"Jogo Duplo". Cinco arguidos condenados a penas de prisão efetiva

por RTP
Pedro A. Pina - RTP

Os 27 arguidos do processo "Jogo Duplo", relacionado com viciação de resultados no futebol profissional português, conheceram esta sexta-feira o acórdão do julgamento no Tribunal Central Criminal de Lisboa, no Campus da Justiça. Dos 27 arguidos, 26 foram condenados, cinco dos quais a prisão efetiva.

O Leixões, atual 11.º classificado da II Liga, foi condenado a pagar 60 mil euros de multa e dois anos de proibição de competir na primeira e na segunda liga do futebol português.

O clube foi um dos condenados do processo Jogo Duplo, em que 26 dos 27 arguidos foram igualmente condenados.

Em concreto, o empresário de futebol Gustavo Oliveira foi condenado a prisão efetiva por seis anos e seis meses por um crime de associação criminosa e quatro crimes de corrupção ativa.

Carlos Silva, elemento da claque Super Dragões, foi condenado a seis anos e nove meses de prisão efetiva também por um crime de associação criminosa e quatro crimes de corrupção ativa.

O antigo futebolista Rui Dolores é condenado a cinco anos e seis meses de prisão efetiva por um crime de associação criminosa e e três crimes de corrupção ativa.

João Tiago Rodrigues, também ex-jogador de futebol, foi condenado a cinco anos e dois meses de prisão por um crime de associação criminosa e três crimes de corrupção ativa.

Para o Ministério Público, ficou provado que Carlos Silva, Gustavo Oliveira e Rui Dolores formaram "a cúpula da organização criminosa" em Portugal e eram eles que mantinham os "contactos com os investidores malaios, que traziam o dinheiro para Portugal", com vista à obtenção de lucros com "apostas fraudulentas e manipulação de resultados".
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