Presidente norte-americano, Donald Trump, deu ordem para congelar a ajuda externa do seu país, canalizada principalmente através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que apoia vários programas nesta área, incluindo em Moçambique.

A decisão provocou o pânico entre as organizações humanitárias de todo o mundo que dependem dos contratos dos EUA para continuarem a funcionar.

Em Moçambique, a decisão afetou principalmente programas de saúde, com destaque para a mitigação do HIV/Sida.

 

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Drones ucranianos perturbam funcionamento de aeroportos em Moscovo

por Joana Raposo Santos - RTP
A Rússia e a Ucrânia têm utilizado drones explosivos quase diariamente desde o início da guerra. Foto: Oleg Petrasiuk - Forças Armadas da Ucrânia via Reuters

A Rússia afirmou esta sexta-feira ter abatido durante a última noite 112 drones ucranianos que visavam em particular a região de Moscovo. Os ataques aéreos à capital russa duram há três dias consecutivos e estão a afetar o funcionamento de vários aeroportos, cujas operações têm sido interrompidas de forma intermitente.

"Os sistemas de defesa antiaérea destruíram e interceptaram 112 drones aéreos ucranianos" desde a tarde de quinta-feira, 24 dos quais voavam em direção a Moscovo, avançou o Ministério russo da Defesa.

O presidente da câmara da capital, Sergei Sobyanin, apontou na rede social Telegram que "os serviços de resgate estão a trabalhar no local da queda dos destroços".

Na região de Lipetsk, a cerca de 450 quilómetros a sudeste de Moscovo, a queda de um drone numa zona industrial da cidade de Ielets provocou um incêndio que feriu oito pessoas, segundo o governador regional Igor Artamonov. A Rússia e a Ucrânia têm utilizado drones explosivos quase diariamente desde o início da guerra.

Desde quarta-feira os ataques intensificaram-se de ambos os lados, com os drones ucranianos a dirigirem-se para a capital russa, que raramente é alvo de ataques. A situação obrigou à paralisação dos aeroportos de Moscovo em várias ocasiões.

Na quinta-feira, as autoridades russas disseram ter abatido 159 drones num período de 12 horas em várias partes do país, incluindo 20 que avançavam para Moscovo. No dia anterior, a Rússia anunciou que abateu mais de 300 drones ucranianos.

Três aeroportos de Moscovo - Domodedovo, Vnukovo e Zhukovsky - suspenderam os voos de forma intermitente durante os últimos dias.

A Força Aérea ucraniana indicou, por sua vez, que a Rússia lançou 128 drones sobre a Ucrânia durante a noite, dos quais 112 foram abatidos, intercetados por meios eletrónicos ou extraviados.
Rússia avança em pontos-chave
Na quinta-feira a Rússia disparou um míssil Iskander-M contra parte da cidade de Pokrov (anteriormente conhecida como Ordzhonikidze) na região ucraniana de Dnipropetrovsk, destruindo dois lançadores de mísseis Patriot e um conjunto de radares AN/MPQ-65.
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O Ministério russo da Defesa afirmou que as suas forças estão a avançar em pontos-chave ao longo da frente de batalha, enquanto autores de blogues de guerra pró-russos garantem que este país perfurou as linhas ucranianas entre Pokrovsk e Kostiantynivka, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia.

Segundo o ministério, as forças russas capturaram a localidade de Nova Poltavka, situada entre essas duas cidades.

A Rússia controla atualmente pouco menos de um quinto da Ucrânia e afirma que o território faz agora formalmente parte da Rússia, posição que a Ucrânia e os seus aliados europeus não aceitam.

c/ agências

Programa europeu de empréstimos de rearmamento pode ser "muito importante" para Ucrânia

por Joana Raposo Santos - RTP
Assim que o SAFE entrar em vigor, os Estados-membros têm seis meses para elaborar planos para os projetos de defesa que pretendem financiar. Foto: Anatolii Stepanov - Reuters

Os países da União Europeia aprovaram esta semana um programa de empréstimos de 150 mil milhões de euros para ajudar ao rearmamento. Para o comissário europeu da Defesa, Andrius Kubilius, este pode ser "um avanço muito importante" no apoio militar da UE à Ucrânia.

"Os Estados-Membros vão aceitar esses empréstimos (…) e vão utilizá-los para aquisições conjuntas com a Ucrânia e para as necessidades ucranianas", afirmou Kubilius esta sexta-feira, em entrevista ao Guardian.

