O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou os venezuelanos que apoiam o seu Governo para uma jornada nacional de diálogo centrada em mudar a revolução bolivariana.
"Vamos a uma grande jornada de mudança, de retificação, de renovação revolucionária. Eu conto com vocês", disse, na quarta-feira.
Nicolás Maduro falava em Caracas, para milhares de simpatizantes que marcharam até ao palácio presidencial de Miraflores, para celebrar o Dia Internacional do Trabalhador e apoiar o Chefe de Estado.
Segundo Nicolás Maduro, a jornada terá o propósito de "saber o que há que mudar, para melhorar" a revolução bolivariana e que decorrerá no próximo sábado e domingo.
"Quero assumir um plano, para retificar os erros, a meio da batalha", disse, sublinhando que é importante que os venezuelanos participem apresentando propostas.
Na jornada participarão o Grande Polo Patriótico e o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo), o `congresso dos povos`, governadores e autarcas.
Maduro diz ter derrotado `complot` que queria guerra civil
O Presidente da Venezuela argumenta que derrotou um novo "`complot` da direita" que pretendia levar o país a uma guerra civil para controlar o poder, sublinhando que os golpistas "ficaram sozinhos".
"Que a justiça faça a sua pátria. Não me tremerá o pulso, quando a justiça capturar e prender os responsáveis (...) Eu jurei respeitar e fazer respeitar a Constituição e as leis e o direito à paz e à democracia de todo o povo da Venezuela", disse.
Nicolás Maduro falava em Caracas, para milhares de simpatizantes que hoje marcharam até ao palácio presidencial de Miraflores, para celebrar o Dia Internacional do Trabalhador e apoiar o Chefe de Estado.
"Se alguém pretender, usando as armas, entregar a pátria ao imperialismo (...), não duvidem em sair às ruas para defender a pátria, a democracia e a liberdade", frisou.
Fazendo alusão ao grupo de militares que, na terça-feira, declararam apoiar o autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, Nicolás Maduro insistiu que os "golpistas" ficaram sozinhos.
"Estão fugindo, entre embaixada e embaixada. A Justiça procurando-os para que paguem os seus delitos, e mais cedo do que tarde irão para a cadeia", disse.
Nicolás Maduro acusou os líderes opositores Juan Guaidó e Leopoldo López de, em coordenação com o conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, John Bolton, prepararem e dirigirem o movimento golpista que pretendia "usar as armas da República contra a própria República".
Segundo o Presidente da Venezuela, a oposição "não entende o povo humilde" da Venezuela e não percebe que "há uma poderosa união cívico militar que não trairá a história nem o legado de Hugo Chávez", que presidiu o país de 1999 a 2013.
Nicolás Maduro acusou a oposição de, além de enganar os venezuelanos e o "império norte-americano", "fazer acreditar" que abandonaria o poder e iria para Cuba, mas que teria sido impedido pelos russos.
Por outro lado, frisou que "só o povo (através dos votos) põe e tira um presidente".
Maduro questionou o que teria acontecido se, na terça-feira, tivesse enviado tanques das forças especiais: "Iríamos a uma luta armada, a uma guerra civil", afirmou.
Teria acontecido "um massacre entre venezuelanos", prosseguiu. "Teria havido morte entre venezuelanos e, em Washington, teriam celebrado e ordenado uma invasão militar, para ocupar a pátria de Bolívar. Isso é o que buscavam", frisou.