O antigo diretor executivo da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo, Alvin Chau Cheok Wa, foi condenado em Macau a 18 anos de prisão por exploração ilícita de jogo e sociedade secreta.
Lou Ieng Ha, juíza do Tribunal Judicial de Base da cidade chinesa, considerou ainda o ex-líder da Suncity culpado dos crimes de participação em associação criminosa e chefia de associação criminosa, mas inocente do crime de branqueamento de capitais.
A juíza defendeu que Alvin Chau promoveu o "jogo paralelo": apostas feitas nas Filipinas, mas por telefone a partir de Macau ou através da internet, ou ainda apostas em salas VIP de Macau cujo valor real era várias vezes superior ao registado, para fugir ao pagamento de impostos.
Lou sublinhou que este processo "influenciou gravemente a sociedade" e que o "jogo paralelo": "Prejudica a cobrança de impostos pela RAEM (Região Administrativa Especial de Macau) e os negócios das operadoras" de casinos.
Advogado de caso Suncity defende responsabilização de casinos
As operadoras de casinos de Macau deveriam ter sido consideradas "de forma solidária" responsáveis pelas atividades alegadamente ilícitas da maior empresa angariadora de apostas VIP do mundo, disse o advogado de um arguido condenado a prisão.
O Tribunal Judicial de Base (TJB) de Macau condenou Celestino Ali, um executivo da Suncity, a 15 anos de prisão por exploração de jogo ilícito, associação criminosa, burla e branqueamento de capitais.
Após a leitura da sentença dos 21 arguidos, o advogado de Ali, Pedro Leal, defendeu que "não estão preenchidos os requisitos do crime de jogo ilícito nem de burla e que, por isso, também não deveria haver indemnização".
O TJB condenou os nove arguidos considerados culpados do crime de associação criminosa a pagarem uma indemnização à região chinesa no valor total de 6,52 mil milhões de dólares de Hong Kong (773,8 milhões de euros).
Os nove antigos executivos da Suncity terão ainda de pagar indemnizações, no valor total de 2,15 mil milhões de dólares de Hong Kong (255,2 milhões de euros) a cinco das seis operadoras de jogo em Macau.