O programa SAFE, proposto pela Comissão Europeia, foi aprovado na quarta-feira e prevê também uma maior flexibilidade nas regras orçamentais do bloco em relação ao plano de rearmamento de 800 mil milhões de euros elaborado após a decisão de Donald Trump de suspender toda a ajuda militar dos EUA à Ucrânia.Assim que o SAFE entrar oficialmente em vigor na próxima semana, os Estados-membros têm seis meses para elaborar planos para os projetos de defesa que pretendem financiar.

"Não podemos queixar-nos pelo facto de os 340 milhões de americanos não estarem prontos para defender 450 milhões de europeus contra 140 milhões de russos", disse Kubilius, que é também antigo primeiro-ministro da Lituânia.

"Podemos não gostar da linguagem e das mensagens, mas o que temos de evitar é aquilo a que chamo um divórcio zangado e caótico com os EUA. Precisamos de chegar a um acordo muito racional sobre a divisão de responsabilidades", defendeu.

O comissário europeu acredita também que os 27 Estados-membros vão escolher agravar as suas dívidas nacionais para gastarem os 800 mil milhões de euros que a Comissão atribuiu ao setor da Defesa.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, considerou igualmente que a adoção do programa SAFE é "um passo importante para uma Europa mais forte".

Até ao momento, 15 países, entre os quais a Alemanha e a Polónia, anunciaram a sua intenção de utilizar as flexibilidades previstas nas regras orçamentais da UE, mas várias economias grandes e altamente endividadas têm-se abstido, incluindo a França, a Itália e a Espanha.“Paz formal através da força”
De acordo com o Instituto Kiel para a Economia Mundial, ao longo de três anos de guerra a Europa forneceu a Kiev cerca de 62 mil milhões de euros em ajuda militar, enquanto os Estados Unidos contribuíram com um valor semelhante: 64 mil milhões.

No entanto, os Estados-membros enviaram 70 mil milhões de euros em ajuda humanitária e financeira, em comparação com 50 mil milhões de euros dos EUA.

Para substituir os fluxos de ajuda dos Estados Unidos, a Europa teria de gastar 0,21 por cento do PIB, quando atualmente esse valor se fixa em 0,1 por cento.

Esse acréscimo "não seria, obviamente, zero, mas também não é algo que destrua a nossa situação financeira", assegurou Andrius Kubilius.

O responsável europeu considerou ainda “uma ilusão” que o presidente russo, Vladimir Putin, queira a paz, defendendo por isso que “a única forma de alcançar uma paz justa é implementar uma paz formal através da força”.

Israel intensifica ofensiva. Madrugada de explosões em Gaza

por RTP
Mahmoud Issa - Reuters

Foram registadas várias explosões na Faixa de Gaza nas primeiras horas deste sábado. O exército israelita mantém a intensificação da ofensiva no enclave.

Desde sexta-feira, os ataques israelitas mataram pelo menos 76 pessoas em Gaza, de acordo com a Al Jazeera que cita fontes médicas. Israel diz ter eliminado vários terroristas nas últimas 24 horas e atingido complexos militares, depósitos de armas e posições de franco-atiradores.

A agência de Defesa Civil de Gaza confirmou, entretanto, que estes ataques mataram pelo menos seis pessoas em todo o território palestiniano.

“As nossas equipas recuperaram pelo menos seis corpos”
, disse o porta-voz da agência de defesa civil, Mahmud Bassal, à Agence France-Presse (AFP).

De acordo com a mesma fonte, um casal foi morto com os dois filhos pequenos num ataque antes do amanhecer contra uma casa no bairro de Amal, na cidade de Khan Younis, no sul do país. Outras duas pessoas foram mortas num ataque ao campo de refugiados de Nuseirat, no centro do território.
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Israel matou 76 pessoas em novos bombardeamentos contra população de Gaza

por RTP
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A ajuda humanitária que tem entrado em Gaza nas últimas horas é insuficiente para a situação de calamidade que se vive no território. Israel intensifica a ofensiva no norte e no centro do enclave palestiniano.

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Guterres sobre Gaza: Ajuda equivale a uma "colher de chá"

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Foto: Foto: Magali Girardin - EPA

O secretário-geral da ONU criticou Israel. António Guterres afirmou que as autoridades israelitas autorizaram apenas o equivalente a uma "colher de chá" de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

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Palestinianos em Portugal sofrem à distância com conflito em Gaza

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A comunidade palestiniana em Portugal continua preocupada com a situação em Gaza. São cerca de 500 pessoas, a maioria reside em Lisboa, na zona de Arroios.

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Papa recebeu em audiência os funcionários do Vaticano

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Leão XIV agradeceu o trabalho de todos ao serviço da Igreja e relembrou a dimensão missionária da Santa Sé. Foi o primeiro encontro oficial do papa com os membros da Cúria Romana desde a eleição.

