Macau levanta restrições, mantém máscaras e passa a exigir testes

por Lusa
Macau anunciou o levantamento de algumas restrições anticovid-19 Reuters

Macau anunciou o levantamento de restrições anticovid-19 que determinaram o fecho de estabelecimentos comerciais, mas mantém o uso obrigatório de máscara na rua e exige um teste negativo à entrada de espaços como bares e restaurantes.

No despacho do chefe do governo justifica-se o alívio de medidas a partir desta terça-feira, que vigoravam desde meados de junho, e que incluíram isolamento de partes da cidade e um confinamento parcial da população, com o facto de "Macau registar zero casos na comunidade por nove dias consecutivos e de os resultados obtidos na 14.ª ronda de teste em massa de ácido nucleico terem sido todos negativos".

No despacho define-se "o levantamento, a partir do dia 2 de agosto, das medidas restritivas de encerramento dos salões de beleza, ginásios de musculação, bares, entre outros, e de suspensão da prestação de serviços de consumo de comidas e bebidas no interior dos respetivos espaços".

"Por outro lado, será determinada, através de orientações a estabelecer pelos Serviços de Saúde de Macau (SSM), a exigência do uso de máscara aos indivíduos quando saírem e de apresentação do certificado de recolha da amostra do teste de ácido nucleico, realizado nos últimos três dias, para consumo dentro dos estabelecimentos de comidas e bebidas", pode ler-se num comunicado das autoridades.

No domingo, as autoridades já tinham indicado que Macau se preparava para entrar num "período de estabilidade", durante o qual os habitantes não terão mais de realizar testes diários antigénio e carregar a imagem com o resultado para uma plataforma `online`.

Os centros de cuidados especiais e centros comunitários "vão retomar o seu funcionamento gradualmente" e os lares de idosos, que até agora estavam em regime de gestão fechada, poderão voltar a receber visitas.

Os bancos locais irão reabrir mais agências a partir de hoje, mas ainda com horário reduzido, anunciou no domingo a Autoridade Monetária de Macau, em comunicado.

A cidade reabriu no sábado ao público parques, jardins e zonas de lazer, assim como trilhos florestais nas ilhas da Taipa e Coloane, mas os habitantes são obrigados a medir a temperatura, exibir o código de saúde verde e registar numa aplicação de telemóvel o acesso ao local.

As pessoas não podem, no entanto, praticar "desportos de alta intensidade", como correr ou andar de bicicleta, alertaram então as autoridades e os espaços de diversão infantil e equipamentos para manutenção física ao ar livre vão continuar encerrados.

O governo permitiu ainda a reabertura de infantários e centros comerciais e o recomeço de obras de construção civil em recintos fechados.

Também desde sábado, a população pode usar máscaras cirúrgicas ao ar livre. Até sexta-feira, todos os adultos estavam obrigados a usar máscaras do "tipo KN95 ou de padrão superior".

Macau, que tinha registado cerca de 80 infeções de covid-19 desde janeiro de 2020, foi atingido em junho pelo pior surto enfrentado desde o início da pandemia, que infetou 1.821 pessoas, a maioria casos assintomáticos, e provocou seis mortos, todos idosos com doenças crónicas.

 

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