As populações das Pequenas Nações Insulares em Desenvolvimento enfrentam uma catástrofe sem precedentes, nos capítulos da saúde e da economia, causada pelo aquecimento global. De acordo com Relatório Lancet Countdown de 2024, as nações mais ricas devem tomar medidas para mitigar as consequências ambientais que afetam as regiões mais vulneráveis.
Cerca de 65 milhões de pessoas enfrentam as consequências dos gases do efeito de estufa, que se manifestam em cheias, secas, ondas de calor e doenças, aponta o relatório Lancet Countdown.Este problema, sem precedentes, poderá resultar no deslocamento de mais de um milhão de pessoas.
A vulnerabilidade das nações insulares a fenómenos climáticos extremos acarreta problemas com a insegurança alimentar, uma vez que diminui a subsistência de produtos saudáveis.
O relatório realça que “as SIDS [Small Island Developing States] que são mais dependentes de importações de alimentos correm maior risco de insegurança alimentar do que aquelas menos dependentes de importações”.
Resposta internacional a cenário alarmante
Diante de um cenário preocupante para toda a população, o relatório ressalta a urgência para que os países mais ricos adotem medidas ambientais. É, assim, fundamental uma ação internacional na redução de emissões de gases de efeito estufa para que os estados insulares não enfrentem consequências irreversíveis.
Diversas organizações têm procurado consciencializar os governos das consequências ameaçadoras que as emissões de gases provocam à humanidade. Neste contexto, uma das metas estabelecida pelas Nações Unidas no objetivo 14, que visa Proteger a Vida Marinha, é aumentar, até 2030, os benefícios económicos a partir de recursos marinhos sustentáveis.
Numa visita, em agosto, a Samoa - uma das regiões mais afetadas -, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, apelou às nações mais ricas para que cumprissem os compromissos no combate aos efeitos das alterações climáticas nos países em desenvolvimento.
Com o propósito de atenuar as consequências das alterações climáticas o Acordo de Paris estabeleceu um limite para o aumento da temperatura global, abaixo dos dois graus acima dos níveis pré-industriais, com o objetivo de reunir esforços para limitar o aumento da temperatura até os 1,5 graus.
O Tribunal Internacional de Justiça iniciou este mês audiências que envolvem quase 100 países com objetivo de responsabilizar e definir as obrigações jurídicas internacionais que os Estados têm em relação ao aquecimento global.
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