O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, de ter ordenado o alegado ataque de que foi alvo este sábado, que provocou sete feridos.
"Tudo aponta para a extrema-direita venezuelana, em aliança com a extrema-direita colombiana e tenho a certeza que Juan Manuel Santos está por detrás deste atentado", denunciou Maduro, durante um transmissão televisiva ao país este sábado, desde o palácio presidencial de Miraflores.
O Presidente da Venezuela explicou que o seu homólogo colombiano, Juan Manuel Santos, vai abandonar a presidência do país, no dia 7 de agosto e que não podia deixar o poder "sem fazer dano" ao seu país.
"Tratou-se de um atentado para me matar. No dia de hoje (sábado) tentaram assassinar-me. As investigações apontam a Bogotá", disse.
Duas explosões, aparentemente provocadas por um `drone` [avião não tripulado], obrigaram hoje o Presidente da Venezuela a abandonar rapidamente uma cerimónia de celebração do 81.º aniversário da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).
O ato, que decorria na Avenida Bolívar de Caracas (centro), estava a ser transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas e no momento em que Nicolás Maduro anuncia que tinha chegado a hora da recuperação económica ouviu-se uma das explosões, que fez inclusive vibrar a câmara que focava o chefe de Estado.
Nesse instante, a mulher do Presidente venezuelano, Cília Flores, e o próprio chefe de Estado olharam para cima.
Antes da televisão venezuelana suspender a transmissão foi possível ainda ver, o momento em que militares rompiam a formação.
"As investigações estão muito avançadas" e já "foram capturados parte dos autores materiais do atentado e capturada parte da evidência [drone]", afirmou o Presidente venezuelano.
Por outro lado disse esperar que o Presidente norte-americano, Donald Trump, entre outros, colaborem com a Venezuela, porque, segundo Maduro, as primeiras investigações indicam que vários dos responsáveis intelectuais e financeiros do atentado vivem na Florida.
"Espero ter a colaboração dos Governos do continente, onde estão parte destes redutos da extrema-direita fascista", frisou.