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Cheias na Austrália fizeram cinco mortos

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Há ainda registo de 50 mil pessoas isoladas. O governo declarou Estado de Catástrofe Natural. Desde o início da semana que as autoridades têm dado ordens de evacuação em Nova Gales do Sul. Há dezenas de zonas rodeadas de água, sem ligações ferroviárias, eletricidade ou comunicações.

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Apagão no sul de França interrompe Festival de Cannes

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O corte de energia, que ocorreu a meio da manhã, está a afetar várias cidades. O incidente foi provocado pela queda de uma linha de alta tensão, que a polícia acredita ter sido causada por fogo posto.

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Suspeita de ataque com faca na estação de Hamburgo tem indícios de doença mental

por Lusa
Daniel Bockwoldt - EPA

A suspeita de um ataque com faca na estação central de comboios de Hamburgo, que causou 18 feridos, tem "indícios muito concretos de uma doença mental", disse hoje a polícia alemã, afastando novamente a hipótese de motivações políticas.

"Não há indícios de que a suspeita estivesse sob o efeito de substâncias psicotrópicas (álcool e drogas) no momento do incidente", acrescentou a polícia em comunicado, sem acrescentar mais pormenores sobre o seu historial psiquiátrico.

Deste ataque, que ocorreu na estação central de comboios de Hamburgo, no norte da Alemanha, a uma hora de bastante movimento, resultaram 18 feridos entre os passageiros que aguardavam pelo comboio numa das plataformas.

Das 18 vítimas, com idades compreendidas entre os 19 e os 85 anos, sete sofreram ferimentos ligeiros e quatro ferimentos considerados muito graves, segundo o último relatório divulgado pela polícia.

Entre estes quatro feridos mais graves, cujo quadro clínico é agora classificado como estável, estão uma mulher e um homem de 24 anos, uma mulher de 52 anos e uma outra de 85 anos de idade.

A suspeita, uma alemã de 39 anos, foi detida pouco depois, não tendo oferecido qualquer resistência. Deverá ser hoje ouvida por um juiz, que poderá decidir pelo seu internamento num hospital psiquiátrico.

Nos últimos meses, a Alemanha assistiu a uma série de esfaqueamentos mortais que chocaram o país, bem como a ataques motivados por extremistas islâmicos e violência de extrema-direita que trouxeram à ribalta as questões de segurança e da imigração.

No sábado passado, quatro pessoas ficaram feridas num ataque com faca no oeste do país.

O presumível autor foi um sírio de 35 anos detido pelas autoridades, que suspeitam de um ataque com motivações islamitas.

O homem atacou um grupo de pessoas à porta de um bar no centro de Bielefeld, antes de fugir.

A estação de Hamburgo, a segunda maior cidade da Alemanha, é um importante centro para comboios locais, regionais e de longa distância.

Jornalistas com restrições no acesso às instalações governamentais argentinas

por Antena 1
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Foto: Francisco Loureiro - Reuters

O presidente da Argentina decidiu restringir o acesso dos jornalistas às instalações governamentais. Depois da lei da greve, Javier Milei aponta agora aos jornalistas.

Para além dos hospitais, energia e controlo de tráfego aéreo, os serviços mínimos passam a ser obrigatórios na Argentina em caso de greve na Educação, nos transportes marítimos e fluviais, nas telecomunicações e nos serviços portuários e alfandegários.

Os sindicatos consideram que a medida viola a Constituição e tem como objetivo eliminar o direito à greve.
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Trump ameaça impor novas tarifas à UE

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Foto: Nathan Howard - Reuters

Donald Trump castiga a União Europeia com tarifas de 50 por cento em todos os produtos importados pelos Estados Unidos.

O presidente norte-americano vai também taxar em 25 por cento os iPhones e os Samsungs que não sejam fabricados nos EUA.

A medida é para entrar em vigor já a partir de 1 de junho. Bolsas europeias afundam perante nova escalada da guerra comercial.
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Trump ameaça Bruxelas. "Resposta dos 27 será conjunta"

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Bruxelas ainda não respondeu às ameaças de Donald Trump, mas a presidência polaca disse que as negociações prosseguem e que a resposta será conjunta.

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Trump diz aos europeus para levarem produção para os Estados Unidos

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Donald Trump diz que a União Europeia pode "escapar" às tarifas alfandegárias se fabricar os produtos na América. O presidente norte-americano ameaçou os 27 Estados-membros com taxas de 50 por cento. As ameças pressionaram a Bolsa de Nova Iorque, em particular as tecnológicas, com a Apple a perder 3 por cento.

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Tratamentos ilegais alarmam ordens profissionais da área da saúde

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O aumento de tratamentos ilegais na estética e outros procedimentos clínicos estão a alarmar as ordens profissionais. A Ordem dos Médicos avançou com a criação do Observatório do Ato Médico para a defesa dos doentes. Num mês, recebeu 20 queixas contra profissionais não qualificados.

