Jovem morre ao abortar, primeira vítima desde que a IVG foi despenalizada na capital

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México, 22 Fev (Lusa) - Uma adolescente morreu quando fazia um aborto num hospital da Cidade do México, tornando-se a primeira vítima mortal depois da despenalização da interrupção voluntária da gravidez há dez meses na capital mexicana.

Desde Abril do ano passado, altura em que foi despenalizada a interrupção voluntária da gravidez até às 12 semanas na Cidade do México, 5.845 mulheres, das quais 264 menores, abortaram, segundo o secretário da Saúde, Manuel Mondragón.

A jovem, de 15 anos e com 15 a 16 semanas de gestação, morreu na sexta-feira passada quando era atendida no Hospital de Balbuena, adiantou a mesma fonte, responsabilizando os médicos pelo sucedido.

De acordo com Manuel Mondragón, a adolescente morreu devido a uma hemorragia que os médicos não conseguiram controlar, não tendo aqueles verificado se a prática abortiva se encontrava dentro dos limites legalmente autorizados.

O aborto foi despenalizado até às primeiras 12 semanas na Cidade do México a 24 de Abril de 2007.

A legislação, cuja constitucionalidade está a ser aferida pelo Supremo Tribunal mexicano, prevê sanções para a grávida, médico ou parteira que pratiquem o aborto após as 12 semanas.

Em Portugal, a interrupção voluntária da gravidez é despenalizada até às 10 semanas, a pedido da mulher, desde 15 de Julho de 2007.

ER.

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