Londres reforça presença policial nas ruas após celebrações de ofensiva do Hamas

por Lusa

Londres reforçou a presença da polícia nas ruas depois de terem surgido vídeos com pessoas a celebrar o ataque a Israel, o que, de acordo com o Governo britânico, "glorifica as atividades terroristas do Hamas".

O ministro da Imigração, Robert Jenrick, instou a Polícia Metropolitana de Londres a intervir, partilhando um vídeo publicado nas redes sociais, no sábado à noite, pela apresentadora de televisão britânica Rachel Riley, na sequência da ofensiva do Hamas.

"Acabo de me cruzar com dois carros na zona oeste de Londres que circulam com bandeiras palestinianas em todas as janelas, saltando para cima e para baixo nos seus carros, aparentemente celebrando como se estivessem em festa", lê-se na publicação partilhada pela apresentadora na rede social X (antigo Twitter).

"Não se enganem, este é um momento perigoso e assustador para todos os judeus do mundo", acrescentou.

Pouco depois, Riley publicou um novo vídeo com pessoas a segurarem bandeiras palestinianas, a buzinarem e a aplaudirem, com a descrição: "As pessoas foram brutalmente assassinadas, raptadas e há pessoas em Londres a dançar", disse.

A polícia londrina (também conhecida como Scotland Yard) garantiu que está "ciente de uma série de incidentes, incluindo os partilhados nas redes sociais, relacionados com o conflito em curso em Israel e na fronteira com Gaza", e que "aumentou as patrulhas policiais em algumas partes de Londres".

A polícia disse ainda que "o conflito em curso pode levar a protestos nos próximos dias", garantindo que vai assegurar "um plano policial adequado para equilibrar o direito ao protesto com qualquer perturbação para os londrinos".

Um grupo chamado Palestine Solidarity Campaign (Campanha de Solidariedade com a Palestina, numa tradução livre para português) apelou à participação numa manifestação de "emergência", na segunda-feira, à frente à embaixada israelita.

O grupo islâmico Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.

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