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Tecnologia revoluciona diagnóstico de tumores cerebrais

por Cristina Santos - RTP
Marek Pavlík - Unsplash

Investigadores da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, desenvolveram uma técnica que reduz o tempo necessário para diagnosticar tumores cerebrais.

O novo método reduz de semanas para horas o tempo necessário para saber que tipo de tumor é (benigno ou maligno) e se tem que ser retirado o mais rápido possível.

Os detalhes do estudo desenvolvido em parceria com os médicos da Nottingham University Hospitals foram publicados na revista científica Neuro-Oncology.

Habitualmente, é retirada uma amostra da massa durante um procedimento cirúrgico. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Matthew Loose, coautor do estudo, explica que, no Reino Unido, a análise da amostra pode demorar até oito semanas. O que também pode sujeitar o paciente a mais cirurgias.


Foto: National Cancer Institute - Unsplash

Os investigadores explicam que a nova técnica foi utilizada em 50 cirurgias de tumores cerebrais. A taxa de sucesso foi de 100 por cento e em poucas horas a “identidade” do tumor foi revelada.

O novo método utiliza tecnologia nanopore que se baseia em dispositivos que contêm membranas com milhares de poros. Estes milhares de poros são atravessados por uma corrente elétrica e quando o ADN se aproxima de um deles é “descompactado” em fitas simples.

Passa assim a ser possível “ler” o ADN da amostra de tumor que depois é comparado a vários tipos de tumores cerebrais graças a um programa de software desenvolvido pela equipa da Universidade de Nottingham.Para além do tempo que esta técnica poupa, o processo é mais barato e custa cerca de 476 euros, o mesmo que os testes genéticos atuais.

"Tradicionalmente, o processo de diagnóstico de tumores cerebrais era lento e caro. Agora, com esta nova tecnologia, podemos fazer mais pelos pacientes, pois podemos obter respostas muito mais rapidamente, o que terá um impacto muito maior na tomada de decisões clínicas, em apenas duas horas” sublinha Stuart Smith, neurocirurgião da Faculdade de Medicina da Universidade de Nottingham à revista científica Medical Xpress.

Os investigadores contam que 90 por cento das amostras testadas foram classificadas completa e corretamente após 24 horas. Mas também houve amostras de tumores que receberam o diagnóstico no espaço de uma hora.

Por serem mais rápidos, os diagnósticos podem revelar se é necessária uma cirurgia mais agressiva enquanto o paciente ainda está no bloco operatório ou se essa cirurgia não é a indicada.

De acordo com a Brain Tumour Charity (instituição britânica dedicada a financiar pesquisas científicas sobre tumores cerebrais), cerca de 740 mil pessoas em todo o mundo são anualmente diagnosticadas com um tumor cerebral. Cerca de metade não é cancerígena.
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Mais registos de mortes por cancro do pulmão

por Teresa Correia - Antena 1
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Foto: Reuters (arquivo)

O número de mortos por cancro do pulmão atingiu, há dois anos, o valor mais elevado desde 2002. Os dados são do Instituto Nacional de Estatística e foram analisados pelo Jornal de Notícias.

Perto de 1500 doentes oncológicos à espera de operação já tinham ultrapassado o tempo máximo de resposta garantido definido por lei, no final de março.
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Trabalhadores das IPSS em greve por melhoria dos salários

por RTP
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Os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social concentraram-se esta manhã no Porto, em protesto contra os salários mínimos.

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"O Riso e a Faca". Cinema português premiado em Cannes

por Tiago Alves - Antena 1
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Foto: Guillaume Horcajuelo - EPA

No Festival de Cannes, triunfo da dupla de cineastas palestinianos Arab e Tarzan Nasser na secção "Un certain regard". Foram distinguidos com o prémio de realização, com o filme "Era uma vez em Gaza", uma longa-metragem que tem coprodução portuguesa. Na mesma secção paralela de Cannes, Cleo Diára brilhou. A atriz cabo-verdiana conquistou o prémio de representação no filme "O riso e a faca", do português Pedro Pinho.

O cinema português voltou a ser premiado em Cannes.
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Peças de Bordalo II expostas em Paris

por RTP
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Bordalo II está de regresso a Paris a uma galeria com dezenas de obras, animais construídos a partir de material encontrado no lixo. O artista que é também ativista leva à capital francesa novas peças, ainda mais críticas do mundo atual.

A exposição abre portas este sábado, como relatam os correspondentes da RTP em França, Rosário Salgueiro e Paulo Domingos Lourenço.
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