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Luzes apagadas no Palácio da Alvorada e Bolsonaro em silêncio

por Lusa
Bruna Prado - EPA

As luzes do Palácio da Alvorada, residência oficial do Presidente do Brasil, desligaram-se, com o chefe de Estado lá dentro, sem ter prestado quaisquer declarações aos apoiantes, que começam a desmobilizar.

Por volta das 21:30 (00:30 em Lisboa), a campanha de Bolsonaro subiu ao trio elétrico [carrinha aberta] instalado no centro da Esplanada dos Ministérios, onde se concentram as sedes dos três poderes brasileiros, e pediu aos apoiantes para desmobilizarem.

Antes, neste mesmo local, os apoiantes de Bolsonaro quando se aperceberam que a derrota já não ia fugir, começaram a fazer orações para que o resultado, `por milagre`, ainda se alterasse.

A poucos quilómetros de distância, no Palácio da Alvorada, as luzes foram apagadas e os assessores da Presidência deixaram o local de imprensa sem dizer se Bolsonaro iria falar aos jornalistas.

Duas dezenas de apoiantes aguardavam ingloriamente a vinda de Jair Messias Bolsonaro, ao som de `mito` e de alguns fogos de artificio, na expectativa de acordar um Presidente num palácio de luzes apagadas.

Os mais proeminentes apoiantes de Bolsonaro, como o ex-juiz Sérgio Moro, a ex-ministra e nova senadora Damares, ou mesmo o presidente da câmara dos deputados, Arthur Lira, apressaram-se a reconhecer e a aceitar a vitória do candidato do Partido dos Trabalhadores e antigo chefe de Estado brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, abandonando assim os mais fervorosos apoiantes do Presidente brasileiro.

Desconhece-se ainda se Bolsonaro vai reconhecer, ou não, o resultado das presidenciais e quais serão os seus próximos passos.

Luiz Inácio Lula da Silva, de 77 anos, foi eleito no domingo Presidente do Brasil, com 50,90% dos votos, derrotando Jair Bolsonaro (extrema-direita), que obteve 49,10%, quando estavam contadas 99,93% das secções eleitorais.

Lula da Silva, que já cumpriu dois mandatos entre 2003 e 2011, regressa assim ao Palácio do Planalto.

O antigo sindicalista terá como vice-Presidente Geraldo Alckmin, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), que já havia sido seu opositor nas eleições presidenciais de 2006, então pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

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