A operação, que foi considerada como a segunda maior “caça” à Máfia italiana, envolveu cerca de 2500 polícias. Os suspeitos foram detidos por suspeitas de extorsão, homicídio, lavagem de dinheiro e por serem membros de um grupo da Máfia.
A investigação, que começou em 2016, abrangeu 11 regiões de Itália, onde se incluem Lombardia, Sicília, Toscânia, Veneto e Campânia. Alguns dos suspeitos foram localizados e detidos em países como a Alemanha, Suíça e Bulgária.
Entre os detidos estão figuras italianas bastante conhecidas, como Giancarlo Pittelli, advogado e membro do partido de Silvio Berlusconi. O advogado e político, que está acusado de ter ligações à Máfia, foi coordenador regional do partido de Berlusconi e membro de uma comissão de justiça.
O procurador Nicola Gratteri, citado por
The Guardian, afirma que iniciou a investigação desde que tomou posse em Catanzaro. “Esta é a maior operação desde a investigação de Palermo”, declara Gratteri, referindo-se à operação realizada entre 1986 e 1992, na Sicília.
O presidente da comissão parlamentar anti-máfia, Nicola Morra, afirmou que “esta noite o Estado demonstrou, mais uma vez, a sua capacidade para reagir”.
O grupo Ndrangheta tem a sua origem na região de Calábria, no sul de Itália, é considerado uma das organizações criminosas mais poderosas do mundo, sendo, alegadamente, a principal responsável pelo tráfico de cocaína na Europa.
Segundo o Instituto Italiano de Estudos Políticos, Económicos e Sociais, o grupo lucra entre 300 e 350 milhões de euros por semana com o tráfico de drogas.