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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Kiev coloca provedora de crianças russa sob mandado de captura

por Lusa

O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) anunciou hoje que a provedora das crianças imposta por Moscovo para a autoproclamada República de Lugansk, Inna Mishchenko, está a ser procurada por Kiev por deportação de menores.

"O serviço especial ucraniano processou dados sobre a participação direta da suspeita na deportação, a transferência para os invasores dos arquivos pessoais de crianças do território temporariamente ocupado da região de Lugansk e a sua transferência ilegal para a Rússia", informaram as autoridades ucranianas, em comunicado.

O SBU iniciou uma investigação preliminar sob a direção do Gabinete do Procurador Regional de Lugansk.

Se for condenada pelas acusações contra si, Mishchenko enfrentará a possibilidade de uma pena de até 10 anos de prisão, bem como o confisco dos seus bens.

Segundo o SBU, Mishchenko ingressou na Procuradoria-Geral de Lugansk em 2014, que na altura anunciou unilateralmente a sua separação da Ucrânia e anos depois, em 2022, foi anexada pela Rússia juntamente com Donetsk, Kherson e Zaporijia, após referendos que não foram reconhecidos pela comunidade internacional.

Pouco depois, em dezembro de 2022, Mishchenko foi nomeada provedora das crianças na região em nome da Comissária Presidencial para os Direitos da Criança na Rússia, Maria Lvova-Belova, que é alvo de um mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) por deportação forçada de crianças ucranianas.

O TPI emitiu em março de 2023 um mandado de prisão contra Lvova-Belova e contra o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, sob a presunção de crimes de guerra pela deportação forçada de menores ucranianos de áreas capturadas durante a guerra ucraniana para território russo.

Também hoje, a população ucraniana reuniu-se em memória das centenas de crianças mortas em dois anos de invasão russa, horas depois de um novo ataque ter ferido duas pessoas na cidade de Dnipro.

Mais de 600 crianças morreram e 1.420 outras ficaram feridas nas hostilidades na Ucrânia desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, disse a coordenadora humanitária das Nações Unidas na Ucrânia, Denise Brown, num comunicado.

"Ajudem-nos a salvar as nossas crianças", implorou a primeira-dama ucraniana, Olena Zelensky, numa cerimónia em memória das crianças assassinadas no memorial da Segunda Guerra Mundial em Kiev, instando os aliados a fornecerem mais armas ao seu país para repelir os ataques russos.

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