Foto: Viacheslav Ratynskyi - Reuters
João Gomes Cravinho reiterou a acusação que fez a Vladimir Putin na rede social X sobre a responsabilidade do presidente russo na morte de Alexei Navalny, seu principal opositor, e admitiu a intensificação de sanções contra Moscovo. "É o responsável pelo regime que instituiu, que é uma ditadura, e o que faz sistematicamente é colocar os seus opositores na prisão ou no exílio, e nalguns casos vemos a morte de pessoas que se opuseram a Putin".
Presto homenagem a Alexei Navalny, que resistiu ao regime de Putin e lutou pela democracia na Rússia.
— João Cravinho (@JoaoCravinho) February 16, 2024
Putin, que exerceu o seu poder arbitrário prendendo-o em circunstâncias cada vez mais draconianas, é responsável pela sua morte.
Condolências à família e ao povo russo. pic.twitter.com/qs8iGgYeQe
Lembrando o percurso de Alexei Navalny nos últimos anos, Cravinho assinalou que aquele que era visto como o principal opositor de Putin estava a fazer um périplo pela Europa quando teve de ser internado de urgência na Alemanha após uma tentativa de envenenamento com o agente neurotóxico novitchok.
“E temos aqui mais este caso trágico de Navalny… que teve a ousadia de enfrentar Putin” e que depois da tentativa de envenenamento e da coragem de regressar à Rússia, onde o esperava a detenção, nos últimos tempos se viu a braços com “prisões cada vez mais duras”, lamentou o ministro João Gomes Cravinho.
Sobre a natureza do regime russo, Cravinho referiu as eleições presidenciais que se aproximam como “uma farsa”, semelhantes às "eleições que havia em Portugal antes do 25 de Abril ou àquelas que ocorrem de forma rotineira em ditaduras. Não temos nenhuma ilusão sobre a natureza do regime".
"Já instituímos um conjunto de sanções à Rússia devido à invasão da Ucrânia, portanto vamos ver. Estamos a discutir o 13.º pacote de sanções. Não estamos minimamente surpreendidos, nem nós em Portugal, nem os nossos parceiros da UE com mais esta manifestação do regime da Rússia. Vamos seguramente intensificar as sanções, seja por causa da invasão da Ucrânia, seja por causa também daquilo que é a opressão ao povo russo", apontou João Gomes Cravinho.