Luís Montenegro reitera compromisso de Portugal perante a NATO

por RTP

O primeiro-ministro português participa por estes dias na cimeira da NATO, em Washington. Em conferência de imprensa, assinalou esta quinta-feira que os vários países têm discutido os "grandes desafios" a nível de segurança e defesa.

"Esta foi uma cimeira onde Portugal veio transmitir de forma credível, de forma empenhada, para não falhar, um plano de investimentos que seja adequado ao compromisso estabelecido dentro da NATO", afirmou o chefe de Estado português.

Na quarta-feira, Luís Montenegro anunciou que Portugal iria atingir um investimento de 2 por cento do PIB em Defesa um ano antes do previsto, em 2029.

Portugal assume assim o seu papel de "membro efetivo" da NATO, não só no plano político, diplomático, mas também no esforço militar.

Num dia marcado pelo encontro entre a NATO e os representantes das instituições europeias, mas também com os parceiros da região do Indopacífico (Austrália, Nova Zelândia, Japão e Coreia do Sul), Luís Montenegro reafirmou o compromisso de Portugal e da aliança em apoiar Kiev.

O primeiro-ministro português assinalou a importância de combater e enfrentar as ameaças no ciberespaço, a desinformação e o extremismo. e lembrou uma recente iniciativa por parte de Portugal de um plano de ação relativo ao Sul, uma iniciativa que reuniu um grupo de reflexão, liderado pela investigadora portuguesa Ana Santos Pinto, para uma análise aos desafios e oportunidades em relação aos países vizinhos da Aliança Atlântica.

"Estando nós no âmbito de uma aliança regional, transatlântica, da Europa e dos Estados Unidos, ainda assim estamos atentos àqueles que são os movimentos que as forças que não se identificam com os valores da Aliança Atlântica vão tentando disseminar e aproveitar às vezes a debilidade de alguns Estados, de algumas geografias, para incrementar", referiu Montenegro.

Sobre o compromisso assumido em contribuir para a NATO, Luís Montenegro vincou que os portugueses devem entender que a Aliança Atlântica é a organização "que assegura a nossa segurança", mas também que "contribui para que o nosso espaço territorial e marítimo possa ter as garantias" de que a soberania "não é colocada em causa" e de que "independência e a autonomia do estado português será preservada".

c/ Lusa
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