O antigo presidente Lula da Silva venceu a primeira volta das eleições brasileiras com mais de 48 por cento dos votos, contra os mais de 43 por cento do presidente Jair Bolsonaro, mas não conseguiu fechar a contenda. Os nomes dos dois candidatos mais votados voltam aos boletins de voto num "segundo turno" marcado para o final do mês, a 30 de outubro.
Atrás na contagem parcial durante a maior parte da noite eleitoral, Lula da Silva passou a liderar quando a contagem chegou a 70 por cento das secções. O antigo presidente registou no entanto um desempenho abaixo das sondagens de intenção de voto, que o colocavam com margem de quase dez pontos percentuais sobre o atual presidente brasileiro.
Pouco depois da 1h30 da madrugada, a eleição ficou "matematicamente definida", obrigando a uma segunda volta, segundo os resultados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Numa primeira reacção à vitória deste domingo, a partir de São Paulo, Lula da Silva começou por “agradecer a generosidade do povo brasileiro” e lembrou que há quatro anos ele próprio era tido como um político acabado numa campanha marcada pela "mentira".
"A luta continua até à vitória final", declarou Lula da Silva, que disse ver este cenário apenas como "uma prorrogação".Os brasileiros voltam às urnas no próximo dia 30 para escolher o presidente da República.
"Sempre achei que nós iríamos ganhar as eleições e nós vamos ganhar as eleições. Isto para nós é apenas uma prorrogação", afirmou. O ex-presidente disse acreditar que nada acontece por acaso e lembrou que durante toda a campanha esteve à frente nas sondagens.
"Para desgraça de alguns tenho mais 30 dias para ir para a rua. Adoro fazer campanha, adoro fazer comício" e "vai ser importante porque será a chance de fazermos um debate com o Presidente da República. Acho que é uma segunda chance que o Bolsonaro me dá", afirmou Lula da Silva em tom confiante.
"Sempre achei que nós iríamos ganhar as eleições e nós vamos ganhar as eleições. Isto para nós é apenas uma prorrogação", afirmou. O ex-presidente disse acreditar que nada acontece por acaso e lembrou que durante toda a campanha esteve à frente nas sondagens.
"Para desgraça de alguns tenho mais 30 dias para ir para a rua. Adoro fazer campanha, adoro fazer comício" e "vai ser importante porque será a chance de fazermos um debate com o Presidente da República. Acho que é uma segunda chance que o Bolsonaro me dá", afirmou Lula da Silva em tom confiante.
Bolsonaro evita falar em fraude eleitoral
Reagindo aos resultados desta noite, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que “uma parte da população manifestou vontade de mudar”, alertando contudo que “algumas mudanças vêm para pior”.Quando estavam apurados 98,61 por cento dos
votos, Lula da Silva alcançava 48,12 por cento e Jair Bolsonaro obtinha
43,47. Simone Tebet obtinha 4,19 por cento e Ciro Gomes 3,05.
Sobre a “veracidade” dos resultados, Bolsonaro remeteu para a análise dos organismos competentes.
"Sempre existe a possibilidade de algo de anormal acontecer", deixou o presidente.
O presidente brasileiro afirmou ainda que venceu a "mentira" das sondagens que o colocavam apenas 36% nas intenções de voto e Lula da Silva com a possibilidade de uma vitória na primeira volta."Vencemos a mentira hoje", declarou aos jornalistas no Palácio da Alvorada, acrescentando: "Temos um segundo turno pela frente".
Chamados às urnas 156 milhões de brasileiros
Para as Presidenciais, além de Lula e Bolsonaro, os eleitores puderam votar ainda em Simone Tebet, Ciro Gomes, Luís Felipe D'Ávila, Soraya Tronicke, Eymael, Padre Kelmon, Leonardo Pericles, Sofia Manzano e Vera Lúcia.
Ciro Gomes "profundamente preocupado com ameças" ao país
O candidato presidenciais Ciro Gomes disse hoje estar "profundamente preocupado com o que está a acontecer no Brasil" e considerou haver "uma situação potencialmente ameaçadora" ao futuro do país.
Numa curta declaração feita junto da sua família, em Fortaleza, Ciro Gomes disse lamentar as "muitas ameaças" que considera que o Brasil enfrenta, e pediu mais tempo para pensar no seu próprio futuro.
"Nunca vi uma situação tão complexa, tão desafiadora e potencialmente ameaçadora sobre a nossa sorte enquanto nação", disse o candidato que ficou em quarto lugar na primeira volta, com cerca de três por cento dos votos.
"Deem-me mais algumas horas para falar com o meu partido, com os meus amigos, para ver como mais bem servir a nação brasileira", pediu, antes de abandonar o palco, o antigo ministro de Lula da Silva, que ganhou as eleições de domingo e irá enfrentar Jair Bolsonaro, o atual chefe de Estado (extrema-direita).
Ao longo da campanha, Ciro Gomes teceu duras críticas a Lula da Silva, acusando-o de corrupção, o que gerou declarações de voto de apoiantes ao candidato do Partido dos Trabalhadores.
Numa curta declaração feita junto da sua família, em Fortaleza, Ciro Gomes disse lamentar as "muitas ameaças" que considera que o Brasil enfrenta, e pediu mais tempo para pensar no seu próprio futuro.
"Nunca vi uma situação tão complexa, tão desafiadora e potencialmente ameaçadora sobre a nossa sorte enquanto nação", disse o candidato que ficou em quarto lugar na primeira volta, com cerca de três por cento dos votos.
"Deem-me mais algumas horas para falar com o meu partido, com os meus amigos, para ver como mais bem servir a nação brasileira", pediu, antes de abandonar o palco, o antigo ministro de Lula da Silva, que ganhou as eleições de domingo e irá enfrentar Jair Bolsonaro, o atual chefe de Estado (extrema-direita).
Ao longo da campanha, Ciro Gomes teceu duras críticas a Lula da Silva, acusando-o de corrupção, o que gerou declarações de voto de apoiantes ao candidato do Partido dos Trabalhadores.
Simone Tebet promete anunciar apoio para segunda volta
A candidata deu um prazo de 48 horas aos partidos que a apoiam para que definam o seu voto na segunda volta e prometeu que irá tornar pública a sua decisão: "Eu já tenho lado, não me vou acovardar", disse Simone Tebet, que ficou em terceiro lugar nesta primeira volta.
"É preciso que os partidos se posicionem o mais rápido possível", disse a candidata, que tentou ser uma alternativa ao candidato do Partido dos Trabalhadores Lula da Silva (esquerda) e ao atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro (extrema-direita).
Com 4,2 por cento, Simone Tebet foi apoiada pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e pelo Cidadania.
c/ agências
"É preciso que os partidos se posicionem o mais rápido possível", disse a candidata, que tentou ser uma alternativa ao candidato do Partido dos Trabalhadores Lula da Silva (esquerda) e ao atual chefe de Estado, Jair Bolsonaro (extrema-direita).
Com 4,2 por cento, Simone Tebet foi apoiada pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e pelo Cidadania.
c/ agências
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