Em direto
Pós-legislativas. Presidente da República ausculta partidos pelo terceiro dia consecutivo

Itália. Polícia detém cerca de 300 pessoas por ligações à Máfia

por RTP
Detenção numa anterior operação anti-máfia Stefano Renna, Reuters

A polícia italiana deteve mais de 300 pessoas por suspeitas de relacionamento com o grupo mafioso Ndrangheta. Entre os detidos estão políticos e oficiais da polícia.

A operação, que foi considerada como a segunda maior “caça” à Máfia italiana, envolveu cerca de 2500 polícias. Os suspeitos foram detidos por suspeitas de extorsão, homicídio, lavagem de dinheiro e por serem membros de um grupo da Máfia.

A investigação, que começou em 2016, abrangeu 11 regiões de Itália, onde se incluem Lombardia, Sicília, Toscânia, Veneto e Campânia. Alguns dos suspeitos foram localizados e detidos em países como a Alemanha, Suíça e Bulgária.

Entre os detidos estão figuras italianas bastante conhecidas, como Giancarlo Pittelli, advogado e membro do partido de Silvio Berlusconi. O advogado e político, que está acusado de ter ligações à Máfia, foi coordenador regional do partido de Berlusconi e membro de uma comissão de justiça.

O procurador Nicola Gratteri, citado por The Guardian, afirma que iniciou a investigação desde que tomou posse em Catanzaro. “Esta é a maior operação desde a investigação de Palermo”, declara Gratteri, referindo-se à operação realizada entre 1986 e 1992, na Sicília.

O presidente da comissão parlamentar anti-máfia, Nicola Morra, afirmou que “esta noite o Estado demonstrou, mais uma vez, a sua capacidade para reagir”.

O grupo Ndrangheta tem a sua origem na região de Calábria, no sul de Itália, é considerado uma das organizações criminosas mais poderosas do mundo, sendo, alegadamente, a principal responsável pelo tráfico de cocaína na Europa.

Segundo o Instituto Italiano de Estudos Políticos, Económicos e Sociais, o grupo lucra entre 300 e 350 milhões de euros por semana com o tráfico de drogas.
PUB