Macron insiste em envio de força europeia como parte da solução de paz para a Ucrânia
O presidente francês anunciou esta quinta-feira, no final da cimeira de Paris sobre a Ucrânia, que haverá uma força de segurança europeia no país em caso de paz. Segundo Emmanuel Macron, a ideia não foi unânime mas vários países concordaram com o que chamou de "força de garantia". Relativamente às sanções, os líderes europeus rejeitam ceder às exigências russas e estão a ponderar aumentar as sanções para reforçar a pressão sobre Moscovo.
Macron admitiu que não houve unanimidade entre os aliados europeus sobre esta questão, pelo que participarão na força militares de "alguns Estados membros" da coligação que apoia a Ucrânia. O envio de tropas europeias tem sido um tema controverso, não só entre os 27, mas também para os Estados Unidos e a Rússia, que criticam tal cenário.
Apesar de Donald Trump já ter rejeitado um eventual envio de tropas norte-americanas para a Ucrânia, o presidente francês disse que espera o apoio dos Estados Unidos para o envio de uma força de paz europeia, mas que também se quer preparar para um cenário sem Washington.
“Devemos esperar o melhor mas preparar-nos para o pior”, disse Macron.
Os aliados decidiram também acelerar o pagamento dos "empréstimos decididos no G7" pela UE e "concordaram unanimemente que as sanções contra Moscovo não devem ser levantadas".
“Não é o momento certo para o levantamento das sanções”, disse Macron, ecoando as vozes de outros líderes europeus. “As sanções são essenciais para a paz”, salientou.
O levantamento das sanções é uma das exigências da Rússia para implementar uma trégua no Mar Negro, que foi anunciada pelos Estados Unidos na passada terça-feira, após ter chegado a um entendimento com Kiev e Moscovo, separadamente.
“Não há nenhum levantamento de sanções até que a Rússia pare esta guerra”, disse Zelensky, afirmando que o levantamento das sanções contra a Rússia enviaria "sinais muito perigosos".