Com a nomeação democrata para a eleição presidencial selada, a vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, escolheu o governador do Minnesota, Tim Walz, como número dois da sua candidatura. A notícia foi esta terça-feira avançada pelos media norte-americanos.
A apenas três meses das eleições, o denominado ticket agora formado pela vice-presidente e por Tim Walz tem pouco tempo para se afirmar e convencer os eleitores.
O homem que se tornará vice-presidente de Harris, caso seja eleita a 5 de novembro contra Donald Trump, deverá participar num primeiro evento em conjunto, esta terça-feira à noite, em Filadélfia, na Pensilvânia.
Até sábado, os dois candidatos deslocar-se-ão a vários outros Estados importantes, num périplo que deverá marcar o tom do seu acordo e complementaridade.Tim Walz, 60 anos, é conhecido por ter tomado medidas consideradas progressistas desde a sua ascensão, em 2019, ao cargo de governador do Minnesota, um Estado-chave do Midwest para a contenda de novembro.
O homem que se tornará vice-presidente de Harris, caso seja eleita a 5 de novembro contra Donald Trump, deverá participar num primeiro evento em conjunto, esta terça-feira à noite, em Filadélfia, na Pensilvânia.
Até sábado, os dois candidatos deslocar-se-ão a vários outros Estados importantes, num périplo que deverá marcar o tom do seu acordo e complementaridade.Tim Walz, 60 anos, é conhecido por ter tomado medidas consideradas progressistas desde a sua ascensão, em 2019, ao cargo de governador do Minnesota, um Estado-chave do Midwest para a contenda de novembro.
Walz deverá permitir a Kamala Harris apelar a um eleitorado mais vasto do que aquele que já se inclina para o campo democrata e ajudá-la a compensar o que os analistas lhe apontam como fraquezas.
Kamala Harris teve apenas duas semanas para fazer a sua escolha - quando este processo de seleção demora normalmente meses - depois do terramoto político da retirada de Joe Biden da corrida, a 21 de julho.
Walz era um relativo desconhecido a nível nacional, mas o seu perfil tem vindo a crescer desde então. Membro popular do Congresso, terá averbado o apoio da poderosa ex-presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, que foi fundamental para persuadir Biden a abandonar a corrida.
Quem é Tim Walz?
Walz, um veterano de 60 anos da Guarda Nacional dos Estados Unidos e antigo professor, foi eleito para um distrito com tendência republicana na Câmara dos Representantes dos EUA em 2006 e serviu 12 anos, antes de ser eleito governador do Minnesota em 2018.
Como governador, Walz promoveu uma agenda progressista que inclui refeições escolares gratuitas, objetivos para combater as alterações climáticas, reduções de impostos para a classe média e licenças pagas alargadas para os trabalhadores do Minnesota.
Walz há muito que defende os direitos reprodutivos das mulheres, mas também demonstrou uma tendência conservadora quando representava um distrito rural na Câmara dos Representantes dos EUA, defendendo os interesses agrícolas e apoiando os direitos das armas.
Walz há muito que defende os direitos reprodutivos das mulheres, mas também demonstrou uma tendência conservadora quando representava um distrito rural na Câmara dos Representantes dos EUA, defendendo os interesses agrícolas e apoiando os direitos das armas.
Pouco conhecido fora das fronteiras do seu Estado, Tim Walz ganhou fama nas últimas semanas com repetidos ataques a Donald Trump e à sua comitiva, que descreveu repetidamente como "tipos estranhos". Cândida Pinto, correspondente da RTP em Washington
"Não temos medo de tipos estranhos", disse o eleito por Kamala Harris, afável e de discurso ágil, numa reunião de campanha. "Confiem na minha experiência como professor, os rufias não têm poder".Nascido em West Point, Nebraska, Timothy James Walz passou muitos anos no ensino, nomeadamente como professor de geografia e treinador de futebol americano.
