Nuno Ribeiro da Cunha, diretor do private banking do EuroBic e gestor de conta de Isabel dos Santos, foi encontrado morto quarta-feira à noite na sua casa no Restelo. O gestor, de 45 anos, foi ontem constituído arguido, juntamente com Isabel dos Santos, pelas autoridades angolanas no caso Luanda Leaks.
A PSP afirma que se tratou de um suicídio por enforcamento e que Nuno Ribeiro da Cunha foi encontrado morto na garagem do prédio onde residia.
“Na sequência da chamada do apoio médico ao local, os polícias da PSP encontraram o cidadão Nuno Ribeiro da Cunha, de 45 anos de idade, que alegadamente terá cometido suicídio na garagem, pelo método de enforcamento, confirmando-se o óbito após manobras de reanimação por parte dos meios de socorro”, lê-se num comunicado da PSP enviado às redações.
A PSP acrescenta que “o homem teria historial de tentativa de suicídio durante o presente mês”.
O corpo de Nuno Ribeiro da Cunha “foi transportado para o Instituto de Medicina Legal, sendo toda a gestão da ocorrência bem como o cenário encontrado no local processados pela PSP”.
Tudo aponta para que "não haja intervenção de terceiros"
O diretor nacional da PJ, Luís Neves, disse hoje que os elementos recolhidos pela Polícia Judiciária sobre a morte de Nuno Ribeiro da Cunha, "apontam para que não haja intervenção de terceiros".
Questionado pelos jornalistas se a PJ tinha alguma outra linha de investigação, que não a de suicídio, Luís Neves respondeu que os dados de que a PJ dispõe, não só relativos à noite passada - quando o gestor do EuroBic foi encontrado morto -, como também de outra ocorrência anterior, apontam para que "não haja intervenção de terceiros" nesta morte.
O diretor nacional da PJ, Luís Neves, disse hoje que os elementos recolhidos pela Polícia Judiciária sobre a morte de Nuno Ribeiro da Cunha, "apontam para que não haja intervenção de terceiros".
Questionado pelos jornalistas se a PJ tinha alguma outra linha de investigação, que não a de suicídio, Luís Neves respondeu que os dados de que a PJ dispõe, não só relativos à noite passada - quando o gestor do EuroBic foi encontrado morto -, como também de outra ocorrência anterior, apontam para que "não haja intervenção de terceiros" nesta morte.
Primeira tentativa de suicídio há alguns dias
No passado dia 7 de janeiro, alguns dias antes de ser conhecido o caso Luanda Leaks, Nuno Ribeiro da Cunha tinha sido encontrado com ferimentos graves na casa de férias da família em Vila Nova de Milfontes. Na altura, a Policia Judiciária colocou três possibilidades em cima da mesa: tentativa de suicídio; simulação de tentativa de suicídio ou tentativa de homicídio.
Segundo o Correio da Manhã, Nuno Ribeiro dos Santos terá afirmado à Polícia Judiciária que se tinha tratado de uma tentativa de suicídio, motivada por uma depressão que não estaria relacionada com questões profissionais
Foi Nuno Ribeiro da Cunha que validou as transferências da conta da Sonagol no EuroBic para o Dubai, no dia seguinte a Isabel dos Santos ter sido exonerada do cargo que exercia na petrolífera angolana, segundo os documentos revelados pelo Luanda Leaks.
Nuno Ribeiro da Cunha foi constituído arguido em Angola no âmbito do processo Luanda Leaks, juntamente com a empresária e filha do ex-Presidente angolano Isabel dos Santos, Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol, Mário Leite da Silva, gestor de Isabel dos Santos e presidente do Conselho de Administração do BFA, Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS.