Ku Klux Klan convoca desfile para festejar vitória de Trump

por RTP
Johnny Milano, Reuters

A milícia racista Ku Klux Klan está a convocar uma manifestação na Carolina do Sul, sob o mote "A raça de Trump uniu o meu povo".

Segundo o Los Angeles Times, um dos núcleos mais activos do Ku Klux Klan (KKK) a nível dos EUA, marcou uma parada da vitória para o dia 3 de Dezembro. O núcleo, que dá pelo nome de "Leais Cavaleiros Brancos de Pelham", lançou a convocatória no seu website, mas tem estado a organizar o evento de forma semi-clandestina: não diz qual a hora ou o local da manifestação e não tem atendido as chamadas para o número de telefone indicado no site.

Donald Trump recebeu ainda no começo da campanha eleitoral o apoio de um antigo líder do KKK, David Duke. Tardou algum tempo em demarcar-se desse apoio e fê-lo sob pressão de fortes críticas, classificando como "repugnantes" as tentativas de colagem do KKK à sua candidatura.

O KKK tem uma longa tradição supremacista branca e tem feito campanha para reabilitar a bandeira dos confederados racistas Estados do Sul, defensores da escravatura e derrotados na guerra civil norte-americana do século XIX.

Tem sido a organização paramilitar responsável pelo linchamento de negros a quem sejam atribuídos crimes, ou que simplesmente tenham infringido regras de comportamento destinadas a uma "raça inferior". Também tem sido responsável por agressões, destruições e homicídios contra activistas brancos da causa dos direitos humanos.

Entre os seus objectivos declarados conta-se o de "restaurar a América como nação branca cristã".

A poucos dias da eleição presidencial, o jornal oficioso do KKK, The Crusader, publicou um artigo do director nacional dos "Cavaleiros do KKK", Thomas Robb, encorajando o apoio a Donald Trump. A campanha de Trump foi, dessa vez, mais rápida em demarcar-se do embaraçoso aplauso do que tinha sido aquando do pronunciamento de David Duke.

Também relativamente ao desfile marcado para a Carolina do Sul a organização de campanha declarou: "O sr. Trump e a sua equipa continuam a desautorizar esses grupos e indíviduos e condenam energicamente a sua mensagem de ódio".
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