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Justiça francesa abre inquérito após ameaças a polícia que matou jovem Nahel

por Lusa

As autoridades francesas abriram um inquérito após ameaças de morte contra o polícia que matou o jovem Nahel, em 27 de junho, em Nanterre, num incidente que provocou motins por toda a França.

As ameaças, que foram divulgadas nas redes sociais, em particular no Twitter, também visavam o advogado do polícia, Laurent-Franck Liénard, que confirmou ter apresentado uma queixa em Paris, em nome próprio e em nome do seu cliente.

A morte de Nahel -- o jovem de 17 anos morto à queima-roupa durante um controlo automóvel em Nanterre, a oeste de Paris -- provocou várias noites consecutivas de vandalismo em vilas e cidades de todo o país, com carros incendiados e edifícios públicos destruídos.

De acordo com as autoridades francesas, nessas noites, mais de 2.500 prédios foram danificados, incluindo 105 edifícios de câmaras municipais e 168 escolas, e mais de 12.000 veículos foram incendiados.

O polícia de 38 anos responsável pelo tiroteio foi acusado de homicídio e detido em 29 de junho, tendo visto o seu pedido de libertação rejeitado na quinta-feira.

O nome completo e a cidade de residência do polícia também foram publicados por um jornal local do norte da França, Oise Hebdo, numa iniciativa criticada de pronto pelo ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, e pelos sindicatos da polícia.

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