Macron com Zelensky. França anuncia mais dois mil milhões de euros em apoio militar à Ucrânia
O presidente francês anunciou esta quarta-feira um reforço de dois mil milhões de euros em apoio militar à Ucrânia. Lado a lado com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Paris, Emmanuel Macron aproveitou para condenar o "desejo de guerra" da Rússia e avisou que Moscovo não pode "ditar as condições para uma paz duradoura".
Defendendo o “apoio continuado à Ucrânia”, Emmanuel Macron anunciou que a França vai conceder dois mil milhões de euros em apoio militar a Kiev.
“Estes dois mil milhões de euros de apoio extra fazem parte de uma primeira tranche com vista a mobilizar também amanhã todos os parceiros para continuarmos este apoio imediato à Ucrânia”, explicou o presidente francês, referindo-se à cimeira que decorre quinta-feira em Paris.
Falando acerca de garantias no âmbito de um acordo de paz, Macron sugeriu uma “reserva estratégica para ajudar a dissuadir qualquer nova agressão” por parte da Rússia.
Considerando que a Rússia está a demonstrar o seu “desejo de guerra” ao colocar entraves a uma trégua, Emmanuel Macron defendeu que Moscovo aceite um cessar-fogo de 30 dias sem “condições prévias”.
“A Rússia não pode ditar as condições para uma paz duradoura na Ucrânia”, declarou o líder francês.
Numa declaração mais breve, Volodymyr Zelensky agradeceu o “apoio constante” da França, incluindo o anunciado apoio de dois mil milhões de euros.
“Há muitas coisas que são importantes para a segurança da Europa e de todos os nossos cidadãos”, declarou. “Este é o momento decisivo para o mundo. A forma como hoje os líderes desenharem a segurança na Europa terá impacto em muitas gerações vindouras”.
“Nós estamos a trabalhar na proteção contra a agressão da Rússia, numa paz duradoura e na segurança da Europa”, acrescentou Zelensky.
O presidente ucraniano referiu que os caças Mirage fornecidos pela França são “um elemento-chave” na segurança aérea da Ucrânia, que pode assim “defender-se dos jatos e drones russos”.