O homem de óculos retangulares pequenos ensinou durante alguns meses na China, logo após os acontecimentos de Tiananmen, na primavera de 1989.
"O facto de ter podido estar numa escola secundária chinesa nessa altura crucial pareceu-me essencial", confidenciou anos mais tarde perante uma comissão do Congresso dos Estados Unidos, onde serviu durante 12 anos.
"Não temos medo de tipos estranhos", disse o eleito por Kamala Harris, afável e de discurso ágil, numa reunião de campanha. "Confiem na minha experiência como professor, os rufias não têm poder".Nascido em West Point, Nebraska, Timothy James Walz passou muitos anos no ensino, nomeadamente como professor de geografia e treinador de futebol americano.
O homem de óculos retangulares pequenos ensinou durante alguns meses na China, logo após os acontecimentos de Tiananmen, na primavera de 1989.
"O facto de ter podido estar numa escola secundária chinesa nessa altura crucial pareceu-me essencial", confidenciou anos mais tarde perante uma comissão do Congresso dos Estados Unidos, onde serviu durante 12 anos.
Quando começaram a circular os rumores de que seria o número da candidatura de Kamala Harris, alguns internautas questionaram-se se os dois teriam realmente a mesma idade, acompanhando as suas mensagens com uma fotografia de Tim Walz, com a cabeça careca.
"Fui supervisor de cantina durante 20 anos. Não se faz esse trabalho sem arrancar os cabelos", respondeu Walz de 60 anos na rede social X, com um toque de humor.
Em janeiro de 2019, Tim Walz tornou-se governador do Minnesota, um Estado na região dos Grandes Lagos que faz fronteira com o Canadá. Apenas um ano depois, foi forçado a fazer malabarismos com duas grandes crises: a pandemia da covid-19 e a morte do afro-americano George Floyd, assassinado por um polícia branco.Minneapolis, a maior cidade do Estado, ardeu em chamas, dando início a um enorme movimento de manifestações antirracistas que abalou a América durante meses.
Os republicanos acusaram o governador de ser demasiado brando com o crime, ao passo que os democratas elogiaram o seu historial de proteção do direito ao aborto.
Na sequência da decisão do Supremo Tribunal, em junho de 2022, que anulou a proteção constitucional do aborto, Tim Walz comprometeu-se a fazer do seu Estado um santuário para as mulheres que procuram abortar. Uma clínica do Estado vizinho do Dakota do Norte, muito mais repressivo, mudou-se então para o seu lado da fronteira.
Em março de 2024, Walz participou na primeira visita de um vice-presidente a uma clínica de abortos com Kamala Harris, a candidata com quem espera agora chegar à Casa Branca.
"Fui supervisor de cantina durante 20 anos. Não se faz esse trabalho sem arrancar os cabelos", respondeu Walz de 60 anos na rede social X, com um toque de humor.
Em janeiro de 2019, Tim Walz tornou-se governador do Minnesota, um Estado na região dos Grandes Lagos que faz fronteira com o Canadá. Apenas um ano depois, foi forçado a fazer malabarismos com duas grandes crises: a pandemia da covid-19 e a morte do afro-americano George Floyd, assassinado por um polícia branco.Minneapolis, a maior cidade do Estado, ardeu em chamas, dando início a um enorme movimento de manifestações antirracistas que abalou a América durante meses.
Os republicanos acusaram o governador de ser demasiado brando com o crime, ao passo que os democratas elogiaram o seu historial de proteção do direito ao aborto.
Na sequência da decisão do Supremo Tribunal, em junho de 2022, que anulou a proteção constitucional do aborto, Tim Walz comprometeu-se a fazer do seu Estado um santuário para as mulheres que procuram abortar. Uma clínica do Estado vizinho do Dakota do Norte, muito mais repressivo, mudou-se então para o seu lado da fronteira.
Em março de 2024, Walz participou na primeira visita de um vice-presidente a uma clínica de abortos com Kamala Harris, a candidata com quem espera agora chegar à Casa Branca.
c/ agências
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