Dezenas de milhares de lituanos deram as mãos, no domingo, para formar um cordão humano de solidariedade com os manifestantes na vizinha Bielorrússia, que se uniram em massa contra o presidente Alexander Lukashenko.
Muitos deles agitaram a bandeira vermelha e branca da oposição bielorrussa, bem como a bandeira tricolor da Lituânia.
Encontros de solidariedade também foram organizados noutros países europeus, inspirados no Caminho do Báltico, o cordão humano histórico formada em 23 de agosto de 1989 por mais de um milhão de pessoas nos três países bálticos, Lituânia, Letónia e a Estónia, para expressar o seu desejo de independência e de deixar a União Soviética.
"Estamos com a Bielorrússia livre e estendemos-lhe a nossa mão", disse o presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, após se juntar à corrente humana no posto de fronteira entre os dois países.
"Os países que perderam a liberdade são os que mais a prezam. É por isso que a Lituânia não hesitou em proclamar o seu total apoio ao povo da Bielorrússia que procura quebrar as correntes do cativeiro", acrescentou o presidente, que participou no Caminho Báltico em 1989.
Contornos do apoio
Um balão de ar quente desfraldou uma enorme bandeira bielorrussa na Praça da Catedral em Vílnius e aviões atiraram flores à multidão.
Milhares de pessoas protestaram domingo na capital bielorrussa, Minsk, a exigir a saída do Presidente Alexander Lukashenko, reeleito a 09 de agosto, mas que enfrenta há semanas forte contestação.
Os manifestantes dizem que os resultados oficiais das eleições presidenciais de 09 de agosto, que deram a Lukashenko o sexto mandato, com 80% dos votos contra 10% da candidata da oposição Svetlana Tikhanovskaia, são fraudulentos.