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Maduro pede a Joe Biden mudanças na política externa

por Mário Aleixo - RTP
Nicolás Maduro pede abertura a Joe Biden para cooperar com a Venezuela Manaure Quintero - Reuters

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu ao homólogo norte-americano, algumas horas após a tomada de posse de Joe Biden, que fizesse uma profunda retificação na política externa dos Estados Unidos.

"Apelo, hoje, 20 de janeiro, a uma profunda e completa retificação e a que o presidente, Biden, tome as rédeas do comando sobre a política latino-americana e sobre a Venezuela, e abandone a demonização que fizeram de uma sociedade", disse Maduro num discurso que foi transmitido na rádio e na televisão.

O líder venezuelano, que disse ter visto três vezes o discurso de tomada de posse de Biden, insistiu no apelo do político democrata para superar as "demonizações".
"Apelo ao novo governo dos EUA para superar a demonização que fizeram da revolução bolivariana (...) e virar a página sobre tanta mentira, tanta manipulação, tanto ódio após quatro anos de crueldade contra a Venezuela", disse.

Maduro desejou ao novo presidente dos EUA sorte "no tratamento dos assuntos do seu país" e "uma nova política de paz no mundo".

"Espero, sem dúvida, que ele não assuma como seu o legado cruel do supremacista (em referência a Donald Trump) contra a Venezuela e retifique as políticas sobre a Venezuela. Toda a Venezuela o aplaudiria", frisou.
"Estender a mão"

O líder venezuelano repetiu que está preparado para "estender a mão" à nova administração dos EUA e nesse sentido exortou a Comissão de Política Externa do Parlamento venezuelano, com uma grande maioria do Governo, a trabalhar para criar um "novo começo nas relações" entre os dois países.

"Donald Trump desapareceu, derrotamo-lo, vitória para a Venezuela", enfatizou Maduro, salientando que a partida do político republicano da Casa Branca significava algo "belo".

"É o dia perfeito. Perante a derrota, a solidão e a reforma de Donald Trump, é bom mostrar o colorido da diversidade da identidade venezuelana. A cultura, identidade e rebelião da Venezuela triunfaram", afirmou.

"Nestes quatro anos Donald Trump instalou uma história extremista, uma narrativa extremista sobre a Venezuela e hoje podemos dizer que sobre a Venezuela Donald Trump falhou, ele foi derrotado pela realidade", frisou.

c/ agências

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