Mísseis e drones russos atingem Kiev. Governo ucraniano denuncia "desejo de matar"
Pelo menos nove pessoas morreram e outras 80 ficaram feridas, incluindo crianças, na madrugada desta quinta-feira, em consequência de um bombardeamento com mísseis e drones russos sobre a capital da Ucrânia. O Governo ucraniano sublinha que este ataque vem demonstrar a insistência do Kremlin na invasão do país vizinho e um "desejo" de Vladimir Putin: "matar".
O último balanço do Serviço de Emergência do Estado ucraniano aponta para nove vítimas mortais e oito dezenas de feridos.
"Foram danificados edifícios residenciais: está a decorrer a busca de pessoas sob os escombros", indicou a mesma estrutura na plataforma de mensagens Telegram.O bombardeamento russo levado a cabo na última madrugada fez deflagrar vários incêndios em Kiev, entretanto apagados pelos bombeiros ucranianos.
O último bombardeamento com mísseis e drones sobre Kiev tivera lugar no início de abril.
"O desejo de matar"
Também no Telegram, Andriï Iermak, chefe de gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que os ataques sobre Kiev, Kharkiv e outras cidades do país mostram "unicamente o desejo de matar" do presidente russo, Vladimir Putin.O chefe de gabinete da Presidência ucraniana instou ainda a que "os ataques a civis parem".
O presidente norte-americano voltou, na quarta-feira, a apontar a mira ao presidente da Ucrânia, acusando Volodymyr Zelensky de proferir palavras inflamatórias sobre a Península da Crimeia, anexada pela mão de Putin em 2014. Donald Trump acenou, ao mesmo tempo, com o que descreveu como um acordo "muito próximo".
Por sua vez, o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andri Sybiga, afirmou ver no ataque a Kiev a demonstração de que Moscovo quer insistir na invasão, sem respeito por quaisquer esforços no sentido da paz. Andri Sybiga condenou ainda a "exigência de Moscovo" em termos territoriais. Ou seja, a "retirada" de territórios como condição para a paz.Em Kiev, um jornalista da Agência France Presse viu uma dezena de habitantes refugiarem-se num abrigo na cave de um edifício residencial, assim que soou o alerta antiaéreo.
c/ agências