JMJ regressa à Ásia após recorde de participantes nas Filipinas em 1995
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) regressa ao continente asiático em 2027, com a escolha de Seul, capital da Coreia do Sul, depois de em 1995 se ter realizado nas Filipinas, com recorde de participantes.
Segundo o sítio na Internet da JMJ Lisboa (lisboa2023.org), quatro milhões de pessoas estiveram na missa de encerramento em Manila, capital das Filipinas, e o momento foi inscrito no Livro Guinness dos Recordes.
De acordo com a mesma fonte, a JMJ é "um encontro dos jovens de todo o mundo com o Papa" e, "simultaneamente, uma peregrinação, uma festa da juventude, uma expressão da Igreja universal e um momento forte de evangelização do mundo juvenil".
"Acontece todos os anos a nível diocesano, até agora por altura do Domingo de Ramos e a partir de 2021 no Domingo de Cristo Rei. A cada dois, três ou quatro anos ocorre como um encontro internacional, numa cidade escolhida pelo Papa, sempre com a sua presença", adianta.
Esta iniciativa foi criada pelo papa João Paulo II (1920-2005) em 1985 (Ano Internacional da Juventude) e a primeira JMJ ocorreu no ano seguinte em Roma, Itália, numa celebração diocesana.
Já o primeiro encontro internacional realizou-se em Buenos Aires, Argentina, em 1987, a terra natal do Papa Francisco.
Na capital argentina, João Paulo II pediu aos jovens para comprometerem a sua energia juvenil "na construção da civilização do amor", de acordo com o `site`.
Em 1989, Espanha acolheu pela primeira vez a JMJ, em Santiago de Compostela, onde os peregrinos rezaram pela paz. Nesse ano, o Muro de Berlim foi derrubado e, dois anos depois, uma Polónia livre (terra natal de João Paulo II) recebeu o encontro em Czestochowa.
Seguiu-se Denver, nos Estados Unidos da América, em 1993, que, pela primeira vez, incluiu a via-sacra pelas ruas da cidade, mas foi a capital das Filipinas, dois anos mais tarde, que registou a maior afluência de sempre numa JMJ.
Em 1997, a JMJ regressou à Europa, a Paris, onde "mais de meio milhão de jovens encheram as ruas da capital francesa de alegria e fraternidade", numa edição que ficou marcada pela "introdução dos Dias nas Dioceses (encontro que antecede a semana da JMJ) e do Festival da Juventude (programa cultural e artístico)".
Ainda no continente europeu, 2000 foi o ano da JMJ em Roma, para de seguida ser em Toronto, Canadá (2002), a última a que João Paulo II presidiu.
O papa anunciou então que a JMJ seguinte, em 2005, seria em Colónia, na Alemanha, mas foi o seu sucessor, o alemão Bento XVI (1927-2022), a presidir às celebrações.
Sydney, na Austrália, em 2008, é considerado o primeiro encontro da JMJ totalmente moderno, com a presença do evento nas redes sociais.
Em 2011, a JMJ retornou a Espanha, desta vez à capital, Madrid, e dois anos depois, já no pontificado de Francisco, o encontro mundial de jovens católicos teve como palco, pela primeira vez, um país de língua portuguesa: o Brasil.
O Papa Francisco presidiu ainda às jornadas de Cracóvia, na Polónia, em 2016, da Cidade do Panamá, em 2019, que contou com a presença da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, e agora à de Lisboa, que contemplou uma deslocação a Fátima.