Laços militares reforçados. Putin esteve reunido com chefe da diplomacia da Coreia do Norte
O presidente russo, Vladimir Putin, esteve esta segunda-feira reunido com a ministra norte-coreana dos Negócios Estrangeiros, Choe Son Hui. O encontro aconteceu numa altura de preocupação emanada pelo Ocidente acerca dos crescentes laços militares entre os dois países.
Já a ministra Choe Son Hui aproveitou para transmitir os "sinceros, calorosos e amigáveis cumprimentos" do presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Um vídeo da reunião mostra Putin e Hui a apertarem mãos durante um minuto.
O encontro tem especial relevância depois de, recentemente, os Estados Unidos terem confirmado que a Coreia do Norte enviou milhares de militares para a Rússia, para ajudarem na guerra contra a Ucrânia. Até ao momento, Moscovo não confirmou nem negou esta informação.
A visita de Hui à Rússia é a segunda no espaço de seis semanas. Na semana passada, porém, o Kremlin tinha adiantado que não estava prevista qualquer reunião entre o presidente russo e a ministra.
"Camaradagem militar"
Na última sexta-feira, a ministra norte-coreana disse ao homólogo russo, Sergei Lavrov, que os dois países mantêm relações de uma "camaradagem militar invencível" e que a Coreia do Norte ficará do lado da Rússia "até ao dia da vitória" na Ucrânia.Entretanto, esta segunda-feira, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andrii Sybiha, disse ter discutido com a homóloga alemã, Annalena Baerbock, a "necessidade de uma ação decisiva" em resposta ao envolvimento da Coreia do Norte na guerra na Ucrânia.
"As tropas da Coreia do Norte estão agora a levar a cabo uma guerra agressiva na Europa contra um Estado europeu soberano", afirmou Sybiha após a reunião com Baerbock, em Kiev.
Também esta segunda-feira, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, os Estados Unidos condenaram a Rússia e a China por "protegerem desavergonhadamente" e encorajarem a Coreia do Norte a violar ainda mais as sanções da ONU.
"A Rússia e a China protegeram desavergonhadamente Pyongyang de qualquer represália, ou mesmo condenação das suas ações", vincou o vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, ao Conselho de 15 membros, reunido para debater exercícios norte-coreanos de lançamento de mísseis balísticos intercontinentais.
c/ agências
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