Josef Fritzl, conhecido como o monstro de Amstetten, foi hoje condenado a pena de prisão perpétua. Josef Fritzl
era acusado de incesto com a própria filha, que reteve presa na cave da
própria casa durante 24 anos, e de quem teve sete filhos.
A prisão perpétua era a pena máxima prevista pelo código penal austríaco e era também a sentença que todos esperavam e que esta manhã tinha sido pedida pelo Ministério Público quando decorreram as alegações finais.
A procuradora do processo sublinhou que Fritzl abusou da credibilidade de toda a gente, da família às autoridades de Amstetten.
Josef Fritzl foi a julgamento acusado de seis crimes, na primeira sessão assumiu a violação, o sequestro, a coação e o incesto, mas negou os dois crimes mais graves de que era acusado: o homicídio por negligência e a escravatura da filha hoje com 42 anos.
Só que ontem, para surpresa de todos, Fritzl confessou todos os crimes e já esta manhã chegou ao Tribunal de Sankt-Poltem de cara descoberta deixando para trás a capa azul que lhe serviu de rosto e marcou a sua imagem nas duas primeiras sessões do julgamento.
Chegou assim ao fim um dos julgamentos mais mediáticos de sempre da Áustria e também um dos que decorreu mais rapidamente.
Recorde-se que Elisabeth, a filha de Josef Fritzl, viveu 24 anos na cave da moradia familiar e, aparentemente, sem que ninguém desse por isso ou desconfiasse de que ali vivia alguém que tinha sido dada como desaparecida aos 18 anos.
Tratava-se de uma apartamento subterrâneo de 60 metros quadrados que Fritzl construiu sem que ninguém desse por isso e onde abusou da filha e da relação nasceram sete crianças.
Seis dessas crianças sobreviveram, três foram criadas pela avó e as outras três cresceram na cave sem nunca terem visto a luz do sol.
O caso que acabou por chocar o mundo foi conhecido a 26 de Abril de 2008 quando uma das filhas, de 19 anos, ficou gravemente doente e foi assistida no hospital.
Foi dessa visita ao hospital que acabou por ser desenvolvido todo o processo que acabou hoje na condenação de Josef Fritzl a prisão perpétua.
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