Juiz do caso Michael Jackson rejeita pedido da defesa sobre provas acusação
O juiz que preside ao julgamento de Michael Jackson, acusado de abusos sexuais a um menor em Santa Maria (Califórnia), rejeitou hoje um pedido dos advogados de defesa para que o tribunal não aceitasse as provas da acusação.
"O pedido de improcedência foi rejeitado", declarou o juiz Rodney Melville.
Concluídas as 10 semanas de testemunhos da acusação, o advogado Thomas Mesereau, à frente da defesa de Jackson, apresentou quarta-feira à noite ao juiz Rodney Melville a sua petição para que absolva o artista com o argumento de que o Ministério Público não conseguiu demonstrar a sua culpabilidade.
Os advogados de Jackson pediram a improcedência, argumentando que as provas avançadas pela acusação eram "insuficientes" e que "algumas testemunhas tinham feito declarações contraditórias", não conseguindo assim demonstrar as acusações de pederastia (prática homossexual com rapaz) que lhe imputam.
Pelo lado da acusação, o procurador Tom Snedon rejeitou o pedido de improcedência, estimando que, mesmo sem cometer o crime, bastava dar a conhecer a alguém a intenção de o cometer para constituir um crime de conspiração.
O chamado "rei do pop", de 46 anos, enfrenta quatro acusações de abuso sexual de um menor, que tinha 13 anos quando alegadamente o detido foi cometido, entre Fevereiro e Março de 2003.
Jackson, que se declarou inocente, é ainda acusado de conspiração para reter um menor e a sua família, e dar de beber álcool à sua alegada vítima.
Durante mais de dois meses, 80 testemunhas tentaram apoiar estas acusações.