O médico Basit Gani e o empresário Nazir Tadkir, raptados no mesmo dia em Maputo, foram libertos, após quase dois meses em cativeiro, disseram hoje à Lusa fontes oficiais.
A Associação Médica de Moçambique confirmou hoje à Lusa a libertação do médico Basit Gani, mas sem avançar detalhes.
"Recebemos a informação dos familiares, mas não temos nenhum outro detalhe" sobre a saúde e data em que foi libertado, disse fonte da associação médica.
Basit Gani, médico e vice-presidente da Associação Moçambicana de Empresários e Empreendedores Muçulmanos, foi raptado na manhã de 07 de outubro, próximo ao `campus` da Universidade Eduardo Mondlane, a mais antiga instituição de ensino superior no país.
Menos de uma hora depois de o médico ser levado à força, também o empresário Nazir Tadkir foi raptado em frente à sua residência na avenida Friedrich Engels, que alberga habitações de vários diplomatas na capital moçambicana.
Nazir Tadkir foi liberto na última semana, disse hoje à Lusa Hilário Lole, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) na cidade de Maputo.
"Ele foi liberto na semana passada. Está em convívio familiar e goza de boa saúde", referiu, sem avançar mais detalhes.
As principais cidades moçambicanas têm sofrido com uma onda de raptos que afeta principalmente empresários ou os seus familiares.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou em dezembro do último ano a possibilidade de criação de uma unidade policial anti-raptos para combater a onda de crimes que se regista nas principais cidades moçambicanas, com mais de 10 casos registados durante 2020.
A CTA - Confederação das Associações Económicas de Moçambique, maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime.