Luís Montenegro quer ver repensado direito de voto no Conselho de Segurança da ONU

por RTP

O primeiro-ministro defende que deve ser repensado o direito de veto dos membros permanentes do conselho de segurança da ONU.

Para Luís Montenegro, é preciso haver regras para que não haja bloqueios no momento de tomar decisões.

O primeiro-ministro português falava aos jornalistas durante a inauguração das novas instalações do Consulado-Geral de Portugal em Nova Iorque, da Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal (AICEP) e do Turismo de Portugal.

Antecipando em parte o discurso que vai fazer hoje perante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o primeiro-ministro declarou que vai deixar uma mensagem a favor do "um caminho de reforço da intervenção" da ONU. com "mecanismos de decisão" que assegurem a execução das resoluções aprovadas.

O chefe do Governo PSD/CDS-PP voltou a criticar "a forma como o Conselho de Segurança está a funcionar, com um uso excessivo do direito de veto, muitas vezes executado por quem está envolvido nos conflitos", considerando que "tem sido uma demonstração de ineficácia que é preciso ultrapassar".

Interrogado se o caminho é a restrição ou mesmo o fim do direito de veto, Luís Montenegro respondeu: "Eu creio que é preciso ter regras de maior flexibilidade de decisão, para que não haja bloqueio, que é, no fundo, a expressão do direito de veto".

"A forma como isso deve ser alcançado é uma forma que, naturalmente, não deve ser também totalmente flexível. É preciso elencar as matérias, é preciso elencar as circunstâncias em que uma decisão maioritária consegue sobrepor-se ao voto contra de uma ou duas das nações com representação permanente", defendeu.

com Lusa
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